HÁ 20 ANOS
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A “TRANÇA FEITICEIRA”

ESTREIA NO DOMINGO

O filme “A Trança Feiticeira”, em que Ricardo Corriço contracena a actriz chinesa Ning Jing, estreia domingo em Macau, numa sessão pública a que assiste o governador Rocha Vieira, anunciou a produtora “Cai Brothers”. Assistem também à estreia do filme, baseado no romance homónimo do escritor macaense Henrique de Senna Fernandes, representantes dos Ministérios da Cultura e da Rádio e Televisão da China e uma delegação da Associação de Cinema de Xangai. Dirigido por Cai Yuan Yuan, vice-director da “Cai Brothers”, o filme foi rodado em 1995 maioritariamente em Macau e em Zhuhai, com um orçamento inicial de oito milhões de patacas. Falando numa conferência de imprensa para apresentação do filme, o gerente-geral da empresa produtora, Choi On On, referiu que ao orçamento inicial será necessário adicionar as despesas de distribuição, nomeadamente na China, calculadas para já em pelo menos dois milhões de patacas. Cai Yuan Yuan manifestou-se esperançada em que o governo local contribua financeiramente para as despesas de promoção e distribuição de “A Trança Feiticeira”, tendo em conta que se trata de um filme sobre Macau, depois de pedidos anteriores não terem sido considerados. “Apresentámos um novo pedido e estamos esperançados em receber um subsídio do governo de Macau”, disse. Choi On On admitiu, por sua vez, que a “Cai Brothers”, que produziu o filme em parceria com uma empresa de Zhuhai, receberá com agrado possíveis apoios do governo português, nomeadamente para a promoção e distribuição de “A Trança Feiticeira” em Portugal, mas excluiu a hipótese de solicitar directamente tais apoios às autoridades portuguesas ou chinesas. “Somos residentes de Macau e a companhia está registada em Macau, pelo que os apoios devem ser solicitados ao governo de Macau”, explicou. Choi On On e Cai Yuan Yuan sublinharam também o facto de o filme ter reunido actores portugueses e chineses, destacando, em particular, o profissionalismo de Ricardo Carriço, e manifestaram-se esperançados em que o êxito desta colaboração suscite novas experiências cinematográficas luso-chinesas. Para Wang Zeng Yang, do Instituto Cultural de Macau, o filme e o romance de Henrique de Senna Fernandes são meios importantes de registo das vivências próprias do território, caracterizadas por uma história secular de encontros de culturas diferentes. A estreia em Macau de “A Trança Feiticeira” será aproveitada para a realização de um debate sobre cinema, no sábado, que contará com a participação de representantes de associações chinesas ligadas ao sector.