A um menino de hoje, a chamada Europa fascista lhe parece como um mundo distante, já turvo.
Aquele mundo colapsou. Portanto, não tem sido capaz de se defender.
Os que o derrubaram ficaram sozinhos sobre o terreno em 1945. Interpretaram, desde então, os fatos e as intenções, como lhes convinha.
Europa em 1939
Um quarto de século depois da catástrofe da Europa fascista na Rússia, se existem algumas obras moderadamente corretas sobre Mussolini, não existe um só livro objetivo sobre Hitler.
Centenas de trabalhos lhe têm sido consagrados, todos superficiais, sensacionalistas ou inspirados por uma aversão visceral. Porém, o mundo ainda espera uma obra equilibrada, que estabeleça um balanço sério da vida do principal personagem político da primeira metade do século XX.
O caso de Hitler não é um caso isolado. A história – se é que se pode chamar assim – tem sido escrita, desde 1945, em uma só direção.
Na metade do universo, dominado pela URSS e a China vermelha, nem mesmo passa pela mente de alguém a possibilidade de dar a palavra a um escritor que não seja um conformista ou um adulador. Na Europa ocidental, se o fanatismo tem mais nuances, não é menos certo que é, também, mais hipócrita. Jamais um grande periódico francês, ou inglês, ou estadunidense, publicará um trabalho no qual se pudesse destacar o que possa ter havido de interessante, de limpidamente criador, no Fascismo ou no Nacional-Socialismo. Somente a idéia de semelhante publicação pareceria aberrante. Tachar-se-ia de sacrilégio!
Um aspecto tem sido, especialmente, objeto de apaixonadas atenções: se tem publicado, com gigantesca montagem publicitária, centenas de reportagens, freqüentemente exageradas, às vezes grosseiramente falsas, sobre os campos de concentração alemães e sobre os fornos crematórios, únicos elementos que se achou por bem divulgar, dentre a imensa criação que foi, durante dez anos, o regime hitleriano.
Até o fim do mundo se continuará evocando a morte dos judeus nos campos de Hitler, sob os narizes de milhões de leitores espantados, pouco exigentes em matéria de cifras exatas e de rigor histórico.
Também sobre esse tema, estamos esperando um trabalho sério sobre o que é que realmente ocorreu, com cifras verificadas metodicamente e comprovadas; um trabalho imparcial, não um trabalho de propaganda; nada de datas e detalhes sobre o que se diz ter visto e não visto; sobre tudo, de “confissões” atormentadas de erros e improbabilidades, ditadas por torturadores oficiais – como teve que reconhecer uma comissão do Senado americano – a uns acusados alemães a que disputavam a cabeça, e dispostos a assinar o que fosse para escapar do carrasco.
Benito Mussolini e Alessandro Pavolini, juntos escreveriam o Manifesto de Verona, o qual demonstra a verdadeira natureza do fascismo
Essa confusão incoerente, historicamente inadmissível, fez efeito, sem dúvida alguma, em uma massa inculta e sentimentalóide. Porém não é mais que a caricatura de um problema angustiante e, desgraçadamente, tão velho como a humanidade. Esse estudo está ainda por se escrever – e, por suposto, nenhum editor “democrático” o publicaria! –, expondo os fatos exatos de acordo com métodos científicos, repensando-os em seu contexto político, inserindo-os honestamente em um conjunto de acontecimentos históricos e considerando os paralelos absolutamente indiscutíveis: o tráfico de negros organizado e explorado pela França e Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, pelo que se pagou o preço de três milhões de vítimas africanas que sucumbiram no transcurso de capturas e de terrível transporte; o extermínio, por ganância, dos peles vermelhas, sitiados até a morte em suas próprias terras que hoje são os Estados Unidos. Os campos de concentração ingleses na África do Sul, onde os Bóers foram empilhados como bestas, sob o olhar complacente do Sr. Churchill; as horripilantes execuções dos cipaios na Índia, pelos mesmos servos de sua Graciosa Majestade; o massacre, pelos turcos, de mais de um milhão de armênios; a liquidação de dezesseis milhões de anti-comunistas na União Soviética; a carbonização pelos Aliados, em 1945, de centenas de milhares de mulheres e de crianças nos maiores fornos crematórios da História: Dresden e Hiroshima; a série de extermínios de populações civis que não faz mais que prosseguir e crescer desde 1945: no Congo, no Vietnam, na Indonésia, em Biafra.
Haverá de se esperar ainda muito tempo, creiam-me, antes que tal estudo, objetivo e de alcance universal, pontue sobre os problemas citados e pese-os imparcialmente. Inclusive sobre assuntos muito menos ardentes, toda explicação histórica é ainda, na hora atual, quase impossível, se já teve a desgraça de cair, politicamente, no lado maldito.
É desagradável personalizar sobre si mesmo, porém de todos os chefes chamados fascistas que tomaram parte na Segunda Guerra Mundial, sou eu o único sobrevivente. Mussolini, após se assassinado, foi enforcado. Hitler disparou uma bala em sua cabeça e, em seguida, foi incinerado. Mussert, o líder holandês, e Quisling, o norueguês, foram fuzilados. Pierre Laval, após sofrer um breve julgamento-espetáculo, se envenenou em sua cela francesa; mal foi salvo de morrer assim, lhe mataram, estando paralítico, dez minutos mais tarde. O general Vlasov, o chefe dos russos anti-soviéticos, enviado à Stalin pelo general americano Eisenhower, foi enforcado em um cadafalso erguido na Praça Vermelha moscovita.
Inclusive em seu exílio, os últimos sobreviventes foram selvagemente perseguidos: o chefe do estado croata, Ante Pavievic, foi crivado de balas na Argentina; eu mesmo, acuado de todas as direções, escapei somente por milímetros das diversas tentativas de liquidação, umas vezes por assassinato e outras por sequestro.
Anton Mussert, líder do Movimento Nacional Socialista nos Países Baixos
Entretanto, até o momento não fui eliminado. Ainda vivo. Existo. É dizer, ainda poderia contribuir com um testemunho suscetível de despertar certo interesse histórico. Conheci Hitler de muito perto e sei que classe de ser humano era verdadeiramente; como pensava, o que queria, o que projetava, quais eram suas paixões, suas mudanças de humor, seus preferências, suas fantasias. Igualmente eu conheci a Mussolini, tão diferente em sua impetuosidade latina, seu sarcasmo, suas efusões, suas debilidades, sua veemência, seu arrebatamento, mas, ele também, extraordinariamente interessante.
Mais ainda, se houver historiadores objetivos, eu poderia ser um testemunho de valor para completar seus arquivos. Quem, entre os sobreviventes políticos de 1945, conheceu a Hitler ou a Mussolini mais diretamente que eu? Quem poderia, com mais precisão que eu, explicar que tipos de homens eram, nem mais nem menos que homens, homens tal como eram?
Isto não evitou que até agora eu não tenha tido outro direito que o de estar calado. Inclusive em meu próprio país.
Que eu publicasse na Bélgica um trabalho sobre o que tem sido minha atuação pública durante um quarto de século, era simplesmente impensável; entretanto, eu havia sido antes da guerra o chefe da oposição daquele país, o chefe do Movimento Rexista, movimento legal, que aderia às normas do sufrágio universal e que arrastou massas políticas consideráveis e a centenas de milhares de eleitores.
Eu comandei, durante os quatro anos da Segunda Guerra Mundial, os voluntários belgas da frente do leste, quinze vezes mais numerosos do que foram seus compatriotas que elegeram ao lado inglês para combater. O heroísmo de meus soldados nunca se discutiu. Milhares deles deram sua vida pela Europa, é certo, mas sobre tudo e antes de tudo, para lograr a salvação e preparar a ressurreição de seu país.
E, entretanto, não existe para nós a menor possibilidade de explicar às gentes de nosso povo o que foi a atuação política do REX antes de 1941 e sua ação militar depois deste ano.
Uma lei me proíbe formalmente de publicar uma linha dentro dos limites da Bélgica. Proíbe a venda, difusão, o transporte de todo texto que eu possa escrever sobre aqueles temas.
Vidkun Quisling, líder do movimento Nasjonal Samling
Democracia? Diálogo?
Desde 1945 os belgas não ouvem mais que um só toque de sino. Em quanto ao outro toque – o meu! – o estado belga tem apontado sobre ele todos os seus canhões. Em outros lugares a coisa não vai melhor. Na França, apenas apareceu meu livro “A Campanha da Rússia”, foi proibido.
O mesmo ocorreu, porém há pouco tempo, com minha obra “Almas Ardendo”. Este livro é puramente espiritual. E não obstante tem sido oficialmente proibida sua circulação na França. E isto, vinte e cinco anos depois que minha vida política foi pulverizada! E não é sobre as idéias dos excomungados sobre as que se lançam as proibições, mas que a inquisição democrática se abate implacavelmente sobre seu próprio nome.
Os mesmos procedimentos aplicaram na Alemanha. O editor de meu livro da “Verlorene Legión” foi, desde a aparição do volume, objeto de tais ameaças, que ele mesmo destruiu, poucos dias depois do lançamento, os milhares de exemplares que iam ser distribuídos pelas livrarias.
Pierre Laval, líder socialista célebre por sua participação na Terceira República Francesa e o Regime de Vichy
O recorde foi batido na Suíça, onde a polícia não somente confiscou milhares de exemplares de meu livro “La Cohue” de 1940, dois dias depois de sua aparição, mas que foi na gráfica e obrigou a derreter em sua presença à matriz de impressão, com o fim de que toda reimpressão da obra fosse materialmente impossível.
E, contudo, o editor era suíço! A gráfica era suíça! E se alguns personagens se creram mal tratados no texto, bem fácil lhes seria exigir contas perante a justiça, de meu editor ou de mim mesmo. Ao que, naturalmente, ninguém se atreveu!
Tive que esperar até 1969 para ver aparecer este mesmo livro em Paris, Roma, Bonn, Haya, México e vendê-lo livremente nas livrarias de Bruxelas, após o lançamento destes textos pelo editor de uma grande revista belga “Europa Magazine”. Este proclamou abertamente que não havia razão para que se seguisse proibindo tal publicação, arriscando-se a ser processado. Porém o governo cedeu, com o que os belgas, ao fim, puderam ler os argumentos que esperavam desde um quarto de século.
Maiores dificuldades que para a defesa escrita existe para a verbal. Eu desafiei às autoridades belgas responsáveis para que deixem explicar ante ao povo de meu país, no Palácio dos Desportes de Bruxelas, minha atuação e minhas pretensões então. Ou que aceitem – nada mais! – que me apresente como candidato às eleições do parlamento. O povo soberano teria decidido. Pode-se ser mais democrata?
O próprio ministro da Justiça respondeu que eu seria trasladado “imediatamente” à fronteira, se eu aparecesse em Bruxelas.
Andréi Vlásov, general russo do Exército Vermelho que colaborou com o III Reich durante a Segunda Guerra Mundial
E para estar absolutamente seguro de que eu não reapareceria, se improvisou uma lei especial, a qual se batizou “Lex Degrelliana”. Que prolongava em dez anos o prazo de prescrição da sentença contra mim, chegada já ao seu término!
Como então, as massas poderiam pesar os fatos, as intenções, formar uma opinião?
E como, face à semelhante apresentação dos fatos, poderia um jovem distinguir o verdadeiro do falso, especialmente quando a Europa de antes de 1940 não era um só bloco? Cada país, pelo contrário, apresentava características muito peculiares. E cada fascismo tinha suas próprias orientações.
O Fascismo italiano, por exemplo, era muito distinto do Nacional-Socialismo alemão. Socialmente, as posições alemãs eram mais audazes. Contrariamente ao Nacional-Socialismo, o Fascismo italiano não era, em essência, anti-judaico. Era de tendência mais cristã. E mais conservadora também. Hitler havia liquidado os últimos vestígios do império dos Hohenzollern, enquanto que Mussolini, ainda que com relutância, continuava seguindo o espanador de meio metro de altura que agitava sua grande pluma sobre a pequena cabeça desdentada do rei Víctor Manuel.
O Fascismo podia, sem negar a si mesmo, haver estado igualmente contra Hitler ou com ele. Mussolini era, acima de tudo, nacionalista. Depois da morte do chanceler austríaco Dollfuss, em 1934, havia alinhado algumas divisões na fronteira do Reich. No fundo de si mesmo, não queria a Hitler. Desconfiava dele.
– Tenha cuidado! Atenção, sobre tudo a Ribbentrop! – me repetiu ele mesmo vinte vezes.
Ante Pavelic, líder do Movimento Revolucionário de Levantamento Croata Ustasa e do Estado Independente da Croácia
O eixo Roma-Berlim foi forjado, antes de tudo, pelas torpezas e as provocações de uma grande imprensa de objetivos muito duvidosos e de políticos fracassados e ambiciosos como Paul Boncour, palhaço desgrenhado de Paris, Don Juan gasto e desaparecido dos subúrbios genebreses; ou como Anthony Eden, longo guarda-chuva pintado de Londres; e, acima de tudo, como Churchill.
A este eu conheci naquela época nos Comuns. Era muito discutido e estava desacreditado. De humor amargo quando tinha o estômago seco (o que ocorria raras vezes), os dentes tortos entre suas bochechas de bulldog demasiadamente gordas, mal se prestava atenção. Somente uma guerra poderia ainda oferecer-lhe a última ocasião de chegar ao poder. E ele se agarrou ardentemente a esta oportunidade.
Mussolini, até seu assassinato em abril de 1945, continuou sendo, no fundo, anti-alemão e anti-Hitler, apesar de todos os testemunhos de afeição que este lhe esbanjou. Com seus olhos negros, brilhantes como bolas de azeviche, o crânio tão liso como o mármore de uma pia batismal, os rins arqueados como um líder de fanfarra, havia nascido para dar o espetáculo de sua superioridade. Na verdade, Mussolini enfurecia ao ver que Hitler dispunha de um melhor instrumento humano (o povo alemão, sério, disciplinado, não pedia excessivas explicações) do que ele conduzia (o encantador povo italiano, se deleitava com a crítica, era frívolo como uma cotovia que se deixa levar pelo vento).
Deste mau humor fluía devidamente um estranho complexo de inferioridade que foi agravado cada vez mais pelas vitórias de Hitler, quem, até finais de 1943, ganhava sempre, pese aos riscos incríveis aos que enfrentava.
Ao contrário, Mussolini, chefe de estado excepcional, não tinha mais vocação de homem de guerra que um guarda rural de Romagna. Em resumo, tais como homens, Hitler e Mussolini eram diferentes.
O povo alemão e o povo italiano eram diferentes.
E quanto a doutrinas, o Fascismo e o Nacional-Socialismo eram bastante diferentes.
Não lhes faltavam pontos de contato no terreno ideológico, o mesmo que na ação, porém, também existiam oposições que o eixo Roma-Berlim atenuou em seu começo, mas que a derrota, afetando a Itália em seu sangue e em seu orgulho, haveria de ampliar e reforçar.
Se os dois principais movimentos fascistas da Europa, que haviam se erguido ao poder em Roma e em Berlim e que dominavam o continente desde Stettin à Palermo, aparecem já tão distintos um do outro, que ocorrerá quando se considera os outros fascismos surgidos na Europa, fosse em Holanda ou em Portugal, em França, em Bélgica, em Espanha, na Romênia, na Noruega, em qualquer outro país?
O fascismo romeno era em essência quase místico. Seu chefe, Codreanu, chegava montado a cavalo, vestido de branco, às grandes assembleias de mesas romenas. Sua aparição quase parecia sobrenatural. Talvez, era por isso que se lhe chamava o Arcanjo. A elite militante de seus membros levava o nome da Guarda de Ferro. A palavra era dura, como eram duras as circunstâncias de seu combate e os métodos de sua ação. As penas das asas do Arcanjo estavam muitas vezes salpicadas com dinamite.
Contrariamente, o fascismo de Portugal era desapaixonado, como era seu mentor, o professor Salazar, um cérebro que não bebia, não fumava, que viva em uma cela monástica, vestido como um clérigo, que fixava os pontos de sua doutrina e as etapas de sua atuação com a mesma frieza com que teria comentado as Pandectas.
Corneliu Zelea Codreanu, líder da Legião de São Miguel Arcanjo
Também na Noruega era outra coisa. Quisling era tão alegre como um coveiro. O recordo ainda, a face inchada, o olhar taciturno, melancólico, quando, como Primeiro Ministro, me recebeu em seu palácio de Oslo, ao pé de um pátio de honra onde um rei de bronze, verdejante como um repolho, brilhava, orgulhosamente, uma fronte coberta de dejetos de pássaros. Quisling, apesar do contável aspecto de descontentamento de sua feição, era tão militar como Salazar o era pouco. Apoiava-se em umas milícias cujas botas eram muito mais brilhantes que a doutrina.
A própria Inglaterra tinha seus fascistas, capitaneava-os Oswald Mosley. Contrariamente aos fascistas proletários do Terceiro Reich, os ingleses eram, em sua grande maioria, fascistas aristocráticos. Suas manifestações agrupavam milhares de membros da Gentry [N.T.: pequena nobreza], vindos para ver o que podiam ser aqueles fenômenos distantes e fabulosos aos que se chamavam trabalhadores (havia, todavia, certo número deles no grupo de Mosley). Os auditórios estavam coloridos pelos tons vivos e vistosos de garotas elegantes, apertadas em suas finas roupas de seda; o conteúdo e o continente eram encantadores. Muito estimulante e atrativo este fascismo! Acima de tudo neste país no qual os longos e finos cabides do mundo feminino tem tantas vezes aparência de plantações de lúpulo.
Oswald Mosley, líder da União Britânica de Fascistas
Mosley me convidou para almoçar em um antigo teatro abandonado inclinado sobre o Tâmisa, onde recebia a seus hóspedes atrás de uma mesa de madeira branca. Era austero e beato à primeira vista. Porém em seguida, apareceram criados perfeitos, e a louça em que se servia era de ouro!
Ao lado do Hitler proletário, do Mussolini teatral, do Salazar professoral, Mosley era o paladino de um fascismo bastante fantástico que, por muito extraordinário que pareça, coincidia com os modos britânicos. O inglês mais rígido tende a exibir uma série de manias muito pessoais, seja em política ou em vestuário. Mosley fornecia mais uma, como Byron ou Brummel haviam fornecido as suas em tempos passados, e como os Beatles fariam também mais tarde. O próprio Churchill tendia a distinguir-se nesse particular, recebendo a importantes visitantes completamente nu, com a majestade morcillera [N.T.: Produtor ou vendedor de morcillas, espécie de embutido] de um Baco britanizado, envolto apenas na fumaça de seus charutos cubanos. O filho de Roosevelt, enviado a Londres durante a guerra para uma missão, achou que morreria sufocado quando viu avançar até ele um Churchill em traje de Adão, a barriga fofa, inchado como um taberneiro gordo que acabara de lavar o traseiro em uma banheira de zinco na tarde de sábado.
Em uma atitude oposta, o Mosley de antes de 1940, o fascista impecável, coberto com chapéu cinza em lugar de um elmo de aço, armado com um guarda-chuva de seda em vez de uma clava, não saía demasiado da linha da excentricidade britânica.
Porém, o fato de que os ingleses, solenes como porteiros de um palácio e conservadores como motores de Rolls Royce, se deixaram arrastar, também, pelo fluído dos fascismos europeus de antes de 1940, diz até que ponto o fenômeno correspondia na Europa a um estado de espírito geral.
Pela primeira vez desde a Revolução Francesa, pese a diversidade dos nacionalismos, idéias ardentes e um ideal ardente causavam reações idênticas. Uma mesma fé brotava, ao mesmo tempo, de um extremo a outro do velho continente, fosse em Budapeste, em Bucareste, em Amsterdã, em Oslo, em Atenas, em Lisboa, em Varsóvia, em Londres, em Madrid, em Bruxelas ou em Paris.
Em Paris, não somente as erupções de ação fascistas possuíam suas próprias características, mas que, também, se decompunham em suas múltiplas divisões de tendência dogmática, com Charles Maurras, velho folião, completamente bravo, surdo como um devedor, pai intelectual de todos os fascismos europeus, mas limitando o seu ciosamente ao estrito recinto francês; de tendência militarista, com os antigos combatentes de 1914-1918, emotivos, ferozes, sem idéias; de tendência mesocrática, com as Cruzes de Fogo do coronel de La Rocque, que adorava repetir com os civis as grandes manobras e as inspeções do quartel; de tendência proletária com o Partido Popular Francês de Jacques Doriot, antigo comunista de óculos, realçando em sua propaganda de seus grandes sapatos, de seus suspensórios, do avental de cozinha de sua mulher, para conquistar o povo, um povo que lhe foi relutante, em seu conjunto, depois de um discreto êxito inicial; de tendência ativista e cheirando a pólvora com os carrascos de Eugenio Deloncle e de José Darnand, duros, fortes, que dinamitavam com entusiasmo, em plena Paris, os centros adormecidos dos grandes capitalistas, para tirá-los de seu entorpecimento dourado com o estrondo. Deloncle, politécnico genial, seria eliminado pelos alemães em 1943 e José Darnand, pelos franceses de 1945.
Charles Maurras, líder da Action Française
Esta superabundância de movimentos fascistas parisienses, teoricamente paralelos e praticamente rivais, dividia e desorganizava as elites francesas. E isto conduziria, ao cair do dia 6 de fevereiro de 1934, às manifestações sangrentas da Praça da Concórdia de Paris, sem que o poder, agachado nas trincheiras do pânico, fosse pegue por um só dos direitistas que haviam vencido nas ruas.
O grande homem daquela noite se chamava Jean Chiappe, chefe de polícia de Paris, destituído pelo governo de esquerda. Era um corso inconstante, que levava na lapela uma roseta da Legião de Honra do tamanho de um tomate, brigão apesar dos calcanhares sobrepostos que o faziam parecer que estava em cima de um banquinho. Apesar de seu aspecto jovial, vivia com a apreensão de mil enfermidades imaginárias. Alegando ter reumatismo, não saiu em 6 de fevereiro com os manifestantes. Acabava de tomar um banho quente, se preparava a ir para a cama, já de pijamas. Apesar das censuras cada vez maiores e mais indignadas de seus partidários, não quis se vestir novamente. Não tinha mais que atravessar a rua para sentar-se no assento abandonado do Eliseu!
Jacques Doriot, político comunista, líder do Nacionalista Parti Populaire Français e um dos fundadores da Legião de Voluntários Franceses conta o bolchevismo
Em 1958, o general De Gaulle, diante do mesmo assento, não seria tão rogado. Entre estes múltiplos partidos fascistas, franceses, o denominador comum antes de 1940, era a confusão.
Na Espanha, o general Primo de Rivera havia sido, antes que muitos outros, um fascista à sua maneira, fascista monárquico. Muitos cortesãos de palácio, especialistas em trapaças, escorregadios como enguias, ocos como tubos, lhe espreitavam. Muito poucos proletários lhe apoiavam, proletários de coração simples e braços fortes que poderiam perfeitamente seguir a um Primo de Rivera lançado à reforma social de seu país, melhor que se alinhar atrás dos pistoleiros e incendiários da Frente Popular. Os conspiradores do palácio esterilizaram esta experiência associando-a com a liga dos preconceitos de uma aristocracia de salão, vaidosa e politicamente esterilizada desde há vários séculos.
José Antonio, filho do general destituído e morto em Paris pouco tempo depois, era um orador inspirado. Havia compreendido, apesar de sua herança burguesa, que o essencial do combate político de sua época residia no feito social. Seu programa, sua ética, seu magnetismo pessoal lhe permitiu recuperar milhões de espanhóis que sonhavam com uma renovação de seu país, não somente quanto à grandeza e a ordem, mas, sobre tudo, quanto à justiça social. Infelizmente para ele, a Frente Popular havia minado o terreno por todas as partes, inflamado as mesas, elevado entre os espanhóis as barreiras do ódio, do fogo e do sangue. José Antonio podia ter sido o jovem Mussolini da Espanha de 1936.
José Antonio Primo de Rivera, líder da Falange Espanhola
Este esplêndido rapaz havia abreviado seu sonho àquele mesmo ano por um pelotão de execução em Alicante. Suas idéias marcaram seu país por um longo tempo. Animaram centenas de milhares de combatentes e militantes. Inclusive renasceram, revivificadas pelos heróis da Divisão Azul, entre as neves sangrentas da frente russa, contribuindo para a criação da nova Europa de então.
Como se vê, a Espanha de 1939 não era a Alemanha de 1939.
Tão pouco o coronel de La Rocque, em Paris, duro como um metrônomo e com o espírito imóvel como asfalto moldado, não era o sósia do Dr. Goebbels, vivo como um foto-jornalista; tão pouco Oswald Mosley, o refinado fascista de Londres, era ele um alter ego do denso doutor Ley de Berlim, roxo como um barril de vinho novo.
Não obstante, uma mesma dinâmica trabalhava entre as mesas de todos os países, uma mesma fé os inflamava, um mesmo substrato ideológico, substancialmente semelhante, se observava em todos eles. Tinham em comum as mesmas reações frente aos velhos partidos esclerosados, corrompidos por compromissos sórdidos, desprovidos de imaginação, que não haviam contribuído, em aspecto algum, em soluções sociais, valentes e verdadeiramente revolucionárias, tanto que o povo sobrecarregado por horas de trabalho, pago miseravelmente (seis pesetas por dia sob a Frente Popular!), sem proteção suficiente contra os acidentes de trabalho, as enfermidades, a velhice, esperava com impaciência e angústia ser tratado, de uma vez, com humanidade, não só material, mas também moralmente.
Sempre me recordarei do diálogo que ouvi então em uma mina de carvão, a mesma que deixou cair o rei dos belgas:
– O que é que desejas? – perguntou o soberano, com certo olhar, cheio da melhor intenção, a um mineiro enegrecido de fuligem.
– Senhor – respondeu esse, – o que nós queremos é que nos respeite…
Este respeito ao povo e aquela vontade de justiça social se aliavam, no ideal fascista, com a vontade de restaurar a ordem no Estado, à continuidade no serviço à nação e à necessidade de elevar-se espiritualmente.
Ao longo de todo o continente, a juventude repudiou a mediocridade de seus políticos profissionais, notórios mentecaptos, sem formação, sem cultura, eleitoralmente apoiados sobre cabarés e sobre semi-notáveis cercados por mulheres de personalidade fechada.
Aquela juventude queria viver para se dedicar a algo grande e puro.
Léon Degrelle, líder do movimento Christus Rex
O fascismo havia nascido em toda a Europa espontaneamente, com formas muito diversas, desta necessidade vital, total e geral de renovação: renovação do Estado, forte, autoritário, com tempo para cumprir seus fins e possibilidade de cercar-se de homens competentes, de escapar aos riscos da anarquia política; renovação da sociedade, liberada do conservadorismo asfixiante de uma burguesia engessada e de pescoço duro, sem horizonte, inchada de ricos mantimentos e de vinhos demasiadamente antigos, fechada intelectual, sentimental e, acima de tudo, financeiramente a toda idéia de reforma; renovação social ou, mais exatamente, revolução social, liquidando o paternalismo tão querido pelos magnatas que julgavam ser generosos a baixo custo e que preferiam ao reconhecimento dos direitos da justiça, a distribuição condescendente de caridades limitadas e devidamente proclamadas; revolução social que devolveria ao capital seu papel de instrumento material, e que fizesse que o povo, substância viva, voltasse a ser a base essencial, o elemento primordial da vida da pátria; renovação moral, por fim, ao ensinar a uma nação, sobre tudo a sua juventude, a elevar-se e doar-se.
Entre 1930 e 1940, não houve nenhum país na Europa que escapasse deste chamado.
O chamado representava nuances distintas, orientações distintas, mas possuía, política e socialmente, bases muito semelhantes, o que explica como se criou rapidamente uma surpreendente solidariedade: o francês fascista, assistia, inicialmente inquieto mas depois entusiasmado, aos desfiles dos camisas pardas em Nuremberg; os portugueses cantavam a “Giovinezza” dos balillas, do mesmo modo que o sevilhano cantava a Lili Marlene dos alemães do norte.
Em meu país, o fenômeno surgiria como nos demais, com suas características próprias, que culminariam em torno de poucos anos nos elementos unificadores surgidos da Segunda Guerra Mundial nos diversos países europeus.
Eu era, naquela época, um adolescente. No verso de uma foto havia escrito (então, já deixava a modéstia à parte): “Eis aqui minhas facções, mais ou menos verdade; porém o papel não mostra o incêndio interior que abrasava e abrasa brilhante e triunfador, e eclodirá amanhã, como uma tempestade”.
A tempestade, levava-a dentro de mim mesmo. Porém, quem mais o sabia? No estrangeiro ninguém me conhecia. Eu tinha o fogo sagrado, porém não dispunha de nenhum apoio que pudesse me assegurar um grande êxito com rapidez. Entretanto, me bastaria apenas um só ano para reunir centenas de milhares de discípulos, para romper em pedaços a tranquilidade sonolenta dos velhos partidos e para enviar ao parlamento belga, de um só golpe, a trinta e um de meus jovens camaradas. O nome do REX seria revelado em poucas semanas, na primavera de 1936, ao mundo inteiro. Eu chegaria a tocar com as mãos o poder aos vinte e nove anos, idade em que normalmente os jovens se dedicam a tomar um aperitivo em um terraço e acariciam as mãos de uma bela jovem com os olhos emocionados.
Tempos prodigiosos nos quais a nossos pais não lhes restava outro remédio a que nos seguir, nos quais por todas as partes jovens com olhos e dentes de lobo, se lançavam, lutavam, ganhavam, se preparavam para mudar o mundo.
Extrato do segundo capítulo do livro “Hitler por mil anos”, escrito por Léon Degrellé em finais dos anos 60.
Fonte: http://www.elministerio.org.mx/blog/2013/07/degrelle-europa-fascista/
Tradução livre e adaptação por Viktor Weiß
O mesmo clima começa a existir novamente – viver para se dedicar a algo grande e puro – e a tendência é que este sentimento aumente. O descaso que os ditos “DEMOcratas” lidam com a coisa pública, em contraste com sua impressionante vontade em valorizar tudo que é degenerado; a inversão dos valores, onde os interesses individuais sobrepõem ao interesse da coletividade; a exploração da população através da sua escravização através dos juros bancários; a crescente barbárie urbana presente nas ações corriqueiras do dia-a-dia, no trânsito, na procura do lucro a qualquer custo; a transformação da personalidade humana em meros organismos vivos condicionados ao consumo mecânico. Inevitável, todas estas ações geram uma reação. Uma lei natural – NR.
Artigo publicado pela primeira vez em nosso Portal a 28/10/2013.
Sobre a importância histórica de Hitler e sua filosofia política, ainda há pouco instantes traduzi e postei o seguinte ensaio:
A Medida da Grandeza – por William Pierce
O Inacreditável é realmente inacreditável. Sensacional, magnífico, já havíamos escrito algo parecido aqui sobre os Movimentos ditos fascitas, há algum tempo, mas não com essa profundidade. Realmente os serviçais de Sião não aguentam, é demais para eles. Esse site é um catigo, é uma tortura, tenham um pouco de pena dos ” eleitos”. Anauê Brasil!!! É covardia com eles. Eles não sabem jogar dessa forma, limpa, clara, verdadeira. É por isso que Jesus Cristo foi para Cruz.
Mando um Shalom para Leon Degrelle , para Victor Weiss , e para todos os participantes do Inacreditavel !
David
Mando um Heil Hitler para você e sua comunidade.
Salve a Vitória!
Riam enquanto podem, a batata de vocês tá cozinhado de novo !
E da minha parte, sem hipocrisia alguma, eu lhe retorno em minha língua pátria votos de uma verdadeira Paz, a você e a seu povo, onde quer que estejam! Uma Paz sem ressentimentos, mas para vocês, vindo de um goym como eu, isso não passa de uma piada esdrúxula, tendo em vista que isso não atende aos anseios e recalques do povo eleito!
Eis uma matéria que encanta e revigora. Uma pintura na tela dos tempos idos, em que homens e mulheres lutaram com bravura, louvor e desprendimento por um mundo mais verdadeiro e reaproximado ao ser humano. Nem parece a nossa sociedade de hoje, individualista, glorificadora do consumismo, rendida em dobrar de joelhos rogando por um milagre sem precisar sujar as mãos e dar a própria vida em prol do próximo. Eu me regozijo a ler esta INACREDITÁVEL declaração de honra, ordem e coragem, se comparado ao mundo de alienação seletiva que vivemos. Esta matéria é um balsamo virtuoso e um remédio para a desfaçatez humana/capitalista, e é a prova de que o mundo não precisa ver triunfar as nulidades e os desmandos ditatoriais e déspotas da pseudo liberdade que o capitalismo traz. Eis a prova de que sabemos o que fazer, e como fazer e de que é possível ser feito, apenas temos que pagar o preço pela verdade.
Unsterbliche Seele, brilhante seu comentário e aproveito para perguntar: qual a alternativa para o capitalismo? Abraços a você e a todos que lutam em favor da verdade.
Uma verdadeira aula de História dada por Léon Degrellé. Perfeito seu comentário Unsterbliche Seele, essa “democracia” de hoje não é definitiva, o instinto de sobrevivência dos povos ainda falará mais alto e então a velha semente voltará a germinar trazendo uma renovação espiritual para esse mundo decadente.
Camarada Rafael:
Particularmente acredito que a solução em face ao capitalismo passa necessariamente pelo despertar da consciência coletiva, mas esta é uma opinião pessoal. Sair da letargia é o primeiro passo. Creio que o que você, eu e tantos outros camaradas que frequentam esta INACREDITÁVEL escola de desmistificação das mentiras históricas estamos fazendo, já é um início para trilhar a verdade (realidade).
Os sionistas penderam a balança para o lado deles nessas últimas décadas com poucas pessoas, mas todas elas estavam nos lugares certos, basicamente nos meios de comunicação e comandando o sistema financeiro e consequentemente através do poder do “Deus dinheiro” subornaram e subornam os políticos traidores das nações mundo afora.
O que quero dizer é que não precisamos de muitos para a revolução que supostamente se pretende realizar e voltar no mínimo a equilibrar a balança; Precisa-se inicialmente dos camaradas certos nos lugares certos, esse fato, aliado a um pouco de sorte ou providência divina como queiram, pode desencadear uma avalanche de fatores a nosso favor.
Vamos manter a cabeça fria , muitos camaradas já estão infiltrados no sistema judiciário, financeiro, político, empresarial, forças armadas….podem acreditar.
O tempo passa, a história muda de mão, tempos novos chegam, tempos novos de esperança, tempos em que, com a experiência acumulada diante de tantas derrotas, serão acertadas algumas questões mal resolvidas.
Abraços aos camaradas
Unsterbliche Seele,
Concordo com você que possivelmente a derrocada do capitalismo seja o despertar da consciência individual, mas massivo, como o que aqui ocorre. Contudo, do capitalismo iremos para qual sistema econômico? Como ele será, quais suas características e como poderá ser chamado em sua opinião?
Abraços!
Quem lê o texto, tem a impressão que só existiam movimentos fascistas na Europa.
No texto não se explica o por quê desta profusão de partidos fascistas.
Eles surgiram justamente para se opor ao crescimento do comunismo, através do fenômeno
das frentes populares na década de 30.
“O mesmo clima começa a existir novamente – viver para se dedicar a algo grande e puro – e a tendência é que este sentimento aumente.”
O aumento de organizações nacionalistas, sobretudo na Europa, deve-se ao fato do descontentamento dos cidadãos em relação aos governos de centro-esquerda que hoje governam países pelo mundo.
O descontentamento não advém do fato de os governos serem centro-esquerda, ou serem centro-direita, ou direita, ou esquerda. Com o devido respeito, é com esta cortina de fumaça que querem nos ludibriar! Sempre haverá descontentamento enquanto for necessário pagar por algo que não existe no mundo real – os juros! Isso independe do nome que se dá ao sistema político que predomina, ou seja, depende sim do sistema econômico vigente (sempre o capitalismo). Enquanto este sistema vigorar, haverá descontentamento, o que é natural, porque nunca se consegue pagar por aquilo que se necessita com tranquilidade. A ansiedade e o receio pelo dia de amanhã, pela insegurança econômica, torna o homem violento com seus irmãos e compatriotas, gerando um ciclo vicioso. O nazismo tentou terminar com isso, mas não conseguiu. Vejamos se a China conseguirá. Se não, voltemos a estaca zero e teremos que aguentar, a seco, os usurários que há milênios achacam a humanidade!
Simplesmente sensacional o texto de Leon Degrelle. Parabéns a equipe do Inacreditável pelo artigo e divulgação na mídia alternativa brasileira. Ele, não só além de ser bem escrito nos inspira a ver o movimento fascista, Nacional-Socialista, como realmente era e como exatamente deve ser, e deva ser visto. Nos inspira a mesmo procurar saber mais e mais sobre os aspectos profundos dessa cosmovisão. Nos faz pensar até…e na nossa América, como escreveríamos isso? Acho que pras pessoas que conseguem manter hoje seu “despertar” aceso, podem cada vez mais aprofundar sua visão com tal ideia.
LEON DEGRELLE, um verdadeiro FOMENTADOR DA VERDADE! SH
O Brasil rumo ao Apartheid:
http://libertatum.blogspot.com.br/2013/09/o-brasil-rumo-ao-apartheid.html
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2013/10/31/interna_politica,396330/projeto-aprovado-na-ccj-da-camara-cria-cota-racial-para-deputado.shtml
Se fosse apenas uma divisão das raças, todos vivendo em harmonia, estaria bom demais, mas o que verdadeiramente estão planejando a médio e longo prazo é algo muito pior.
Muitos brancos só entenderão o tamanho da encrenca, quando já não der mais tempo para nada!!
Abraços aos camaradas
Duas questões são trazidas flagrantemente no belo texto que são relegadas por quase todos aqui no Inacreditável e aguardo comentários:
1) Primeira delas nas seguintes passagens emblemáticas: “Ao lado do Hitler proletário”…
“Contrariamente aos fascistas proletários do Terceiro Reich, os ingleses eram”
Seria o nazismo, então, uma revolução proletária?
2) A segunda: “revolução social que devolveria ao capital seu papel de instrumento material”
Seria o fascismo-nazismo uma revolução contra o capitalismo? Se sim, de que forma o substituiria?
O Nacional Socialismo não iria abolir o capitalismo, apenas transforma-lo e não, Hitler não era comunista como o senhor está querendo sugerir, quando ele escreveu o Mein Kampf ainda era jovem e estava na prisão, revoltado contra o sistema, então como ele mesmo admite muitas de suas idéias mudaram com o passar dos anos. Agora uma obviamente não mudou, sua crítica ao marxismo.
Respondendo ao cidadão Rafael:
Primeiro, quero enfatizar uma coisa: como é interessante como tudo tem que ter um rótulo. E todos terminam em “ismo”. É “ismo” pra todo lado! Fascismo, nazismo, racismo, homofobismo, e por aí vai.
Prezado; proletário não é uma palavra criada pelos comunistas e nada tem de origem nesse execrável método de demolição de nações e povos. Proletário é aquele que vive de seu trabalho. Existem proletários em toda parte. O fascismo tanto quanto o nacional-socialismo, deveriam ser vistos, não como um partido ou ideologia calcados no paradigma-paradoxo “esquerda” e “direita”. O nacional socialismo foi assim chamado porque assim seria bem entendido pela população de então. O N. S. assim como o fascismo, se constituem uma resistência ao financismo usurário. Isso é bem diverso do comunismo, que sim, é uma ideologia; diabólica por sinal baseada no conflito entre classes e destruição daquelas derrotadas. O comunismo é internacionalista, ou seja, não tem pátria. Seus “nobres” objetivos jamais foram constatados, muito pelo contrário. Só se viu massacres e destruição. O N. S. ao contrário, pode ser visto como um produto de caráter socialista e nacionalista. Não é exportável e sua cosmo-visão se resume na prosperidade do povo e combate à usura milenar. Isto implica na adoção precípua de uma MOEDA SOBERANA. Bem diferente do comunismo que esteve sempre combatendo o capital, mas sempre bebendo da fonte da usura. O N.S. não é esquerda, nem direita, nem acima ou abaixo. É a resistência dos espoliados.
O Nacional socialismo a meu ver era um movimento de cunho socialista, com matizes de esquerda e de direita, mas nunca de extrema direita como a midia nos passa.
“Seria o nazismo, então, uma revolução proletária?”
Não, o Nacional-Socialismo foi uma revolução nacional, de inclusão e cooperação de todo o povo. “Revolução proletária” é uma noção marxista que, talmudicamente, reduz e divide o povo em conceitos materialistas, antaganonizantes e destrutivos de classe.
“Seria o nazismo uma revolução contra o capitalismo? Se sim, de que forma o substituiria?”
Sim, mas não meramente visava substituir o capitalismo, e sim a concepção talmúdico-materialista de mundo no qual o mesmo se funda; o Nacional-Socialismo aboliu o Homo Economicus, figura essencial tanto ao capitalismo quanto ao marxismo, criando um estado orgânico, no qual o ser humano possui objetivos e oportunidades infinitamente mais amplas e nobres do que uma vida que gira em torno de capital, meios de produção, consumo, etc… A economia foi subordinada aos interesses da comunidade nacional, ao invés de ser a raison d’être desta, conforme é o caso dos governos modernos talmudicamente inspirados…
Rafael,
Alguns países europeus são governados por políticos de esquerda, como Itália,
Espanha e França. A europa atravessa grave crise econômica e estes governos não
conseguem atender aos anseios dos europeus. Estes para externar seu DESCONTENTAMENTO,votam em partidos nacionalistas, apesar de não estarem ideologicamente alinhados com estes.
Casos como a Franca, com a frente nacional e a Grécia com a aurora dourada,
os nacionalistas entendem isto como o DESPERTAR europeu, mas nada mais é do que o repúdio a social-democracia.
Quanto ao capitalismo é o sistema vigente e dificilmente mudará.
O Brasil rumo ao Apartheid
Èder, lembre-se que existem cotas nos partidos políticos brasileiros destinados
as mulheres. Esta medida teve a intenção de aumentar a participação feminina
na vida política do Brasil, mas não surtiu o efeito esperado.
Estas cotas raciais na política são mais uma medida demagógica em período eleitoral.
Se formos analisarmos hoje em dia, ainda daria para fazer algo parecido vejo que em alguns países europeus e até mesmo em países da américa latina esta sendo feito bons trabalhos, acredito que hoje e importante trabalhar no país principalmente o espírito nacionalista não pregando muitos nomes de personalidades que foram difamadas injustamente durante anos, pois vejo que agora não é hora de levantar esses heróis do passado. Na Europa em geral nos países nórdicos existem grupos pregando o espirito nacionalista de forma democrática passiva embora seja mais lenta acabou mudando um pouco o cenário político, eu sei que muitos de nós gostaríamos de ver isso imediatamente, mas até na Alemanha demorou um tempo, acredito que o primeiro passo e ajudar a combater o comunismo e fazer uma forte propaganda nacionalista no país, contando vantagens da ideologia, esses dias estava vendo uma entrevista do próprio Putin falando sobre isso, ele foi cutucado sobre a morte de alguns de seus familiares pelos alemães e falou que foi um período difícil no mundo e que a família dele fez a parte dela pelo seu pais, ou seja ele como foi membro da URSS, acredito que sabe o verdadeiro motivo da Segunda Guerra Mundial, e está trabalhando de forma inteligente na Rússia para combater o comunismo e o judaísmo global , se for ver a população Russa o apoia, embora aqui no Brasil ouvimos a mídia destruir a imagem dele e da Russia. Se cada um de nós formos pacientes, e se misturarem em grupos sociais expondo ideais, e quem tem oportunidade de trabalhar com crianças tentar passar de forma inteligente as vantagens do nacionalismo e pátria conseguiríamos avançar nesta luta contra o sionismo mundial, acho que tudo tem hora certa para se expor, no final a verdade triunfará.
Valeu camaradas.
Nacionalismo em países com predomínio da miscigenação ? Não acho que tal coisa seja possível. Falta exatamente o elemento agregador comum : a identidade; não tanto no aspecto da raça, mas, igualmente, no campo das ideias. Alguém aqui se identifica com o Tiririca e suas “ideias” ? Foi eleito Deputado Federal. Mas isso significa alguma coisa de fato ? Apenas mostra a encrenca em que o país está enfiado. Esse indivíduo é somente um exemplo tomado ao acaso. A maioria dos outros exemplos poderia servir pra ilustrar a impossibilidade que assinalei.
Como não se apaixonar por esses movimentos? São todos lindos.
A elegância aristocrática de britânicos e espanhóis, a devoção religiosa de romenos, o trabalhismo dos alemães, o dramatismo italiano, a sobriedade de portugueses e noruegueses…e a saudável “confusão” dos franceses, com cada movimento nacionalista temperado com as características dos irmãos europeus.
Lamento, mas o “vintênio” 1922-1945 não volta mais. Mesmo com Trump e a direita vencendo na Europa.
[…]
Estes levantes nacionalistas iniciados por Trump não estão cheirando bem. Eles dizem: “Se a China cair, os EUA cai”. Seria verdade se não fosse estes levantes, que a meu ver, nada mais são do que [mercados] compradores. A mesma coisa ocorreu com a Inglaterra e os EUA no sXIX – eles não aboliram a escravatura pelo imperativo moral, só viram que escravo dá gasto, não são compradores.¹
Enfim, fica ai uma visão crítica – estes levantes podem fazer parte de uma estratégia apenas mercadológica, e como sempre, salvar o maior. Pequeninos (países), cuidado!
¹Houve vários levantes – “isto é mal”, pastores gritando, isso e aquilo. Mas creio que,como nos EUA, [a escravidão] não foi a causa da Secessão (p. ex.: só 6% dos agricultores tinha escravos. Os demais Estados lutariam por causa de 6% de agricultores?).