28 de maio de 2020 | 16h54
BRASÍLIA - No dia 17 de março, quando o País sentia os primeiros impactos do novo coronavírus, a superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Solange Vieira, teria dito e a integrantes do Ministério da Saúde, segundo relatos, que a concentração da doença principalmente em idosos poderia ser positiva para melhorar o desempenho econômico do Brasil ao reduzir o rombo nas contas da Previdência.
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A fala foi dita em reunião fechada da qual participou o epidemiologista Julio Croda, então chefe do departamento de imunização e doenças transmissíveis do ministério, e outros integrantes da pasta. Ele confirmou ao Estadão o teor da fala.
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29 de abril de 2021 | 17h30
Os principais índices do exterior fecharam mistos nesta quinta-feira, 29, realizando lucros, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizar que não tem pressa de começar a apertar sua política monetária e também com o anúncio de um novo plano de estímulos trilionário pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que ainda não é hora de começar a falar sobre a retirada dos agressivos estímulos que o BC americano adotou desde o ano passado, em reação à pandemia de covid-19. Como se previa, o Fed deixou sua política monetária inalterada, com os juros da economia americana entre 0% e 0,25%. A notícia, muito esperada pelo mercado, veio apenas quando as Bolsas da Europa e Ásia já estavam fechadas.
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Biden, por sua vez, anunciou um plano de US$ 1,8 trilhão voltado para as famílias dos EUA, em discurso feito no Congresso americano ontem à noite, após ter garantido a aprovação de um pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão no mês passado. Além disso, a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) americano mostrou uma taxa anualizada de 6,4% nos três primeiros meses do ano, número apenas 1% abaixo dos níveis pré-crise.
Na agenda de indicadores, o índice de sentimento econômico da zona do euro avançou para 110,3 pontos em abril, retomando o nível anterior à pandemia de covid-19. Entre discursos de autoridades, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou que a situação econômica da zona do euro no primeiro trimestre pode ter sido pior do que o esperado pela entidade, ainda sob efeitos da pandemia e a lenta vacinação no continente.
Apesar de caírem pontualmente ao longo do dia, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam com ganhos de 0,72%, 0,68% e 0,22% cada em Nova York, com o S&P 500 batendo novo recorde histórico de fechamento.
A alta no rendimento dos títulos do Tesouro americano também afetaram os negócios em determinado momento do dia. Hoje, o rendimento do papel com vencimento para dez anos subiu 1,614%, enquanto o de trinta anos avançou 2,300%.
Os índices chineses de Xangai e Shenzhen subiram 0,52% e 0,20% cada, enquanto a Bolsa de Hong Kong se valorizou 0,80% e a de Taiwan ficou estável. A Bolsa de Tóquio não operou devido a um feriado local e a de Seul foi na contramão, fechando em queda de 0,23%.
A Bolsa australiana também ficou no azul na Oceania, com alta de 0,25%.
O clima foi de queda no continente europeu, após os índices de Nova York virarem para o negativo em determinado momento do pregão. O índice Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, fechou em queda de 0,26%, enquanto a Bolsa de Londres cedeu 0,03%, a de Frankfurt teve baixa de 0,90% e a de Paris recuou 0,07%.
A Bolsa de Milão cedeu 0,74%, mas os índices de Madri e Lisboa foram na contramão, com altas de 0,27% e 1,31% cada.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, com o otimismo do mercado pela retomada global, embasado em indicadores, se sobrepondo à cautela por conta do avanço da covid-19, com destaque para a Índia. O barril do WTI para junho avançou 1,80%, a US$ 65,01. O Brent para julho, por sua vez, subiu 1,90%, a US$ 68,05. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA E SERGIO CALDAS
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