o algarve é sempre uma boa escolha quando se procura um tempo agradável – a nível climatérico e a nível do ritmo a que se vive o dia.
encontrei um local onde a paz é total, onde o ritmo esmorece, a pressa desaparece e onde se podem apreciar pormenores que nos fazem sorrir.
a natureza enquadra cada edifício do resort e as cores intensas em tons de verde, bege e azul, fundem-se em total harmonia.
espaços grandes (quartos e áreas comuns), sem confusões, pequeno-almoço divinal e acesso direto à praia…assim é o vilalara thalassa resort, em porches.
quarto super clean e confortável
um belo romance
a casinha de brincar é um mimo
há também um espaço de atividades para crianças e um parque infantil (o hotel é completamente baby friendly!)
a praia das gaivotas... o nome encaixa na perfeição
natureza diversa um pouco por todo lado
belos pormenores perfeitamente enquadrados no todo
uma piscina de água salgada partilhada
momentos perfeitos
vilalara thalassa é um pequeno luxo, é certo, mas sempre acreditei que temos direito aos nossos desejos de requinte...e uma vez não são vezes
miminhos para todos
não tem sido um ano fácil, entre as exigências do trabalho e as da maternidade sinto-me cansada, sem energia e, constantemente, à beira de um ataque de nervos. um fim-de-semana neste pequeno paraíso em terras lusas permitiu que quebrasse com a rotina que aligeira-se a carga que me imponho, que deixa-se fluir a energia contida! não estou como nova, mas estou bem melhor ;)
neste belo local ou noutro qualquer, o fazer este corte com a realidade deveria ser obrigatório, como se de uma prescrição médica se tratasse. muitas vezes deixamos que as responsabilidades, as preocupações, os problemas nos engulam, nos roubem o ar, a energia, a alegria. e muitas vezes quando damos conta já estamos tão longe de nós que reencontrar-nos se torna difícil.
somos super mulheres e super homens, mas de vez em quando é preciso parar um pouco para lavar a capa, tirar-lhe todo o peso que carrega, para não deixar que o seu peso nos afunde e nos impeça de voar. não há maior mostra de coragem, do que reconhecer (sobretudo perante nós próprios) que precisamos de parar um pouco.
sei que as saudades do fim-de-semana sentem-se intensamente.
sei que temos 5 dias de trabalho pela frente.
quiçá por saber tudo isto é que hoje é um bom dia para vos falar de um hotel onde o relax é garantido
douro 41 é um hotel situado em castelo de paiva – se o objetivo é conhecer a zona do douro vinhateiro, não se deixem enganar pelo nome. Este hotel é ideal para relaxar, com um enquadramento deslumbrante em tons de azul e verde.
a pg, através da janela do quarto, a contemplar o mundo a seus pés
ao chegar ao hotel encontramos um edifício, aparentemente, despretensioso perfeitamente enquadrado no meio envolvente.
vista desde uma das zonas de lazer do hotel, localizado ao quilómetro 41 do rio douro
(a contar desde a sua foz)
passear pelos espaços exteriores do hotel é uma experiência relaxante e cativante pela beleza natural que nos envolve.
uma piscina que parece camuflada no próprio rio. um dos aspetos mais positivos do hotel é a sua arquitetura e a forma como respeita o meio envolvente. infelizmente a piscina exterior ficou por experimentar
o quarto é maravilhoso (e está muito longe de ser o melhor do hotel), a vista é inspiradora, a cama super confortável e a casa de banho gigante com uma boa temperatura pressão de água (um dos meus critérios de excelência para avaliar o quarto de hotel!)
uma cafeinodependente como eu, adora quartos de hotéis com máquina de café. poder beber um café ao acordar, com aquela vista, e quando todos ainda dormem, é um momento de relax prazeroso que muito valorizo.
os biscoitos são um plus, miminho do hotel.
o pequeno almoço é também repleto de detalhes e com muita variedade e qualidade!
a vista do hotel é maravilhosa. em vários espaços somos invadidos pela beleza exterior que o envolve.
mami não gostou (e a pg também não):
da temperatura da piscina interior.
demasiado fria para ser confortável na perspetiva de relax, obviamente que se fosse para lá fazer piscinas aquecia mas objetivo de uma piscina de spa não é esse!
da demora no atendimento no bar do hotel - no qual servem refeições ligeiras muito boas e com muita simpatia...mas o tempo que demora...ai o tempo!
espero que 2018 tenha sido um ano pleno para todos vós, que tenham aproveitado as nossas propostas do guia de lazer para 2018 e que se sintam inspirados para construir um 2019 ainda melhor.
à semelhança do ano anterior convidei os leitores desde singelo blog para partilhar as experiências de lazer que mais tinham gostado em 2018. juntando todos os contributos, deixo-vos o nosso guia para 2019 … aproveitem-no para se (mais) felizes partilhando (bons) momentos com quem amam.
obrigada a todos e a todas que contribuíram para darmos boas ideias de viagem a quem por aqui passa
os meus agradecimentos também à célia, à mãe maria, à sonhadora, à célia, à mãe coruja, que embora não tenham partilhado informações sobre destinos deixaram algumas sugestões.
as nossas férias de inverno levaram-nos à suíça. não foi uma viagem com a qual eu sonhasse, quiçá pela questão incontornável do frio. mas, após a experiência, é uma viagem que aconselho. cada local (fora das grandes cidades) parece um cenário de filme - muitas vezes pasmei com a sensação de irrealidade pela beleza e dimensão. em 5 dias percorremos o país. viajamos para zurique, alugamos carro e fizemo-nos à estrada - calma, não fomos à descoberta, uma viagem de 5 dias exige alguma preparação e rigor, no risco de não conhecermos quase nada e, é importante não esquecer, viajamos com uma bebé de um ano.
de zurique partimos para lucerna. cidade linda!
aqui encontrei uma das mais belas igrejas nas quais já entrei (a mais bela continua a ser o sacre coeur em paris). as ruas junto ao rio, as casas, as flores... um encanto.
sou perdida por queijo e foi nesta cidade que comi a minha primeira raclette - em território suíço, numa esplanada maravilhosa (com aquecedores exteriores e mantinhas para por nas pernas). e embora o vinho seja também uma das minhas perdições, combinando perfeitamente com o queijo, na suíça beber vinho num restaurante é um atentado à nossa carteira! ficamos alojados no hotel astoria. não é o tipo de hotel que preferimos, por ser muito "internacional" e citadino. mas pelo valor e as condições que oferecia era a escolha acertada.
interlaken foi uma zona que nos apaixonou. os lagos, as montanhas, as casas, o ambiente vivido pelas pessoas. ficamos alojados no hotel tell, uma residencial simples mas com excelentes condições, com uma pastelaria em frente para o pequeno almoço e perto de um dos restaurantes melhores conotados na zona - o ..... na noite seguinte ficamos no chalet maria, um mimoso apartamento que aconselho, pelas excelentes condições e a simpatia dos donos.
a partir de interlaken fomos à descoberta das montanhas, da neve e das vaquinhas
ao chegar a grindelwald apanhariamos o comboio que nos levaria ao topo da europa - jungfraujoch.
logo percebemos que não iriamos subir tanto. as razões: o tempo de viagem, o pouco afeto da nossa filha pelo frio e vento que se fazia sentir e o valor (aproximadamente 150€ por pessoa).
optámos, por isso por subir até "meio" - kleine scheidegg (aproximadamente 50€ por pessoa) - e foi a melhor opção que fizemos, tendo em conta que estávamos com a bebé, pois mesmo em kleine scheidegg ela não estava muito satisfeita com o tempo que se fazia sentir.
embora o frio é inegável a beleza do lugar
almoçamos no restaurante da estação... perfeitamente enquadrado e o melhor: quentinho
no regresso das montanhas visitamos o lago blausee com águas cristalinas em tons de azul e verde, emoldurado neste outono pelos tons terra das árvores. uma verdadeira ovação à beleza da natureza.
após um dia entre montanhas e lagos viajamos rumo aos encantos gastronómicos da suiça: chocolate e queijo.
fomos rumo a fábrica do chocolate em broc - que para sorte nossa está aberta ao domingo. caillers é a fábrica mãe, mas na verdade é a nossa conhecida nestlé. o museu é muito engraçado e fazemos provas do delicioso chocolate...não deixem de ir!
depois do chocolate a fábrica do queijo (fomos muito gordos neste dia ). após a visita à fábrica deliciamo-nos com um maravilhoso fondue.
fechamos o dia com a visita à vila medieval de gruyères. linda! - tive pena de não ter ido mais cedo para a apreciar também de dia.
nesta vila existe o museu e o bar do criador do alien (o filme) - rh giger. não tenho palavras para descrever sobretudo o bar. imperdível!
montreux foi o próximo destino. ficamos alojados no swiss historic hotel masson. o hotel estava em obras o que cria sempre um desconforto. gosto de edifícios antigos mas não gosto de coisas velhas. ao pequeno almoço apercebi-me que o local era gerido por portuguese. como percebi eu isso? porque a chefe de sala do pequeno almoço dirige-se ao empregado pedindo-lhe para "ir tratar daquela merda"...pura classe!
para descontração...conseguem perceber onde acaba a parede e começa o cortinado?
ao jantar fomos ao davinda lounge um espaço de tapas muito agradável.
fizemos o percurso junto ao rio em direção ao castelo ...
vale a pena! pouco antes do castelo há um quiosque muito catita onde paramos para beber um café quentinho. a senhora é muito simpática e quando percebemos... é portuguesa. uma bela surpresa - desconstruindo a imagem negativa gravada ao pequeno almoço.
fotografando o château chillon
seguimos viagem rumo a genebra. passando por lausana - outra cidade que fiquei com pena de não explorar melhor.
algumas considerações:
relativamente às maiores cidades nas quais estivemos, zurique e genebra, tenho de confessar que fiquei desiludida. são cidades. apenas isso. estar numa delas ou estar em tantas outras na europa seria semelhante. não lhes encontrei uma identidade própria como encontramos em lisboa, roma, madrid ou amsterdão. claro que têm uma arquitetura que as distingue, mas apenas isso. são bonitinhas mas falta-lhes, no meu ponto de vista, personalidade.
novembro não é o melhor mês para visitar o país, há muita coisa fechada na preparação para o inverno.
sim, é um facto: na suíça tudo é (muito) mais caro... mesmo no supermercado!
a tradição é definida como um “símbolo, memória, recordação, uso, hábito”, normalmente, vindo de gerações passadas.
sempre fui muito ligada ao passado, à família e às tradições. acho importante perpetuar os costumes familiares de forma a estabelecer um fio condutor da nossa identidade.
considero que é tão importante respeitar e cumprir as tradições familiares, quanto criar as nossas próprias tradições - criar algo nosso, que respeitemos e que nos traga felicidade.
quando comemorei o primeiro ano de namoro com o.meu.mais.que.tudo., para celebrar, fomos passar a noite num hotel maravilhoso, o six senses douro valley - até hoje o melhor hotel em que estive em portugal.
enquanto usufruíamos daquela maravilha decidimos que todos os anos, pelo nosso aniversário, experimentaríamos um novo hotel. iriamos, a cada ano, festejar o nosso amor num novo local, construindo novas memórias, vivendo experiencias diferentes.
criámos a nossa tradição para festejar o amor. temos honrado esta tradição. faz-nos bem sair da rotina, namorar e comemorar.
não comemoramos o dia dos namorados, não consideramos que seja uma tradição nossa. celebramos o nosso dia. o dia em que decidimos que queríamos estar um com o outro e um para o outro. o dia em que demos aquele beijo que, mesmo após tantos outros, ficou gravado em nós.
gosto da nossa tradição. por termos tornado esse dia diferente, consigo lembrar-me onde estava em cada um dos nossos aniversários.
é bom criar tradições. é bom vivê-las.
deixo aqui outros hotéis que experimentamos no nosso dia:
criámos um guia de lazer com as nossas melhores experiências de 2017 esperando que inspirem bons momentos em 2018
- hotéis -
.1. a recém vencedora do sapos do ano, na categoria de humor, maria, deixa-nos uma proposta para o marvão: a quinta d'abegoa, partilhando também connosco toda a sua viagem e aventuras pelo alentejo.
.2. deixo-vos como proposta o aqua village - oliveira do hospital - um hotel para reestabelecer energias. não esquecer a visita ao piódão aldeia histórica de portugal, eleita em 2017 como uma das 7 maravilhas de portugal na categoria de aldeia remota.
aqua village - "gota" para massagens
- viagens -
.1. dylan traz-nos uma proposta de praia na bela região da galiza.
" o tempo que tinha à disposição não era muito mas dava para fazer uma escapadinha. procurava praia, sem vento, uma baía de águas calmas, não muito frias, onde as crianças pudessem nadar em segurança. como moro no litoral norte do país essa tarefa é praticamente impossível, de modo que me lembrei da galiza, de um sítio onde fiz as minhas primeiras incursões fora de portas. e como dizem que o primeiro amor nunca se esquece, apontei a baiona, a uma praia de 220 metros de extensão chamada barbeira e que se acede através de um castelo. o que mais poderia querer? águas translúcidas, a fazer lembrar as caraíbas, e, atrás de nós, a imponente fortaleza de monterreal, ladeada pelo passeio de monte boi que percorre todo o recinto amuralhado. baiona, miradouro das rias baixas, cheira a maresia, e nas arcadas, nas ruas estreitas e empedradas, a vida pulula, nos bares e tabernas decorados com detalhes marítimos. um sonho aqui ao lado, era como se tivesse avistado a caravela pinta trazendo a notícia da descoberta do novo mundo!"
.2. a isabel sugere-nos " são miguel nos açores! há tanto para ver e fazer por lá, e no meio de tudo somos arrebatados por toda aquela beleza natural." deixo aqui, aqui e aqui as minha sugestões para a bela ilha de s. miguel.
.3. proponho-vos uma viagem à ilha da madeira. um local para descobrir e, sobretudo, saborear
miradouro cabo girão - ilha da madeira
- experiências -
.1. pedro coimbra sugere-nos um "cruzeiro no jewel of the seas com partida de roma, passagem pelas ilhas gregas e chegada a roma novamente."
o meu.mais.que.tudo. e eu temos estabelecido que vamos sempre festejar o nosso aniversário num local diferente e fora da nossa rotina.
este ano escolhemos o aqua village para assinalar mais um ano de vida em comum.
o hotel, localizado em oliveira do hospital, tem excelentes infraestruturas (quartos, spa, restaurante, espaços exteriores...) e uma equipa extremamente profissional e simpática.
imagens do aqua village espaços e recantos
fomos no início do mês de novembro, menos de um mês após os terríveis incêndios de 15 de outubro (que abalou fortemente esta região do centro do país). no percurso até ao hotel vimos paisagens desoladoras, ainda se "cheiravam" os incêndios.
o hotel tinha captado a nossa atenção e, embora tivéssemos algumas dúvidas do que iriamos encontrar, decidimos arriscar. era uma forma de darmos um contributo ao "normal funcionamento" da região.
o hotel estava magnífico, soube depois que tinha sido evacuado no dia 15 de outubro e que depois esteve uma semana encerrado para "limpezas", nessas operação de evacuação e proteção de pessoas e bens, assim como nas "limpezas" todos os funcionários estiveram envolvidos, pois lutavam por algo que era de todos. a honestidade e simplicidade como isto foi explicado foi comovente e inspirador.
um hotel, perfeitamente enquadrado na natureza, a descobrir e aproveitar: excelentes apartamentos completamente equipados, magnifico pequeno almoço, relaxante spa, inspirador espaço exterior e delicioso restaurante (roots).
na região vale a pena dar um saltinho ao piódão, cuja igreja me apaixonou!
sinto a necessidade intrínseca se sair, conhecer, viver!
quando passo algum tempo sem “sair” à descoberta de novos locais sinto uma inquietação difícil de explicar.
esta necessidade de conhecer novos locais, descobrir odores, diversificar o paladar, vibrar com novos ritmos (música, língua, cidades …) existe em mim desde que me conheço, paralelamente à minha constante insatisfação. as viagens alimentam-me de vida!
o lado b desta minha ânsia é que se satisfaz com a novidade quer seja no perú ou em piodão. não exige magnificência ou luxos. muitas vezes são as coisas mais simples que nos surpreendem ou encantam; outras é a sumptuosidade de grandes obras da natureza ou da humanidade.
estas férias andei pelo interior alentejano e vim de “barriga cheia”. portugal é belo, já sabia… as pequenas vilas e cidades alentejanas são adoráveis, descobri agora! cada local uma nova descoberta de beleza e características únicas, com uma gastronomia irresistível… e os vinhos… ai os vinhos!
a constante presença de castelos e muralhas, as estreitas ruas com pormenores catitas, os rios e barragens... foram pontos de deslumbramento. andei por:
.mértola cidade em que fiz a minha adaptação às elevadas temperaturas… umas horas na praia fluvial da mina de são domingos ajudou no processo. almocei um gaspacho soberbo no restaurante migas e o alojamento foi na casa rosmaninho com uma excelente esplanada e decoração antiga bem integrada
.moura onde no o vermelhudo comi as melhores migas desta minha viagem. o centro histórico é belo, com um jardim cativante nas noites de verão. a desilusão foi o hotel moura que embora o belíssimo edifício e bom pequeno almoço, o quarto que nos atribuíram tinha condições mínimas e até as toalhas estavam rotas
.monsaraz deslumbrou-me com a sua beleza e a sua vista sobre o alqueva (aconselho a visita de barco à barragem com possibilidade de mergulho … memorável)
ver o por-do-sol desde as muralhas do castelo de monsaraz é uma experiência imperdível e um jantar na esplanada do xarez é ideal para encerrar com distinção um belo dia. o alojamento foi no outeiro do barro (reguengos de monsaraz) decorado com muito bom gosto, um pequeno almoço com produtos locais de alta qualidade e a atenção e simpatia de quem recebe
.vila viçosa justificou a passagem para a visita ao seu castelo e ao paço ducal-muito bem conservado e com visita guiada
.estremoz exigiu uma vista a zona histórica e à herdade das servas onde encontrei o vinho branco herdade das servas colheira selecionada 2015 que se tornou o meu preferido deste verão!
.santa eulália (próximo de campo maior) proporcionou-nos um paraíso em terras alenjanas! na casa da ermida de santa catarina, alojamento rural com pormenores deliciosos (assim como o seu pequeno almoço) uma vista genial e a possibilidade de andar de caiaque pelas águas da albufeira do caia.
.cáceres (tão perto impossível não dar um salto à nossa vizinha espanha) fez-nos descobrir uma maravilhosa vila medieval excecionalmente bem conservada. destaco o jantar divinal na taperia alboroque e o alojamento no nh collection cáceres palacio de oquendo (belo edifício bem localizado e com gente simpática)
.portalegre deslumbrou-me com a sua zona histórica. ficámos alojados no rossio hotel – jovem hotel com excelentes condições e pequeno-almoço.
.montargil mais uma paraíso por mim desconhecido. uma extensa e bela barragem e um alojamento fenomenal no monte de portugal ideal para encerrar com chave de ouro as férias. destaco a simpatia da anfitriã, com miminhos e cuidados para o máximo conforto, pequeno almoço com produtos frescos e “caseiros”. a herdade produz um azeite divinal! um almoço na petisqueira alentejana (ponte de sor) encerrou a degustação da gastronomia alentejana com umas deliciosas costeletas de borrego.
diz-se que: quando organizai estas férias a escolha do itenerário prendeu-se com o baixo orçamento e as complicações do mês de agosto nas zonas mais “veranis”... há limitações que vêm por bem!
este post é referente às minhas férias de verão 2016 #repost
o passado fim de semana foi passado na histórica cidade de guimarães. esta é uma cidade à qual me apraz sempre regressar.
desta vez o regresso foi envolto em magia de outros tempos.
sou confessa apaixonada por feiras medievais e tive o privilégio de estar a decorrer, na cidade de guimarães, a feira afonsina (decorreu de 22 a 25 de junho).
a feira, de acesso gratuito, é gigante e dispersas por várias ruas e praças da cidade, incluindo, inevitavelmente, o castelo de guimarães. tem animação para todos os gostos, representações de rua, recriações históricas, jogos, comes e bebes (não resisti aos maravilhosos crepes, às sandes de porco no espeto e à bela da sangria). em anos vindouros, se gostarem deste tipo de feiras, não percam a de guimarães.
*
no domingo de manhã, ao passear pelas principais praças da cidade, notei que estas eram preenchidas, sobretudo, por seniores. refleti sobre a possibilidade da cidade estar com uma população bastante envelhecida ou quiçá, estamos apenas, perante uma cidade em que a sua população, independentemente da idade, gosta de aproveitar e viver a sua cidade (sendo que os mais jovens estariam ainda a dormir em consequência dos "estragos" da noite anterior na feira afonsina ).
*
o ponto negativo desta minha passagem pela cidade: o alojamento. não foi mau, mas foi uma desilusão.
pelos compromissos que tínhamos achámos que a melhor opção seria um hotel no centro da cidade. optamos pelo santa luzia arthotel. um hotel 4 estrelas que pelo preço (125€ noite, com desconto pois o preço de tabela é 180€) e pelas fotos promocionais promete mais do que oferece. não posso dizer que seja um mau hotel, mas acredito da equação simples de relação preço/qualidade. este hotel não vale o que custa. os quartos são minimalistas, o acesso a piscina interior é pago à parte (numa tarifa deste valor não se justifica), e há 3 coisas que valorizo imenso nos hotéis: a cama, o banho e o atendimento.
por azar:
. dormi super mal, as almofadas eram horrivelmente duras, acordei com dor de pescoço;
. a meio do duche gelei! a água quente desapareceu por segundos e enquanto gelava por fora, fervia por dentro!
. ao pequeno almoço tive de esperar 15 minutos por um café expresso, após ter renovado o pedido passados 10 minutos de espera – não se justificava perante o n.º de hóspedes e funcionários disponíveis.
não recomendo este hotel, por este valor e até menos encontram-se opções, certamente menos pretensiosas e mais ajustadas.
a excelência e sumptuosidade dos sobreiros, com os seus extensos ramos e o conforto que a sua sombra proporciona nos quentes dias de verão no alentejo ... lembram-me a segurança e o conforta da família. proporciona-me uma calma prazerosa contemplá-los.
na última visita ao alentejo, a este meu prazer associei um outro, já antigo mas nunca experienciado in loco: o do vinho alentejano, as suas quintas e a vida à volta da sua produção.
o alentejo tem efetivamente um outro tempo, outros odores, outro céu, outro encanto.
ficamos alojados na herdade do grous - aconselho vivamente esta envolvente experiência. os quartos são grandes e cheios de miminhos: o confortável roupão, a fruta, o café, a deliciosa trufa de chocolate e o seu principal, anfitrião, o vinho da herdade; as casas de banho, enormes, são decoradas com azulejos tradicionais e robusta madeira. fiquei apaixonada pela excelente conjugação do rústico com o conforto. a herdade possui diversos equipamentos gratuitos para os hospedes: ginásio, piscina exterior, salas de estar ao longo da sua basta extensão, caiaques na barragem que a integra, campo de ténis, sessões de birdwatching e visita à criação do tradicional porco preto. possui ainda uma loja onde encontramos os produtos da herdade do grous, assim como produtos locais onde se inclui o artesanato. tenho por princípio não repetir experiências mas...esta deixou-me a vontade de voltar!
fizemos a visita à moderna produção da herdade do grous e prova de vinhos (esta varia entre 7€ a 50€). destaco: a maravilhosa cave da herdade onde decorre o estágio do vinho tinto nas barricas de carvalho francês todas perfeitamente alinhadas, tornando um espaço amplo e frio num espaço sensorialmente acolhedor; um enólogo dedicado e apaixonado e ... um excelente grous branco 2015 - complexamente genial, fresco e cativante.
os caminhos do alentejo levaram-nos, também, até a herdade esporão, esse gigante produtor! a herdade é colossal, percorremos cerca de 6km desde o portão até ao edifício principal, por uma estrada sempre ladeada de parreiras. no edifício principal, a vista sobre a lagoa é de cortar a respiração e o odor, proveniente do restaurante, é de criar água na boca. a visita à herdade do esporão consistiu na explicitação da produção vínica e foi extremamente interessante do ponto de vista histórico; foi uma surpresa o facto de o alentejo ser produtor de vinho (em larga escala e distribuição) apenas a partir do 25 de abril de 1974 (explicado assim os seus modernos métodos e equipamentos de produção), tendo durante a ditadura assumido o papel de "celeiro de portugal", ficando a produção de vinho relegada para consumo próprio. as provas, esperado momento, realizou-se na loja da herdade (bem estruturada e organizada, apelando aos sentidos e à compra de produtos); foi-nos apresentado o defesa 2014 (branco e tinto), o destaque recai aqui, claramente, para o vinho tinto.
dois dias, duas herdades, muito mais para visitar, uma desculpa para voltar.