Mabel diz que é 'desproporcional' decisão que cassou seu registro: 'Meus advogados vão cuidar disso'
Justiça Eleitoral considerou que houve abuso de poder na realização de jantares com aliados no Palácio das Esmeraldas. Cabe recurso da decisão
Maiara Dal Bosco
Sandro Mabel, prefeito eleito de Goiânia (Fábio Lima/O Popular)
O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União), considerou a decisão da Justiça que cassou a candidatura dele e de sua vice , Cláudia Lira (Avante), e determinou a inelegibilidade deles por oito anos, desproporcional. A decisão que é da Justiça Eleitoral, também deixa o governador Ronaldo Caiado (União) inelegível pelo mesmo período. O documento foi assinado pela juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti na noite de terça-feira (10). Ainda cabe recurso da decisão.
Nós entendemos que ela [a decisão] é desproporcional, uma vez que esse evento não teve nada a ver com campanha propriamente dita. Minha parte tem advogados, então eles vão cuidar disso", afirmou, na manhã desta quarta-feira (11).
Sandro Mabel disse ainda que não vai estar preocupado com a Justiça, uma vez que os advogados é que têm que se preocupar com isso. "Eu não posso fazer nada e não desanimo nenhum minuto. Se tiver uma decisão contrária lá no fim, que eu não acredito de forma nenhuma que teremos, é uma decisão da Justiça, não tem o que fazer, então eu trabalharei sempre, até o último dia do meu mandato", completou.
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Também na manhã desta quarta-feira, a defesa de Sandro Mabel afirmou que recebeu com surpresa a ação, que foi ajuizada pelo Partido Liberal (PL).
"Reafirmamos a convicção de que não houve qualquer irregularidade na conduta apontada, tratando-se apenas de uma reunião política realizada na residência do governador, sem desvio de finalidade ou mesmo sem a gravidade que justifique o desfecho apresentado na sentença", diz um trecho do comunicado.
O POPULAR entrou em contato com a assessoria de Ronaldo Caiado, que afirmou que o governador se pronunciará na tarde desta quarta-feira.
Decisão
A Justiça Eleitoral considerou que houve abuso de poder na realização de jantares com aliados no Palácio das Esmeraldas.
"Da análise do conjunto de provas, não se questiona que os investigados Ronaldo e Sandro, numa corrida por alianças em face da derrota no primeiro turno, buscaram o apoio dos vereadores eleitos e seus suplentes com o claro objetivo de aproveitarem do trabalho por eles realizado em suas regiões e com isso conquistarem o eleitorado desses apoiadores em prol da candidatura dos investigados Sandro e Cláudia", disse a juíza na sentença.
A juíza também entendeu que Caiado desrespeitou condutas vedadas a agentes públicos, como uso de bens ou serviços da administração pública a favor de um candidato.
O processo foi protocolado pela coligação "Goiânia acima de Tudo", que teve o ex-deputado Fred Rodrigues (PL) como candidato a prefeito. A principal acusação é de abuso de poder político por parte de Caiado e Mabel, por meio de jantares, nos dias 7 e 9 de outubro (na semana seguinte ao primeiro turno da eleição), que teria o objetivo de buscar apoio para a campanha governista em Goiânia.
(Colaborou Karla Araújo e Nielton Soares)
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