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Nestlé: Documento diz que grande parte de seus alimentos não é saudável

Apenas 37% do produtos da Nestlé alcançaram uma classificação suficiente na Austrália  - Divulgação
Apenas 37% do produtos da Nestlé alcançaram uma classificação suficiente na Austrália Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

31/05/2021 12h21

A Nestlé disse que a maior parte de seu catálogo de alimentos e bebidas não é saudável, já que mais de 60% dos produtos da empresa não atenderiam aos padrões necessários. A informação está presente em uma apresentação interna da empresa, à qual o jornal "Financial Times" teve acesso.

Em um dos trechos do documento, o maior grupo alimentar do mundo diz que "algumas de nossas categorias e produtos nunca serão 'saudáveis', não importa quanto renovamos". A Nestlé fabrica, entre outros produtos, os chocolates KitKat e Milky Bar, o leite condensado Moça, o leite Ninho, o Nescafé, as misturas para leite Nescau e NesquiK.

De acordo com a reportagem, somente 37% dos produtos da Nestlé alcançaram uma classificação suficiente na Austrália - acima de 3,5 no sistema de classificação da autoridade de saúde do país, que tem nota máxima 5. O valor é utilizado também por entidades internacionais de pesquisa de alimentos, como a Fundação de Acesso à Nutrição.

Conforme as informações da empresa, cerca de 70% dos alimentos, 96% das bebidas - com exceção do café puro -, e 99% dos doces e sorvetes não atingiram esse limite. A água e os laticínios comercializados pela marca, por outro lado, tiveram melhor pontuação: 82 e 60% respectivamente.

Segundo o "Financial Times", não entram na classificação e nos dados, no entanto, fórmulas alimentares para bebês, rações para animais de estimação, café e nutrição médica especializada. O que as informações são referentes a produtos que representam, aproximadamente, metade da receita anual total da Nestlé, que é 92,6 bilhões de francos suíços, ou US$ 103 bilhões - o equivalente a R$ 537 bilhões.

"Fizemos melhorias significativas em nossos produtos ... [mas] nosso portfólio ainda apresenta desempenho inferior em relação às definições externas de saúde em um cenário onde a pressão regulatória e as demandas dos consumidores estão disparando", diz a apresentação.

Ao jornal, a empresa disse que está atualizando seus padrões internos de nutrição e que tem analisado o portfólio de produtos para garantir que eles "ajudem a atender às necessidades nutricionais e apoiem uma dieta equilibrada" para cada fase da vida das pessoas. A Nestlé disse, ainda, que reduziu açúcares e sódio nos alimentos e bebidas entre 14 e 15% nos últimos sete anos.

19 Comentários

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Rodrigo Leal da Veiga

A Nestlé é uma multinacional presente em quase todos os países, eles usam publicidade agressiva para chegar a muitas pessoas, contratam publicitários de Harvard para criar fórmulas e hipnotizar as crianças na frente da tv, misturando seus produtos com personagens infantis, desenhos e entretenimento, dentro das embalagens vendem o veneno com um brinquedo. Os pais compram pela praticidade, confiando que a marca não está envenenando seus filhos, mas são traídos. Essas corporações bilionárias do setor alimentício querem uma única coisa, MUITO DINHEIRO! Ah, tem o lobby da indústria alimentícia dentro do Congresso Nacional junto aos parlamentares, compram políticos, financiam campanhas, presenteiam com mimos, fazem o que for necessário para vender maciçamente seus produtos sem intervenção das agências reguladoras. O Brasil está se tornando recordista no número de crianças obesas e diabéticas, com problemas renais, com certeza não é por comer brócolis.

SERGIO LUIZ MARINO CUNHA

Claro que não, consetvanrissimos fazem bem a alguém? Querem praticidade? Comam produtos que vencem em 6 meses. Tudo transgênico por aqui! Países como Finlândia estão zerado produção de transgênicos e diminuindo produção e importação de ultra processados, mas para nós é bom...