FEITO À MÃO
Bobbie Goods, a campanha da Polaroid, Scrapbook, Fernanda Torres crocheteira… o luxo é, sim, offline, e o feito à mão é um soft power.
Luxo já foi um espaço de ostentação financeira. Toda aquela conversa de Veblen e de que o consumo serve mais como símbolo de distinção que para a função do objeto. Que o luxo não tem função, ele serve para demonstrar status social. Ainda que não pareça, as coisas mudaram um tanto.
Para pertencer, não basta mais só comprar, é preciso saber. Quem defende essa ideia é Ana Andjelic, e faz todo o sentido quando a gente pensa nesse nosso mundo onde não há mais apenas uma tendência, um mainstream. São mil tendências acontecendo ao mesmo tempo, vários famosos e, consequentemente, vários nichos.
Vai ter um grupo que compra bolsa Chanel, vai ter outro grupo que sabe exatamente qual é aquela Chanel Vintage e qual a história por trás da bolsa. E vai ter ainda um terceiro grupo que não vai nem comprar Chanel, vai comprar os designers mais modernos (porém, igualmente caros), mas que para conhecê-los é preciso entender profundamente o mercado de luxo.
Isso é mais que passar o cartão de crédito, é um consumo ativo, precisa estudar pra entender o que vai comprar. E se luxo não é mais só comprar e ter dinheiro, luxo é (mais do que nunca) ter tempo e possibilidade de escolha.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a No News, Bad News para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.