No acumulado de 2020, foram emplacadas 1.950.889 unidades, contra 2.658.692 no ano anterior.

Mas, apesar do duro golpe, o mercado está reagindo bem nos últimos meses e vem apresentando saldo positivo em relação ao mês anterior em todo o segundo semestre.

Neste ano conturbado, muitas coisas mudaram, mas nada foi suficiente para tirar o Chevrolet Onix da liderança de mercado. Desde 2015, o Onix não sabe o que é ver alguém na sua frente. Neste sexto ano consecutivo com a medalha de ouro, uma curiosidade: o hatch foi o único a ultrapassar a barreira dos 100 mil emplacamentos no ano. Ao todo, foram 135.351 exemplares vendidos, seguido por Hyundai HB20 (86.548) e pelo "irmão" Onix Plus (83.392).

Quem teve um desempenho fantástico foi a Fiat Strada. Até a chegada da nova geração, na última semana de junho, a picape tinha vendido 22.849 unidades. Após o lançamento, a Fiat teve um segundo semestre dos sonhos: a picape fechou 2020 com 80.041 emplacamentos e o 4º lugar no ranking geral.

Vale lembrar que em setembro a Strada vendeu 11.873 carros e fechou o mês na liderança. O vice-líder, claro, foi o Onix, que comercializou 11.710 veículos naquele período.

Outra novidade de 2020 que mostra cada vez mais força é o Volkswagen Nivus, eleito o Carro do Ano 2021. Mês a mês, desde o lançamento - também no final de junho - o SUV cupê vem aumentando seus números e fechou o ano com 16.278 emplacamentos.

O mercado de SUVs cresce muito ano a ano. Em 2020 a categoria foi responsável por 32,7% do total de carros vendidos, batendo o recorde do ano passado, que tinha sido de 28,4%.

Líder em 2017, 2018 e 2019, com Compass nos dois primeiros anos e Renegade posteriormente, a Jeep deixa o topo do segmento em 2020 e passa a coroa para o Volkswagen T-Cross, que fechou o ano com 60.119 unidades emplacadas. O modelo conquistou o topo da categoria pela primeira vez, mesmo perdendo um pouco de fôlego depois do lançamento do Nivus.

O pódio dos SUVs foi fechado pela dupla da FCA: Renegade (56.865) e Compass (52.966).

"Apesar de o último trimestre ter sido positivo e ter demonstrado uma forte reação, essa recuperação não foi suficiente para superar os resultados do último trimestre de 2019. Isso se deve, entre outros fatores, à falta de disponibilidade de automóveis e comerciais leves no mercado, causada pelo reflexo da pandemia, que retraiu a produção na indústria”, destaca Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

A entidade prevê um crescimento de 15,8% na venda de carros e comerciais leves zero quilômetro para este ano em relação a 2020.