Justiça condena 6 pessoas por roubo de 734 kg de ouro em aeroporto de SP
A Justiça condenou na noite de ontem os seis homens acusados de roubar 734 kg de ouro avaliados em R$ 117,3 milhões do setor de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos (Grande São Paulo), no dia 25 de julho de 2019.
A sentença foi dada pelo juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, da 6ª Vara Criminal de Guarulhos. As penas impostas aos réus variam de 24 anos e dois meses a 43 anos e dois meses de prisão.
- Marcelo Ferraz da Silva e Joselito de Souza foram condenados a 43 anos e dois meses cada um;
- Francisco Teotônio da Silva Pasqualini e Peterson Brasil foram condenados a 39 anos e sete meses cada um;
- Célio Dias foi condenado a 31 anos e um mês;
- Peterson Patrício foi condenado a 24 anos e dois meses;
Como a decisão judicial é de primeiro grau, cabe recurso para a defesa dos acusados. O processo está em segredo de justiça e, por isso, advogados não podem falar sobre o assunto.
Segundo o magistrado, Francisco Pasqualini, conhecido como "A Mente do Crime", foi o autor intelectual do roubo. Peterson Brasil aliciou o amigo de infância Peterson Patrício, funcionário do aeroporto, e intermediou a comunicação entre os demais integrantes da organização criminosa para o planejamento do crime.
Marcelo Ferraz e Joselito foram apontados como os coordenadores da parte operacional, como aquisição de armamentos e adulteração dos veículos utilizados na ação. Célio Dias ajudou na subtração das cargas.
As investigações apuraram que Peterson Patrício monitorava os carregamentos de ouro que chegavam ao aeroporto e repassava detalhadamente as informações aos comparsas.
Na sentença, o juiz observou que, dias antes do roubo, o bando sentiu uma certa hesitação por parte de Peterson Patrício em participar do assalto e, por isso, decidiram sequestrar a família dele como forma de simular um álibi e impedir que ele desistisse da empreitada criminosa.
Além dos 734 kg de ouro os ladrões também roubaram 18 relógios e um colar avaliados em R$ 94 mil e 15,17 kg de esmeraldas no valor de US$ 26,6 mil (R$ 153 mil na cotação de hoje).
Os assaltantes usaram uniformes da Polícia Federal e se passaram por agentes para entrar no terminal de cargas do aeroporto, em dois veículos caracterizados falsamente como viaturas da PF.
A quadrilha, agindo com violência, obrigou os funcionários do aeroporto a colocar a carga na caçamba de uma caminhonete. Os ladrões fugiram em direção a um depósito de materiais na zona leste da capital paulista.
Peterson Patrício simulou que havia sido colocado em liberdade e procurou a polícia, se passando por vítima dos criminosos. Os demais assaltantes foram para um estacionamento, onde Célio Silva trabalhava.
A carga foi colocada dentro de uma ambulância e levada para local ignorado. Até hoje os 734 kg de ouro e as joias roubadas pelos criminosos não foram recuperados.
Apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), Francisco Pasqualini participou de outros assaltos cinematográficos, como divulgou o UOL em 3 de fevereiro deste ano.
Um dos roubos foi realizado no Paraguai. Os ladrões explodiram a sede da Prosegur em Ciudad del Este, arrobaram o cofre e fugiram levando US$ 11 milhões (R$ 63 milhões na cotação de hoje).
28 Comentários
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Lex Luthor de Sapopemba.
Quem era o "dono" do ouro e das jóias? Por que toda essa riqueza do povo brasileiro (enquanto não for esclarecido de onde veio, de quem era e para onde iria, e se foram pagos impostos, é riqueza do Brasil!) estava indo para o exterior?