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Opinião

A nova revolução americana

A nova revolução americana

Clara Ferreira Alves

Escritora e Jornalista

Há algo da revolução leninista nesta gente de direita ou extrema-direita que por fim tem o poder de que precisa

Elon Musk forneceu o dinheiro, o tempo e a energia maníaca, ele forneceu a ideologia, a visão, a convicção e a preparação da vitória. O nome é Peter Thiel, um dos mais astutos e brilhantes operadores da vitória eleitoral, não apenas de Trump, de um novo movimento político com vários nomes e nenhum. O movimento convictamente reacionário da Nova Direita, dos nativistas conservadores, dos ideólogos nacionalistas que acreditam que a democracia liberal falhou e não passou de uma ditadura meritocrática que esqueceu a luta de classes e que instaurou um sistema opressivo de dominação cultural com a ajuda da globalização, da imigração, da tecnologia e de uma paisagem mediática favorável e controlada por elementos originários da nomenclatura educada nas escolas superiores. Para esta novíssima ideologia, com os seus filósofos políticos e os seus seguidores, as guerras culturais são guerras de classe, e uma economia liberal que encontra no globalismo e no crescimento económico o alfa e o ómega da felicidade e da prosperidade, enganou-se. Redondamente. E tem de ser eliminada. Eliminação a ser executada com a brutalidade com que os bolchevistas executaram o czarismo no princípio do século XX.

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