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Queda na produção da Petrobras não assusta mercado, que prevê lucro forte
A Petrobras (PETR4) divulgou, na noite da última quinta-feira (21), seu relatório de produção e vendas do segundo trimestre de 2022.
A produção média de petróleo, gás e líquido de gás natural (LGN) foi de 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed), o que equivale a uma queda de 5,1% na comparação com o primeiro trimestre. No consolidado do primeiro semestre, a produção teve queda de 2% em relação a igual período de 2021.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
No segundo trimestre, a Petrobras teve sua participação reduzida em alguns de seus campos de petróleo, devido ao início da vigência do Contrato de Partilha de Produção dos Volumes de Excedente da Cessão Onerosa de Atapu e Sépia. Outro fator que contribuiu para reduzir a produção da petrolífera foi o aumento do número de intervenções e paradas para manutenção em suas plataformas de exploração.
A produção do pré-sal representou 76% do total, contra 75% no primeiro trimestre, em linha com a estratégia da Petrobras de focar seus esforços na exploração de petróleo em águas profundas. A expectativa é que a participação do pré-sal na produção total fique em torno de 80% em 2026.
Já a produção em terras e águas rasas segue perdendo espaço, por conta principalmente das vendas de poços desses tipos realizadas pela companhia, além do declínio natural destes campos. Neste trimestre, foi concluída a venda da participação da estatal no Polo Recôncavo para a 3R Petroleum (RRRP3).
Com relação à venda de derivados, o volume total teve um leve aumento de 1% com relação ao primeiro trimestre, com destaque positivo para o diesel (+4,7%) e Gás Liquefeito de Petróleo (+8%), por conta da sazonalidade. Por outro lado, houve redução nas vendas de gasolina (-6,7%) e óleo combustível (-18,9%).
Diante da melhora da situação hidrológica do país, que permitiu a recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, não houve entregas para a geração de energia termelétrica neste trimestre.
Mesmo com a redução da produção, o mercado projeta mais um trimestre de lucro robusto da Petrobras, tendo em vista que o barril de petróleo se manteve em patamares elevados de preço. A média do preço do barril de petróleo tipo Brent no trimestre foi de US$ 95, o que equivale a uma alta de 20% frente o primeiro trimestre.
O cenário continua positivo para as petrolíferas brasileiras, sendo o risco de intervenção política o principal fator que limita a valorização das ações da Petrobras no momento.
As ações da Petrobras fecharam em alta de 1,7% na sexta-feira, cotadas a R$ 29,33.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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Petrobrás não se justifica em nenhuma m cenário. Não passa de cada de privilégios de uns poucos.