|
|
ou IBAN PT50003601689910004600741 |
Livros/Books |
Links externos |
Contactos: resistir[arroba]resistir.info, resistir[arroba]protonmail.com |
SUSPENSÃO DA VACINA
Depois de 17 países europeus terem suspendido a aplicação da vacina da Astrazeneca, no dia 15/Março o governo português também fez o mesmo. Acerca das vacinas convém ler a carta que eminentes médicos europeus enviaram à European Medicines Agency (EMA), com perguntas ainda não respondidas. A carta conclui assim: "Se tal evidência não estiver disponível, pedimos que a aprovação do uso das vacinas baseadas em genes seja retirada até que as questões acima sejam tratadas adequadamente pelo exercício da devida diligência por parte da EMA. "Há sérias preocupações, incluindo mas não limitadas àquelas acima, de que a aprovação de vacinas do COVID-19 pela EMA foi prematura e imprudente, e ainda que a administração das vacinas constituiu e ainda constitua 'experimentação humana', a qual estava e ainda está em violação do Código de Nurembergue. "Em vista da urgência da situação, requeremos a vossa resposta a este email dentro de sete dias a tratar de todas as nossas preocupações substantivamente. Caso não cumpram este pedido razoável, tornaremos pública esta carta". ASSANGE AMEAÇADO POR BIDEN O sr. Joe Biden perdeu uma oportunidade de mostrar-se um homem decente. O Departamento da Justiça do novo presidente dos EUA acaba de apresentar em Londres um recurso para reverter a decisão de não extraditar Julian Assange . Assim, o fundador da WikiLeaks (cuja saúde está combalida) continuará encarcerado no presídio britânico de Belmarsh até que seja julgado o recurso. Nos EUA, o Estado Profundo é vingativo. E em Portugal as omissas organizações de jornalistas são covardes. 14/Fev/21 OS ABUTRES VENCERAM NO BRASIL Em meio à pandemia, o bordel parlamentar brasileiro resolveu aprovar o projecto de lei de autonomia do banco central. Na câmara baixa do parlamento o projecto recebeu 339 a favor e 114 contra (mais uma abstenção). A maioria dos deputados deu assim um cheque em branco para os banqueiros , como afirma Maria Lucia Fatorelli. As consequências trágicas desta decisão haviam sido explicadas, já em 2014, neste artigo de Edmilson Costa: Os abutres financeiros querem a chave do cofre – Notas para um debate sobre a independência do Banco Central do Brasil . A república burguesa no Brasil está podre. Será preciso fundar uma nova república. Só uma república socialista poderá atender aos interesses do povo brasileiro. 12/Fev/21 CIDADÃOS SOB ATAQUE O ataque aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos foi hoje intensificado com as novas medidas do governo, sob o pretexto do combate à pandemia. Novo estado de emergência, mais restrições à mobilidade e proibição de abrir as escolas para ensino presencial são algumas das novas medidas. O mesmo governo que subfinanciou e subfinancia o SNS e que deixou 2000 enfermeiros portugueses emigrarem por lhes recusar salários decentes sai-se agora com medidas disparatadas como essa de impedir os jovens de irem à escola. Vozes sensatas e ponderadas como a do Dr. Jorge Torgal são abafadas. O unanimismo dos covideiros, martelado incessantemente pelos media corporativos, provoca uma espécie de paranoia colectiva. Tudo isto é falso e em grande medida hipócrita. Exemplo: eles dizem-se preocupados com as mortes de idosos nos lares (onde já estavam confinados antes de existir Covid). Mas muitas destas mortes devem-se sobretudo ao frio, pois grande parte dos edifícios dos lares não tem aquecimento – o que abre caminho para os vírus, seja o do Covid, o da gripe ou outro qualquer. Se o governo quisesse ser sério financiaria a instalação de aquecimento ambiente nos lares ao invés de impor absurdas medidas restritivas de eficácia duvidosa e que, além disso, provocam desemprego e arruinam a economia nacional. Tudo indica que as classes dominantes valem-se da pandemia para fazer terrorismo contra os povos e assim reforçar a sua dominação. Será isto uma preparação para a "grande reinicialização" discutida em Davos? 28/Jan/21 A PANDEMIA DA ESTUPIDIFICAÇÃO Com a posse Biden, uma onda de estupidificação propaga-se pelo mundo. Ela é pior que o Covid. Em Washington, o Estado Profundo convoca 26 mil soldados (!!!) para defender-se de ameaças inexistentes. Em Portugal, um locutor de TV que cobria a posse disse "agora a Europa tem um amigo na Casa Branca" (sic). No Brasil, gente que se diz oposição manifesta grandes esperanças em que Biden derrube Bolsonaro. A vida pregressa do sr. Biden, corrupta e belicista, é evacuada de tais "noticiários". O espectáculo é nauseante. Os media corporativos não existem mais para informar e sim para desinformar. A máquina de lavagem cerebral do império faz estragos. 20/Jan/21 CENSURA E MEDIA SOCIAIS Um novo fascismo censóreo está a nascer. Nestes tempos de neoliberalismo já não é a clássica censura de entidades estatais. Agora ela é exercida por empresas privadas, oligopólios que actuam como o "Ministério da Verdade" e arrogam-se o direito de cortar a palavra a políticos, intelectuais e media que não agradem ao Estado Profundo. Dirigentes de Estado como Trump e o aiotala Kamenei são arbitrariamente cortados do Twitter. Intelectuais como Atilio Boron são eliminados do Facebook. Publicações como Ruptures são cortadas do Twitter sem explicações. E aplicações de mensagens como o WhatsApp pretendem intensificar ainda mais a venda dos nossos dados ao Facebook e a terceiros – matéria-prima para o modelo Ocean . Afastarmo-nos dos media dos oligopólios, utilizar mensagens criptografadas (como as do Telegram), motores de pesquisa que não rastreiam clientes (como o DuckDuckGo) e ferramentas de email seguras (como o Protonmail) é uma saudável e necessária auto-defesa. 16/Jan/21 A VITÓRIA PÍRRICA DO SR. BIDEN O apodrecimento do regime estado-unidense acelera-se. Toque de recolher em Washington, assassinatos pela polícia de manifestantes desarmados, fraude eleitoral em escala gigantesca, censura nos media sociais. Tudo isso se passa no centro do império, não num lugar recôndito do Terceiro Mundo. Aparentemente o Estado Profundo venceu com o seu senil representante como futuro Presidente da República. Mas trata-se de uma vitória de Pirro. A decadência do império acelera-se. Por isso poderão ser tentados a fugas para a frente, com novas aventuras imperiais no Médio Oriente, na Ásia e na América Latina. Aqueles que tanto promoveram "mudanças de regime" no estrangeiro agora fazem uma mudança de regime na sua própria casa. Mas a legitimidade deles está ferida de morte. 07/Jan/21 JULGAMENTO DE ASSANGE A sentença de recusa à extradição de Assange para os EUA é uma bela vitória para os jornalistas, para a liberdade de imprensa e para as forças progressistas de todo o mundo. No entanto, a recusa foi pelas razões erradas. A juíza Baraitser alegou um suposto "risco de suicídio", o que é um disfarce para justificar o vergonhoso tratamento que o subserviente sistema judicial britânico infligiu a Assange. A sra. Baraitser, na sua sentença, validou as acusações do governo estado-unidense e manifestou-se contra o direito de jornalistas divulgarem os crimes dos governos. Todos os jornalistas deveriam ficar alarmados com tal sentença. Neste momento Assange continua sob custódia. Está na ala de um presídio de alta segurança onde há 49 prisioneiros e 15 carcereiros contaminados pelo Covid. A sua saúde, já muito fragilizada, corre riscos. O julgamento do recurso da parte estado-unidense ainda demora 14 dias. Enquanto isso centenas de presos políticos continuam a padecer nas masmorras estado-unidenses. Figuras como Chelsea Manning, Simón Trinidad , Leonard Peltier, Abu Jamal, Ana Belem Montes e muitíssimos outros são mártires sacrificados à sanha do império. 04/Jan/21 MATOSINHOS: UM CRIME ECONÓMICO QUE SE PREPARA A tentativa de encerramento da refinaria de Matosinhos, em Leça da Palmeira, é um crime de lesa economia nacional. Trata-se da única refinaria de petróleo em Portugal com capacidade para produzir os óleos base para o blending de lubrificantes. Se ela desaparecer, isso significa mais um passo no caminho da desindustrialização de Portugal. A sua proprietária, a GALP, é uma empresa altamente lucrativa – mas quer sucatear a refinaria porque com isso aumentará ainda mais os dividendos dos accionistas. O governo PS do sr. António Costa parece assistir impávido este crime em preparação. O seu ministro do Ambiente, o sinistro Matos Fernandes, até emitiu declarações de concordância com o mesmo. Vale-se para isso dos habituais pretextos idiotas, a impostura da "descarbonização". O sr. M. Fernandes está conivente com a destruição do tecido produtivo nacional. Este é o momento de levantar a bandeira da nacionalização da GALP. É a soberania nacional, energética inclusive, que está em causa. INTENSIFICAR O COMBATE POR JULIAN ASSANGE Aproxima-se a data de julgamento do pedido de extradição de Julian Assange, que continua encarcerado no presídio de Belmarsh. Trata-se de um processo infame que lhe é movido pelas autoridades britânicas, subervientes aos EUA. Não existe razão alguma para Assange preso, mas a generalidade dos media corporativos cala-se como um rato e abstém-se de denunciar a monstruosidade em curso. A vida do fundador da WikiLeaks está ameaçada , as suas condições de saúde são más. É preciso organizar comités pela libertação de Assange , em todo o mundo. Escrever a Assange é uma forma de ajudá-lo. As mensagens devem ser curtas e conter o seu número de prisioneiro (do contrário não serão entregues). O endereço é:
Mr. Julian Assange
Prisoner # A9379AY HMP Belmarsh Western Way London SE28 0EB UK Grã-Bretanha EUA: O APODRECIMENTO DO SISTEMA A democracia burguesa está nos seus estertores nos EUA. O sistema eleitoral fraudulento ali existente agora revela-se aos olhos do mundo. Os media corporativos fazem todo o possível para ocultá-lo, mas a verdade entra pelos olhos adentro. Pode-se afirmar que as fraudes eleitorais nos EUA não são meramente pontuais: têm um carácter sistémico. A conferência de imprensa de 19/Novembro dos advogados de Trump pode ser qualificada como histórica. Ao longo de quase quatro horas revelaram que a fraude foi tanto na gestão dos votos em papel com na contagem das máquinas electrónicas. Tudo indica que se avizinha uma enorme batalha judicial com o Estado Profundo estado-unidense, cujas consequências são imprevisíveis. Se o senil candidato Biden será empossado ou não, está para se ver. O que importa é que a fachada democrática dos EUA foi ferida de morte. Os que quiserem ter um vislumbre da dimensão da fraude eleitoral poderão assistir aos vídeos (legendados em castelhano) daquela conferência de imprensa: Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=x45gihc53F8&t=74s (38 minutos) Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=y3JjQeyAbtE (23 minutos) Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=y3JjQeyAbtE (29 minutos) 22/Nov/20 APÓS O CARNAVAL ELEITORAL Nos EUA, o objectivo supremo do Estado Profundo – derrotar Trump – parece ter sido alcançado. Pouco importa que a sua vitória tenha sido obtida com um candidato medíocre em estado pré-Alzheimer pois quem vai de facto governar é a CIA, a NSA, Sillicon Valley, o capital financeiro, o Pentágono e o complexo militar-industrial. O candidato do Partido Democrata promete ressuscitar as políticas de Obama. Mas convém não esquecer que Obama (o mesmo que ganhou um prémio Nobel da Paz) lançou sete guerras durante o seu mandato; deportou milhões de latino-americanos dos EUA e instaurou uma política de assassinatos selectivos com drones cujas vítimas eram por ele escolhidas às terça-feiras. O importante é destacar que a decadência inexorável do império estado-unidense prosseguirá, com qualquer presidente. O seu apodrecimento é económico, social, monetário, político, militar e moral – não pode ser detido pelo sr. Biden. O Estado Profundo é belicista e está em desespero. Isso põe no horizonte a ameaça da guerra nuclear. 05/Nov/20 O FILHOTE DE BIDEN E OS SEUS FEITOS Os feitos de Hunter Biden, filhote do candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, estão a ser cuidadosamente ocultados pelos media corporativos. O Deep State tem poderes vastos e tenta abafar os seus segredos. Mas quem quiser ter um vislumbre do conteúdo do laptop de Hunter, abandonado numa loja de reparações, pode dar uma olhadela ao Daily Mail londrino. Revelações chocantes. VITÓRIA DO POVO BOLIVIANO A derrota do candidato neoliberal (Carlos Mesa) e do candidato da extrema-direita fascista (Camacho) constitui uma grande vitória o povo boliviano. A contagem extra-oficial mostra que Luis Arce, do Movimiento al Socialismo (MAS), venceu na primeira volta com 52,4% dos votos. Assim, o golpe contra o presidente Evo Morales – organizado e financiado pela Embaixada dos EUA na Bolívia – aparentemente foi revertido. Diz-se "aparentemente" porque nunca se sabe o que mais a reacção interna e o imperialismo hão de tramar. Assim como a embaixada dos EUA comprou o general boliviano Williams Kaliman, além de outros militares e polícias, nada a impedirá de no futuro fazer o mesmo. Kaliman, que era chefe das forças armadas da Bolívia, chamava o presidente Evo de "irmão". Este precedente deveria servir de advertência ao novo presidente Luís Arce. Será aprendida a lição? Adenda em 20/Out: Há quem lembre outra possibilidade: que o recém eleito capitule às pressões da embaixada estado-unidense e faça tudo o que ela quiser (exemplos: veto à China na exploração do lítio e na introdução do 5G), além de conciliar com as forças internas derrotadas nas eleições. Quando se recorda a traição de Lenin Moreno no Equador, esta hipótese tem de ser considerada. Para conhecer o curriculum do candidato neoliberal agora derrotado pode-se ler esta Biografía no autorizada de Carlos D. Mesa Gisbert (clique com botão direito do rato e faça Save As... para descarregar). 19/Out/20 A GOOGLE E O ESTADO POLICIALESCO A Google tem colaborado com a polícia dos EUA para identificar os que pesquisam determinados assuntos. Como se sabe, o motor de pesquisa da Google guarda os registos dos temas pesquisados e de quem e quando os pesquisou. É por essa razão que cidadãos conscientes preferem utilizar motores de pesquisa que preservam o seu direito à privacidade. Um bom exemplo é o https://duckduckgo.com/ , o qual não rastreia os utilizadores, não guarda cookies, não armazena o endereço de IP do utilizador, não oferece log-ins e recorre a ligações encriptadas para efetuar as pesquisas. NAGORNO KARABAKH Em 1999 a NATO agrediu a Sérvia a ferro e fogo a fim de promover a secessão da sua província do Kosovo, instalando ali um governo mafioso e uma nova base militar dos EUA (Bondsteel). Mas agora, no caso de Nagorno Karabakh, os EUA mantem um prudente silêncio quanto à secessão desta província do Azerbaidjão. Dois pesos e duas medidas? Não, na verdade o objectivo permanente do imperialismo é criar o máximo de instabilidade possível nas proximidades Rússia (Ucrânia, Geórgia, Arménia, etc). Assim, a guerra actual desencadeada pelo Azerbaijão contra aquela província rebelde de 150 mil habitantes de etnia arménia serve perfeitamente aos interesses imperiais. A Arménia tem cerca de 3 milhões de habitantes e o Azerbaijão 10 milhões. Este último é muito mais rico pois é exportador de petróleo. Assim, a defesa da população de Nagorno Karabakh depara-se com uma correlação de forças desfavorável à Arménia. O Azerbaijão pode comprar todo o armamento que quiser e conta com o apoio da Turquia. Esta por sua vez enviou para ali antigos mercenários do ISIS que actuavam na Síria. Do ponto de vista da Rússia, a melhor solução será um acordo por via diplomática entre os dois países. Entretanto, o actual governo da Arménia tenta sentar-se em duas cadeiras ao mesmo tempo: quer ficar benquisto com os EUA e com a Rússia. Isso, naturalmente, dificultará eventuais auxílios militares por parte da Rússia. Quanto a auxílios dos EUA, é melhor que a Arménia nem pense nisso – os States só querem atiçar as brasas. UM JORNALISTA VÍTIMA DA SANHA DO IMPÉRIO As audiências do infame processo para a extradição de Julian Assange, que corre na servil justiça britânica subordinada ao governo dos EUA, podem ser acompanhadas em Consortium News e em Assange Defense, Journalism Under Attack . Ver também Julian Assange, Prometeu acorrentado . É de registar ainda a omissão de TODOS os media corporativos portugueses que silenciam deliberadamente o caso Assange. Igualmente vergonhoso é o silêncio sepulcral das organizações jornalísticas portuguesas (sindicato inclusive) – caladas como ratos para não incomodarem os seus patrões. ANDRÉ VLTCHEK (1963-2020) Resistir.info lamenta informar esta triste notícia: André Vltchek – escritor, realizador de cinema, fotógrafo, jornalista, analista político e ardente anti-imperialista – acaba de falecer em Istambul. O seu sítio web, andrevltchek.weebly.com , continua online e muitos dos seus livros encontram-se aqui . A "AJUDA" AO LÍBANO EM RUÍNAS Navios de guerra da NATO estão neste momento diante da costa libanesa: o porta-helicópteros Tonnerre (França), o HMS Enteprise (Grã-Bretanha) e em breve mais um dos EUA. No momento em que tantos países do mundo enviam para o Líbano equipes médicas e ajuda humanitária, o imperialismo envia esquadras com tropa de desembarque. Consideram um país exangue, mas dotado de petróleo e gás natural, como uma presa pronta para ser escravizada. Os métodos de saqueio vão desde empréstimos sujeitos às condições ditadas pelo capital financeiro até a tropa da NATO. HISTÓRIAS DE HORROR NA SÍRIA O Exército sírio descobriu órgãos humanos preservados para o tráfico num esconderijo de terroristas, informa a agência de notícias SANA . Os referidos terroristas têm o apoio das tropas turcas que ocupam a Síria. O esconderijo foi descoberto na aldeia de al-Ghadfah, ao sul de Idleb. Ali havia uma colecção de órgãos humanos, incluindo corações, figados e cabeças. Os vasilhames com os mesmos tinham os nomes das vítimas. Documentos de identidade de vítimas, homens e mulheres, também foram descobertos no esconderijo, informa o Southfront . Mas a Turquia continua a opor-se a operações de contra-terrorismo. Notícias como esta são silenciadas nos media corporativos ocidentais. O INCÊNDIO DO BRASIL O fascismo bolsonarista destrói não só a floresta amazónica como também a cultura e a ciência acumuladas ao longo de gerações. A lista dos museus brasileiros incendiados impressiona. A revista Nature menciona seis: Museu do Instituto Butantã (S.Paulo); Estação Antárctica Cmte. Ferraz; Museu de Ciências Naturais (B.Horizonte); Museu da Língua Portuguesa (S.Paulo); Museu Nacional (Rio de Janeiro); Museu de História Natural e Jardim Botânico (B.Horizonte, 2020). O genocídio do povo em meio a pandemia estende-se também à ciência e à cultura. Adenda em 13/Agosto: Os ignaros e boçais que governam o Brasil estão a destruir a melhor cinemateca do país , em S.Paulo, mediante a demissão de todos os seus funcionários. A República Centro-Africana não tem cinemateca. O Brasil, em marcha acelerada para a africanização, mira-se nesse exemplo. O ROUBO CONSUMADO Um tribunal britânico decidiu entregar 31 toneladas de ouro ao sr. Guaidó, o putativo "presidente" da Venezuela. Deste episódio podem-se extrair algumas lições: 1) O Banco da Inglaterra, que se diz "independente" do governo britânico, não é independente do governo trumpiano pois efectuou o congelamento que lhe foi ordenado 2) Tão pouco os tribunais britânicos são independentes do governo estado-unidense. 3) O roubo do ouro venezuelano congelado no Banco da Inglaterra, no valor de mais de mil milhões de dólares, corta recursos ao Governo Bolivariano para atender ao seu povo num momento de pandemia. 4) A credibilidade de Londres como praça financeira está arruinada. 5) Na actual fase senil e apodrecida do capitalismo este passa à rapina pura e simples, marimbando-se para argumentos jurídicos. REBELIÃO E REVOLUÇÃO A rebelião é um acto espontâneo dos oprimidos, o qual geralmente adquire um carácter explosivo. A revolução é um acto deliberado e consciente de forças organizadas e dotadas de uma estratégia. Neste momento os Estados Unidos estão em rebelião. Milhares de pessoas em múltiplas cidades dos EUA repudiam a sistemática brutalidade contra afro-americanos e latinos. Trump até foi afugentado para o bunker subterrâneo da Casa Branca. Isto tudo no pano de fundo das consequências acumuladas de 40 anos de neoliberalismo, que conduziram à ditadura do capital financeiro e o país a becos sem saída. As rebeliões são uma indicação de que os povos abandonaram a sua passividade. Mas pelo próprio facto de terem um carácter explosivo a sua energia se dissipa em breves momentos – e a ordem neoliberal pode voltar a ser imposta. Os Estados Unidos continuam a precisar de uma revolução. 75º ANIVERSÁRIO DA VITÓRIA SOBRE O NAZI-FASCISMO A DEMISSÃO DO SR. MORO O pedido de demissão do ministro da Justiça e das polícias no Brasil, em 24 de Abril, é um facto significativo. O sr. Sérgio Moro era o homem da CIA no governo Bolsonaro. Não é concebível que ele tenha dado esse passo sem o sinal verde dos que o controlam em Langley, a sede da CIA. Assim, tal pedido de demissão poderá ser um indício de que o imperialismo começa a distanciar-se do governo Bolsonaro, retirando-lhe apoio. Pouco importam os motivos sórdidos que levaram Bolsonaro a demitir o chefe de polícia indicado por Moro (a investigação dos crimes dos seus filhos ). AS LÁGRIMAS DE CROCODILO DO FMI O FMI, que acaba de recusar um pedido de empréstimo da Venezuela para acudir à pandemia, no dia 14 de Abril emitiu um comunicado . Nele diz-se preocupado com os EMDCs (emerging markets and developing countries) e conclama todos os credores bilaterais a "temporariamente suspenderem pagamentos de dívidas de países de baixo rendimento de modo a que possam combater a pandemia". E, como suprema generosidade, diz "em alguns casos, será necessária uma razoável e abrangente reestruturação de dívida a fim de restaurar a sustentabilidade da dívida" (sic). Como se verifica, para o FMI, não se trata de cancelar a dívida do Terceiro Mundo. Trata-se, sim, de "restaurar a sua sustentabilidade". Ou seja, estes países deverão permanecer endividados para todo o sempre. A DESFAÇATEZ DO COLONIZADO AUGUSTO SANTOS SILVA O servilismo do ministro português dos Negócios Estrangeiros para com os seus patrões estado-unidenses torna-se cada vez mais ostensivo. O comunicado emitido em 31 de Março no seu "portal diplomático" intitula-se "sobre anúncio pelos Estados Unidos da América de um Plano de Transição Democrática para a Venezuela" (sic). Nele o sr. Santos Silva saúda e congratula-se com a iniciativa tomada nesse mesma manhã pelo governo trumpiano. Com um ministro desse jaez, o governo "socialista" do sr. António Costa está cada vez mais podre. Neste momento as provocações orquestradas pelo imperialismo contra a Venezuela Bolivariana intensificam-se. Algumas assumem características bizarras, como as do navio de cruzeiros que ontem entrou em águas venezuelanas e abalroou deliberadamente uma pequena embarcação da Guarda Costeira Bolivariana. ESTATÍSTICAS DA PANDEMIA No mundo: www.worldometers.info/coronavirus/ Em Portugal: www.worldometers.info/coronavirus/country/portugal/ No Brasil: www.worldometers.info/coronavirus/country/brazil/ DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS De modo oportunista, as classes dominantes começam a utilizar a pandemia do coronavírus para restringir direitos, liberdades e garantias dos povos. No Brasil o governo Bolsonaro ameaça decretar o "estado de calamidade pública" por um extenso período de tempo (até 31/Dezembro). Em França, Macron põe tropa na rua com esse argumento para restringir a acção dos "Coletes amarelos". Na Itália, o governo conforma-se com a chamada "medicina de guerra" ao invés de providenciar os meios necessários para o atendimento de todas as faixas etárias da sua população. E em Portugal já se fala na adopção do "estado de emergência" . Sem minimizar a necessidade de medidas drásticas no combate à pandemia, sob o comando de cientistas responsáveis, estas não devem servir de pretexto para coartar direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores. Adenda em 18/Março: O parlamento português aprovou, por maioria e com abstenção do PCP , a declaração do Estado de Emergência durante 15 dias (renováveis). Não está claro o que é que poderia ser feito sob o referido Estado de Emergência que não pudesse ser feito sem o mesmo. As cinco razões elencadas pelo PR não explicitam, nem tão pouco a proposta do governo ou as discussões na AR. Não foi preciso qualquer Estado de Emergência para encerrar um município inteiro, como é o caso de Ovar. Mas é de recear que o patronato aproveite a dita "emergência" para efectuar despedimentos colectivos de trabalhadores. Ou, no caso dos precários e com recibos verdes, simplesmente não recontratá-los. O que está a acontecer em Espanha, como se lê neste artigo de Ângeles Maestro , corrobora estes receios. EXERCÍCIOS "DEFENDER EUROPE" No momento em que uma série de países europeus está em quarentena devido ao coronavírus, com circulação restringida de pessoas e encerramento de fronteiras estatais, o governo dos Estados Unidos envia milhares de soldados à Europa para aqui circularem sem restrições. A interdição de voos inter-atlanticos pelo visto é só para companhias privadas, nao para a US Air Force. Trata-se do exercício Defender Europe 2020 destinado a ameaçar a Rússia e exacerbar tensões. Tivesse Portugal um governo decente e desligaria de imediato as suas forças armadas desta manobra da NATO. Mas com o servilismo dos governos da UE frente ao seu "aliado" trumpiano essa possibilidade nem sequer lhes passa pela cabeça. Adenda em 17/Março: O referido exercício foi cancelado pelos EUA (e não pelos lacaios da União Europeia que estavam disposto a aceitá-lo). Os seis mil homens da tropa americana que já se haviam deslocado à Europa serão repatriados. O PREÇO DO PETRÓLEO Os preços do petróleo despencam neste momento. Dia 8/Março os preços de referência chegaram aos US$36 para o Brent e US$33 para o WTI. A causa imediata da recessão é certamente o não acordo entre a Rússia e a OPEP para o aumento de cortes de produção. A causa mais profunda está na recessão económica, agora numa sincronia (quase) mundial. A consequência imediata desta queda de preços será provavelmente a inviabilização económica dos petróleos de alto custo obtidos nos EUA por meio da fracturação hidráulica (fracking), assim como o óleo de xisto (shale) produzido no Canadá. Assim, as basófias trumpianas de que os Estados Unidos haviam obtido autonomia energética vêm por água abaixo. FALSA INDIGNAÇÃO A Pricewaterhouse (PwC) é uma das maiores empresas de auditoria do mundo. Agora, o seu presidente, Bob Moritz, afirmou em Davos estar "chocado e desapontado" pelo facto de a PwC ter aconselhado companhias possuídas pela mulher mais rica da África, Isabel dos Santos. Por sua vez, o banco BIC Portugal anunciou suspensão de relações com Isabel dos Santos e a empresa NOS reuniu o seu "comité de ética" para analisar o caso do LuandaLeaks. Toda esta gente que agora se mostra muito indignada com o escândalo do LuandaLeaks pelo visto andou distraída durante anos enquanto fazia negócios e negociatas com aquela empresária angolana. Só agora descobriram, oh surpresa!, a pouco idónea origem da sua fortuna. Ao fingirem-se inocentes, justificam o ditado de que a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude. Como se fosse possível montar um império de 400 empresas com lisura e correcção. O capitalismo honesto é uma ficção que eles cultivam cuidadosamente. ROUBO DE US$35 MIL MILHÕES O presidente Trump ameaça roubar os 35 mil milhões de dólares do Iraque que estão depositados no Federal Reserve de Nova York. "Disse-lhes que se formos embora [do Iraque] nos pagarão. Pagarão por embaixadas, pistas de aviação, reembolsarão tudo o que gastámos", disse o chefe da Casa Branca. "Agora temos US$35 mil milhões dos seus fundos nas nossas contas. Creio que pagarão, do contrário este dinheiro permanecerá na conta", acrescentou. O precedente disto foi, no tempo em que Paul Bremer era o vice-rei do Iraque, o roubo do Fundo de Reserva iraquiano (dinheiros da exportação de petróleo no tempo de Saddam Hussein que ficaram congelados devido ao bloqueio). Esse dinheiro, que serviria para reconstruir o Iraque destruído pela agressão dos EUA, foi dilapidado pela Halliburton e outros monopólios estado-unidenses. A prática do roubo vai-se tornando um hábito do imperialismo. Recentemente o Banco da Inglaterra apreendeu as reservas-ouro da Venezuela que estavam depositadas em Londres. E nos EUA o governo Trump tomou a empresa CITGO da sua proprietária, a companhia de petróleo da Venezuela, O APODRECIMENTO DO IMPERIO ESTADO-UNIDENSE Desde há décadas o imperialismo manda assassinar aqueles que em todo o mundo parecem ameaçar os seus interesses. Estadistas como Lumumba no Congo e Omar Torrijos no Panamá caíram vítimas das tramas dos serviços secretos estado-unidenses. As tentativas de assassínio de Fidel Castro precisariam de uma base de dados para serem listadas, pois foram às centenas. Até agora, todos esses crimes eram cometidos de modo encoberto. Os métodos utilizados eram sempre camuflados e a CIA, na sua linguagem característica, procurava ter uma "negação plausível" para isentar-se de responsabilidades. Agora, com o assassínio do general Soleimani, tudo isto mudou. Assim, vemos o chefe de Estado da potência imperial assumir publicamente a responsabilidade de ter sido o mandante do crime. Isto é inédito – indica o grau de deterioração moral do governo dos EUA. Ele já se comporta descaradamente como gangster. O TURISMO DA MENINA GRETA EM LISBOA A chegada a Lisboa da menina monomaníaca sueca a bordo de um catamarã desencadeou mais uma vaga de irracionalidade. A lavagem cerebral com o dito aquecimento global , agora rebaptizado como "alterações climáticas", intensificou-se no burgo lusitano. A RTP dedicou-lhe horas e horas de emissão, políticos parolos quiseram ouvi-la e bandas de música foram convocadas para recebê-la. Ela vai a caminho de Madrid, para onde foi transferida a conferência que deveria ter sido em Santiago do Chile. Bem fez o povo chileno quando, ao rebelar-se, varreu dali aquela conferência. Os terrores inventados destinam-se a ocultar os verdadeiros. JUROS DE "APENAS" 150% AO ANO! No Brasil, o Conselho Monetário Nacional aprovou resolução em que limita a taxa de juro do cheque dito "especial" a "apenas" 150% ao ano. Até agora a taxa média cobrada pelos bancos era de 305,9% ao ano ! A chulice do capital financeiro atinge níveis monstruosos no Brasil. O PREÇO DA TRAIÇÃO: UM MILHÃO DE DÓLARES O general boliviano que exigiu a renúncia do Presidente Evo Morales recebeu um milhão de dólares do Encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos em La Paz, sr. Bruce Willianson , juntamente com um visto de residência permanente nos EUA (para onde foi viver). Trata-se do general Williams Kaliman, que anteriormente fora adido militar da Embaixada da Bolívia em Washington. No seu curriculum conta-se uma passagem pela School of Americas, em Fort Bennings, Georgia, destinada a formar militares e polícias latino-americanos. O general Kaliman assumira o cargo de chefe das Forças Armadas Bolivianas em 24/Dezembro/2018. Anteriormente estivera no comando do Exército. Quando se dirigia ao Presidente Evo Morales chamava-o de "irmão". DERIVA IMPERIAL SERÔDIA NA UE As intenções marciais e mesmo imperiais da União Europeia serão reforçadas com seus novos dirigentes, sra. Ursula Von der Leyen e sr. Josep Borrell. A primeira afirma que "a Europa deve aprender a falar a linguagem da potência" e que o "soft power" já não basta. O segundo afirma que "a Rússia, nossa velha inimiga, tornou-se novamente uma ameaça" e que doravante a UE "deveria utilizar a linguagem da força" – o que exige o reforço das suas "capacidades militares" com verbas da ordem dos 10,5 mil milhões de euros. Mas a estagnação da economia europeia, a começar pelo país da sra. Ursula, não deveria permitir tais arrogâncias serôdias. Estarão distraídos ou será uma fuga para a frente? NOVA OBRA DE FICÇÃO DOS ESTÚDIOS CIA / DIA Os estúdios CIA/DIA (Central Intelligence Agency / Defense Intelligence Agency) continuam a produzir obras de ficção para nos entreter. A última é a da morte do "califa" al Baghdadi, o qual depois de ser encurralado num tunel por um cão da CIA ter-se-ia feito explodir. A obra foi apreciada com deleite na "Situation Room" da Casa Branca, que divulgou a foto do cão. A obra de ficção anterior dos referidos estúdios foi a suposta morte de Bin Laden por um comando SEAL. Em ambos os casos os cadáveres foram lançados ao mar e não há testemunhas. Por sua vez, as forças armadas russas presentes na Síria afirmaram não ter detectado movimentações militares dos EUA na região de Idleb onde teria morrido Baghdadi. Seja como for, em termos estratégicos é irrelevante a morte deste auto-denominado "califa". Os terroristas do Daesh/ISIS/ISIL foram derrotados sobretudo pelas valentes Forças Armadas Sírias, com o apoio aéreo russo. Estes são os principais responsáveis pela derrota dos terroristas que infestavam a Síria, armados pelo imperialismo. O CULPADO ERRADO O desastre do Deep Horizon , plataforma da British Petroleum no Golfo do México, provocou uma fuga de petróleo da ordem dos 4,8 milhões de barris . A fuga perdurou durante seis meses, de 20/Abril a 19/Setembro de 2010 (e muitos dizem que ainda continua). Foi a maior fuga de toda a indústria do petróleo em toda a história mundial. Por isso mesmo é muito estranho que o regime bolsonarista tente atribuir à Venezuela as culpas pelo petróleo que agora poluiu praias do Nordeste brasileiro. Para caluniar o governo bolivariano, qualquer pretexto serve. O QUE SE PASSA NA CATALUNHA Os media corporativos estão a dar uma cobertura desmesurada aos acontecimentos actuais na Catalunha, mas omitem cuidadosamente as lutas actuais de povos como os do Equador e do Iémen, submetidos à agressão imperialista. No entanto, a análise que fazem é desinformativa pela omissão de factos essenciais. Convém ressaltar alguns deles: 1) O arcaísmo do Estado espanhol, submetido a uma ridícula monarquia imposta pelo franquismo. O problema das nacionalidades – que a República Espanhola conseguia encaminhar de modo justo – não tem solução no quadro de uma monarquia e constituição caducas. 2) O independentismo catalão é sobretudo um movimento liderado pela burguesia catalã. Estando numa das regiões mais ricas da Espanha, ela quer desvincular-se do resto país a fim de não ter que repartir a sua riqueza com as regiões mais pobres. Mas é duvidoso que os trabalhadores catalães se beneficiassem com uma republiqueta dominada pela sua burguesia local. 3) Aquando da agressão da NATO à Juguslávia a UE promoveu o desmembramento do país e criou um estado fantoche no Kosovo, liderado por um terrorista narco-traficante, rasgando a constituição jugoslava. Assim, é estranho que a UE venha agora a público defender o respeito pela constituição espanhola. A posição da UE é de dois pesos e duas medidas. TERRORISTAS CLIMÁTICOS ASSEVERAM: TERREIRO DO PAÇO SERÁ INUNDADO PELO MAR A intoxicação da opinião pública com a arma do terrorismo climático atinge o paroxismo. Hoje, 28/Setembro, o semanário da burguesia portuguesa, o Expresso, põe em título na pg. 18: "ONU confirma o pior cenário para Portugal" (sic). A referida pseudo-notícia diz que "A imagem do Terreiro do Paço submerso no final do século não é nova, mas foi esta semana confirmada pelo mais recente relatório do IPCC dedicado aos oceanos e à criosfera (partes congeladas da Terra)" (sic). E mais adiante assevera que 146 mil portugueses serão afectados pela alta do nível dos mares até 2050, número que sobe para 225 mil em 2100. Tais enormidades são ditas, em tom sério, por um sr. Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Ele diz que descobriu esses números através dos seus "modelos semi-empíricos" (sic). Pelo visto as universidades portuguesas embarcam nesta campanha de estupidificação dos povos. Depois de um reitor proibir servir carne da vaca nas cantinas da sua universidade a fim de combater o aquecimento global, temos agora um emulo em Lisboa a prometer inundações. Está em curso uma gigantesca campanha mundial de desinformação dos povos. A impostura global tem livre curso e as classes dominantes deram permissão aos media para propalarem todos os disparates possíveis e imagináveis. Para esta farsa não recorrem a sábios como Marcel Leroux ou a qualquer cientista sério. Basta-lhes uma adolescente sueca para promoverem um carnaval mediático mundial. No momento em que o modo de produção capitalista atinge a sua mais grave crise de sempre, em que guerras criminosas como as do Iémen e Síria continuam a matar milhares de pessoas, em que se avizinham tempestades monetárias e financeiras, em que a situação dos trabalhadores se agrava, as classes dominantes precisavam inventar um problema fictício para distrair os povos dos seus problemas verdadeiros. A invenção do aquecimento global equivale à invenção do diabo em tempos medievais. Ambas servem para submeter os oprimidos. O BESTIALOGIO CLIMÁTICO A nova religião do aquecimento global, agora alcunhada de "alterações climáticas", continua a provocar asneiradas às catadupas. Elas já atingiram nível universitário com a incorporação do magnífico reitor da Universidade de Coimbra. Este resolveu proibir a carne de vaca nas cantinas da universidade com o argumento de que a mesma provoca muita emissão de CO2 – apesar de este gás, diabolizado pelos aquecimentistas, ser inócuo para a saúde humana e para o ambiente. No cortejo das asneiras conta-se também uma menina autista sueca que tem a monomania do aquecimento global e que chefes de estado e de governo fingem ouvir atentamente. E agora, para culminar, anuncia-se uma marcha mundial de jovens contra a "crise" climática. O mass media corporativos colaboram activamente com tais mistificações, promovendo-as. No entanto, vozes sábias e sensatas como as do Prof. Luiz Mollion são praticamente ignoradas. A intoxicação da opinião pública com falsos problemas serve para ocultar os verdadeiros. O PSICOPATA E O HOMEM DA CIA Muita gente pergunta porque o sr. Sérgio Moro – ministro da Justiça e Segurança Pública do governo brasileiro – não se demite. Mesmo tendo sido sucessivas vezes humilhado e até enxovalhado pelo psicopata que o convidou para o cargo, o sr. Bolsonaro, ele aferra-se ao mesmo. A explicação do seu comportamento é simples. Moro é um homem da CIA: ele nada fará sem o consentimento dos que o controlam. Por enquanto, interessa à CIA ter um homem seu no ministério da Justiça e das polícias – mesmo com poderes diminuídos e de candeia às avessas com o PR. Como quadro disciplinado, ele obedece. Só se demitirá quando a CIA autorizar. SINCERIDADE EM ÓPTICA DE CLASSE O Banco Central da Irlanda considera que "não chegam migrantes suficientes para manter baixos os salários" no país. Economistas do Departamento de Finanças do BCI prevêem que este ano não haja um influxo de 50 mil migrantes e isso os preocupa pois obrigaria os salários médios internos a aumentar 3% em 2019 e 3,2% em 2020. Esta boa notícia para os trabalhadores irlandeses é, pelo visto, péssima para o patronato e os seus representantes no BCI. O ESPAÇO DE LIBERDADE CONSENTIDO Assistir aos debates sobre Reforma da Previdência nas duas estações de TV brasileira transmitidas em Portugal (Record e Globo) foi um exercício revelador. Pode-se dizer que na verdade não houve debate real: todos os intervenientes neles apresentados eram a favor desta Reforma – não apareceu ninguém que falasse contra. Assim, os ditos "debates" circunscreviam-se sempre a questões acessórias da reforma e nunca sobre o mérito da mesma – era uma ilusão de debate. O principio jornalístico elementar de ouvir todos os lados quando se dá uma notícia ou se promove um debate foi totalmente ignorado. Isto confirma mais uma vez a tese de Noam Chomsky sobre "o espaço de liberdade consentido" (em A fabricação do consentimento ) nos media corporativos. A liberdade de imprensa é realmente a liberdade dos donos dos media. O SOÇOBRAR DO DEUTSCHE BANK O soçobrar do Deusthe Bank confirma que a crise do capitalismo está longe de superada. Era o 16º maior banco do mundo (os cinco primeiros são chineses) e certamente um dos cinco maiores bancos europeus. Proporcionalmente, a desintegração do Deutsche Bank – agora uma sombra de si próprio – é tão grave quanto a bancarrota do Lehman Brothers em 2008. O modo de produção capitalista está em metástases e elas já atingiram a sua secção dominante: o capital financeiro. A decomposição agora atinge praticamente todo o sistema bancário europeu e ocidental. É de recordar que povos inteiros, como o grego, foram sacrificados a fim de salvar os seus credores, banksters franceses e alemães . O mundo vive o fim de uma era em que as classes dominantes tentam desesperadamente descarregar todo o peso da sua crise sobre as costas dos povos submetidos. Cabe a eles resistir. BRASIL: O PRECIPITAR DA CRISE A crise brasileira precipita-se a um ritmo vertiginoso. Dois factos importantes são de assinalar: O primeiro foi a Greve Geral de 14 de Junho que pôs em cena os trabalhadores como sujeito da História. O segundo foram a revelações do Intercept acerca da corrupção e das mentiras do homem da CIA que no Brasil actualmente encabeça o Ministério da Justiça e das polícias. Se o sr. Sérgio Moro tivesse vergonha na cara já se teria demitido após a descoberta da sua trama para, em conluio com procuradores, forjar os processos que conduziram à prisão o ex-presidente Lula. Neste turbilhão de acontecimentos ocorrem também episódios caricatos, como o da demissão do sr. Joaquim Levy da presidência do banco de fomento do Brasil (BNDES). Se foi absurdo que a social-democracia petista pusesse este banqueiro neoliberal como ministro das Finanças do governo Dilma Rousseff, mais absurdo ainda é o seu afastamento pelo presidente de um governo ultra-neoliberal. Ao forçar a demissão de Levy, o sr. Jair confirmou a sua imbecilidade. O ESTADO DE SAÚDE DE ASSANGE DETERIORA-SE O estado de saúde de Julian Assange deteriora-se a olhos vistos. É o que confirma esta foto, tomada clandestinamente dentro do presídio britânico de Belmarsh. A foto foi tirada por outro prisioneiro com um telemóvel (ilegal), enviada para o exterior e publicada na web . A aparência magérrima de Assange, quase cadavérica, é evidente. As autoridades britânicas, em conluio com as estado-unidenses, estão a fazer todo o possível para matar Assange. Chegam mesmo a criar dificuldades para os cuidados médicos de que precisa. BRASIL REAGE No dia 30 de Maio o povo brasileiro reagiu, mais uma vez, à deriva proto-fascista do governo Bolsonaro. Mais de dois milhões de pessoas em 116 cidades manifestaram-se contra os cortes na educação e saúde, assim como contra a tentativa selvagem de privatizar a Previdência. Pode-se dizer desde já que os dias do governo caricato do sr. Jair estão contados. Ainda não se sabe qual será o desenlace, mas é um facto que ele já perdeu o apoio da classe dominante que o ajudou a eleger-se. Isso é verdade tanto em relação à classe dominante interna como à externa (ver The Economist ). Para o capital financeiro (interno e externo) a saída desejável da crise será um bolsonarismo sem Bolsonaro, que lhe assegure os proveitos de uma Reforma da Previdência e da reforma trabalhista imposta pelo governo Temer. Esta provavelmente seria a "solução" com a simples substituição do sr. Jair pelo vice-presidente, general Mourão. Mas a verdadeira solução para o povo brasileiro será varrer toda a gentalha do governo actual. Isso só poderá ser conseguido com novas eleições, num ambiente democrático, para uma nova Assembleia Constituinte. Para isso será preciso ultrapassar a política conciliadora da social-democracia lulista. NOVA TRAIÇÃO DO ESTADO COLOMBIANO 30/Maio – O Supremo Tribunal da Colômbia pôs cobro às tramas tecidas pela Embaixada americana e o governo Ivan Duque para extraditar Santrich, ordenando a sua libertação imediata. Santrich está livre, finalmente, e pode assumir o seu lugar no Parlamento. Cabe perguntar: até onde irá a sanha persecutória contra um dos homens que assinou o Acordo de Paz? Que novas tramas não inventarão? A paz na Colômbia, um país que abriga sete bases militares dos EUA, continua sob ameaça. 18/Maio – Após a sua libertação ordenada pelo JEP , no dia 17 de Maio o comandante Jesus Santrich foi novamente capturado por polícias do governo colombiano. A sua "liberdade" depois de sair do presídio de La Picota não demorou nem dois minutos. Com este acto que infringe frontalmente a decisão de um tribunal colombiano o governo de Ivan Duque colocou-se fora da lei. Trata-se de mais um prego cravado no caixão do Acordo de Paz subscrito pelo Estado colombiano. www.santrichlibre.org SANTRICH: JUSTIÇA TARDIA A libertação do comandante Jesus Santrich é uma notícia alvissareira, mas que peca por tardia. A Jurisdição Especial para a Paz (JEP) da Colômbia levou demasiado tempo para tomar finalmente a decisão que se impunha. Este atraso deveu-se a maquinações do império estado-unidense, que inventou acusações mentirosas a fim de obter a sua extradição para as masmorras dos EUA (onde já padecem Ricardo Palmera e outra antiga combatente das FARC). Enquanto isso, Santrich permaneceu longos meses encarcerado apesar das suas condições de saúde. A má fé do Estado colombiano quanto ao cumprimento das cláusulas do acordo de paz é manifesta. O Estado assinou um acordo mas não o cumpre. Dezenas de lutadores das FARC foram assassinados após a assinatura do Acordo de Paz, mas o actual governo de Ivan Duque fecha os olhos a estes crimes continuados. A continuar assim não restará outra alternativa aos homens e mulheres das FARC senão retomar a luta . O FRACASSO DO SENHORITO GUAIDÓ Após o fracasso da tentativa de golpe de 23 de Fevereiro, em 30 de Abril o senhorito Guaidó fez uma nova tentativa e teve um novo fracasso. Isto revela muito acerca da inépcia dos agentes designados pelo império. Ao referido indivíduo fora ministrado um curso do NED , na ex-Juguslávia, acerca de técnicas para fazer revoluções coloridas. Mas hoje, diante deste novo flop, pode-se verificar que o seu aproveitamento foi pequeno. A tradição do imperialismo de arrebanhar lumpens, marginais e mercenários para promover tumultos e golpes – tal como fez a CIA em 1953 contra o governo iraniano de Mossadegh – é inútil quando se depara com a coesão das Forças Armadas e a consciência anti-imperialista do seu povo. É o que acontece na Venezuela Bolivariana, apesar de todas as sabotagens e tentativas de desestabilização contra ela. Registe-se o papel ridículo dos vassalos americanos da UE (governo português inclusive) que servilmente, cumprindo ordens de Washington, reconheceram o governo do supracitado senhorito. Registe-se ainda a actuação repugnante e histérica da TV portuguesa na cobertura dos acontecimentos de hoje na Venezuela. MORO QUER FAZER ESCOLA EM PORTUGAL O sr. Sérgio Moro, ministro da Justiça e da Segurança Pública do Brasil, está em Portugal. Trata-se de um jurista formado pelos cursinhos da USAID em técnicas de lawfare , ou seja, do aparelhamento das instituições e leis do Estado a fim de alcançar selectivamente determinados objectivos políticos. Ele utilizou tais técnicas na célebre operação Lava Jato, destinada a impedir a candidatura de Lula às últimas eleições presidenciais. Uma das inovações introduzidas pelo sr. Moro no Direito brasileiro foi a instituição da "delação premiada", também aprendida nos cursos promovidos pela Embaixada dos EUA. Aparentemente, o sr. Moro tenta fazer escola pois teve o atrevimento de insinuar que tal instituição deveria ser aplicada em Portugal a fim de acelerar a velocidade de processos judiciais em curso (como o de Sócrates). O sr. Moro não oculta as suas visitas à sede da CIA, em Langley, Virginia, quando vai aos Estados Unidos. Terá sido uma sugestão ciática a recomendação para a difusão internacional das técnicas de lawfare & delação premiada? O que dirão a isso os juristas portugueses? DO SILENCIAMENTO AO ENLAMEAMENTO Primeiro tentaram ocultar a infame prisão de Julian Assange: nenhum dos grandes media corporativos internacionais (CNN, BBC, NYT, etc) esteve presente no acto da sua prisão. Só através da RT o mundo pôde ter imagens de Assange, doente e combalido, a ser arrastado por polícias para fora da embaixada onde estava asilado. A seguir, como não puderam ocultar o escândalo, estes media tentam enlamear Assange. Por isso veiculam acriticamente todas as sandices vis propaladas governo equatoriano. No burgo lusitano, o semanário Expresso faz as duas coisas: oculta o assunto na pg. 31 da sua edição e em simultaneo calunia Assange. É de se perguntar qual a integridade e decência dos dois sujeitos, Paulo Anunciação e Daniel Lozano, que assinam a nota do Expresso de 13/Abril. Indivíduos venenosos que se lançam contra um homem ameaçado de ser entregue às Guantanamos dos EUA – e que é o maior jornalista de todos os tempos – não merecem o nome de jornalistas. São apenas áulicos do poder. A INFÂMIA CONSUMADA Hoje, na manhã de 11 de Abril, o governo do Equador terminou ilegalmente o asilo político concedido a Assange. Julian Assange recusou-se a sair da embaixada e foi preso pela polícia britânica no seu interior . A polícia britânica entrou na embaixada a convite do governo do Equador. MAIS INFÂMIAS CONTRA JULIAN ASSANGE O twitter da WikiLeaks adverte que Julian Assange será expulso da Embaixada do Equador dentro de horas ou dias . Acrescenta que o governo equatoriano utilizará o escândalo dos INA papers como pretexto e que já há um acordo com o Reino Unidos para a sua prisão. Por sua vez, o sítio https://defend.wikileaks.org , citando o New York Times, informa que o presidente Lenine Moreno estaria a tentar "vender" Assange em troca de um alívio de dívidas suas nos Estados Unidos. Se isto for verdade, estaremos perante uma dupla infâmia: A primeira é a própria entrega de Assange aos seus algozes no governo trumpiano; a segunda é a sordidez do presidente equatoriano se fizer isso em troca de um perdão das suas dívidas. Neste momento uma multidão concentra-se diante da Embaixada do Equador em Londres a protestar contra a expulsão de Assange. Se existisse um Prémio Nobel de Jornalismo ele sem dúvida teria de ser atribuído a Julian Assange. Mas o silêncio dos media corporativos que se auto-proclamam como "referência" é ensurdecedor. NOVO PASSO NA ESCALADA DA AGRESSÃO Os ciberataques contra o sistema eléctrico da Venezuela constituem um novo passo na guerra suja contra o governo bolivariano. Eles mostram que o imperialismo não olha a meios quando quer impor uma mudança de regime. Com o acto terrorista de ontem conseguiu atingir milhões de pessoas em 18 estados do país. A paralização da quarta maior central hidroeléctrica do mundo, Guri, e o incêndio da subestação Sidor, no estado de Bolivar, foram meticulosamente preparados pela CIA, a NDA e outras agências do governo dos EUA. A mão do imperialismo sequer é ocultada: Marco Rubio, senador da Florida, tuitou o apagão minutos após o seu início. Como sabia? Também tuitou que os geradores de back-up do Aeroporto de Caracas foram sabotados antes de esta informação ter sido divulgada. Neste enfrentamento com o império trumpiano e seus agentes internos (como Guaidó), só com a adopção de medidas muitíssimo firmes o governo bolivariano poderá ter êxito. Uma revolução que não se defende é uma revolução morta. MOMENTO DEFINIDOR: O FIM DA REVOLUÇÃO BOLIVARIANA Hoje, 4 de Março de 2019, foi o grande momento definidor da chamada Revolução Bolivariana. Pode-se afirmar desde já que ela está liquidada. O governo Maduro não prendeu o agente Guaidó, da NED-CIA, no seu retorno à Venezuela. Esta pusilanimidade é um sinal gritante de fraqueza do governo venezuelano. Tristemente, verifica-se que ele nem teve força para fazer cumprir as leis do país, pois há motivos mais que suficientes para justificar a detenção do referido indivíduo. Pouco importa as declarações vacilantes da vice-presidente Delcy Rodrigues a dizer que o governo "avalia acções legais sobre Juan Guaidó" , como se a prisão deste agente do imperialismo formado na escola da Otpor fosse uma simples questão jurídica. Na verdade a não-prisão de Guaidó marca o começo do fim da Revolução Bolivariana, sem honra nem glória. A dita Revolução Bollivariana constitui uma variante da chamada "terceira via" entre o capitalismo e o socialismo e o seu fracasso anunciado confirma que não pode haver terceiras vias. Registe-se o magote de embaixadores ocidentais arrebanhados pelo imperialismo que se prestou a receber o sr. Guaidó no aeroporto, tal como um escudo humano. O SERVILISMO DO GOVERNO PORTUGUÊS A primeira consequência do servilismo do governo português – que reconheceu o agente Guaidó dos EUA como "presidente" da Venezuela – já se manifestou. O escritório europeu da empresa venezuelana de petróleo (PDVSA) – que era em Lisboa – agora foi transferido para Moscovo. Para o governo de António Costa, os ditames trumpianos e da UE sobrepõem-se aos interesse nacionais – mesmo que isso possa atingir os emigrantes portugueses na Venezuela e os interesses da Galp naquele país. O FRACASSO DE UMA ENORME PROVOCAÇÃO A enorme provocação orquestrada pelo imperialismo no dia 23 de Fevereiro fracassou – a Venezuela venceu. A CIA, o NED, o Departamento de Estado e o Departamento da Defesa dos Estados Unidos utilizaram todos os meios de que dispunham: provocações torpes no plano diplomático, político, militar e terrorista, com utilização de lumpens e marginais, bem como de governos vassalos da América Latina e da União Europeia. Até um deputadozeco do PSD português, sr. Paulo Rangel, resolveu comparecer ao show mediático da "ajuda alimentar" organizado na fronteira com a Colômbia. Mas nada disso resultou: as Forças Armadas da Venezuela permaneceram e permanecem firmes e unidas ao lado do governo bolivariano e o regime trumpiano sai desmoralizado disto tudo. No dia 23 a lavagem cerebral orquestrada nos media corporativos de todo o mundo atingiu o paroxismo, com o descaramento de ocultar os factos reais: aqueles que agora encenam o show da dita "ajuda" são os mesmos que roubaram milhares de milhões de dólares da Venezuela – desde as barras de ouro depositadas no Banco da Inglaterra até o congelamento de contas da PDVSA e o apresamento da Citgo, distribuidora de refinados nos EUA. A ruptura de relações diplomáticas com a Colômbia é uma consequência da conivência descarada e activa do governo de Ivan Duque nestas provocações. O PUTATIVO GUAIDÓ PROMETE SAQUEIO O sr. Guaidó, putativo presidente da Venezuela, tem uma dívida de gratidão para com Trump, o NED, a CIA e todos os que orquestraram o golpe na Venezuela, o qual incluiu a colaboração de amestrados comissários e governantes da União Europeia. Afinal foram eles que guindaram o rapaz ao estrelato internacional. Assim, para deixar as coisas claras, o putativo presidente interino acaba de instruir o seu enviado aos EUA a declarar que "As reservas de petróleo da Venezuela seriam abertas aos investidores estrangeiros" . A mesma fonte acrescenta que "Guaidó pretende derrogar a actual exigência de a PDVSA estatal reter 51 por cento de participação em projectos conjuntos com empresas estrangeiras de petróleo". Não era preciso dizer! No entanto, fica aqui registada a falta de pudor deste auto-proclamado "presidente interino". ROUBO E PILHAGEM DA VENEZUELA O imperialismo continua o seu saqueio da Venezuela, agora com a apreensão das reservas-ouro do seu Banco Central depositadas em Londres. A medida foi imposta graças à conivência do Banco da Inglaterra, o qual recusa-se a entregar à Venezuela barras de ouro no valor de US$1,2 mil milhões ali depositadas. O ataque à Venezuela no plano financeiro segue o roteiro praticado na Ucrânia, onde em 2014 – após o golpe de estado do Maidan – os EUA roubaram secretamente 40 toneladas de ouro do Banco Central da Ucrânia . Este tipo de notícia nunca é dado pelos media corporativos que nos desinformam. MAIS UM PASSO NA ESCALADA DO ROUBO A guerra do regime estado-unidense no plano financeiro prosseguiu dia 29/Janeiro quando a sua Secretaria do Tesouro anunciou a apreensão de 7 mil milhões de dólares de activos da PDVSA , a empresa petrolífera venezuelana. Além disso foi arrestada a Citgo, distribuidora venezuelana de refinados que opera nos EUA. A DESFAÇATEZ IMPERIAL A desfaçatez imperial atingiu níveis inéditos com o não reconhecimento do governo venezuelano agora reeleito. Washington erige-se assim em árbitro universal de legitimidades governativas. Nem mesmo no golpe da Ucrânia e nos vários países submetidos às revoluções "coloridas" chegaram a isso. E dos dois lados do Atlântico os vassalos do sr. Trump correm pressurosos a manifestar-se no mesmo sentido. A vocação servil está na alma da UE, dos seus comissários e dos seus acólitos lusitanos (como a eurodeputada Ana Gomes, do PS). A UE desce assim ao nível de títeres como os presidentes da Colômbia, do Brasil, do Paraguai e de Honduras. É imperioso defender a Venezuela contra esta campanha orquestrada pelo NED, CIA & Departamento de Estado. Tal como no Chile de 1973, trata-se de uma campanha multifacética: de sabotagem económica, financeira, diplomática, terrorista e militar. Tirem as mãos da Venezuela! JORGE BEINSTEIN O grande economista Jorge Beinstein, colaborador e amigo de resistir.info, faleceu no dia 10 de Janeiro de 2019. Doutorado em Ciências Económicas pela Universidade de Besançon (França), era actualmente Professor Emérito da Universiade de La Plata (Argentina) e Director do Centro Internacional de Información Estratégica y Prospectiva da referida universidade. Deixa uma obra notável constituída por várias centenas de publicações científicas e de divulgação, bem como numerosos livros. Jorge Beinstein foi um combatente infatigável pela causa da emancipação da humanidade e pela libertação dos grilhões do capitalismo. A sua contribuição para o avanço da teoria económica marxista foi original e fecunda. Muitos dos seus escritos encontram-se em http://beinstein.lahaine.org . Os artigos em português publicados por resistir.info podem ser consultados em search.freefind.com/... (tecle "Jorge Beinstein"). À família, camaradas e amigos resistir.info apresenta as mais sinceras condolências. MÉXICO ROMPE COM O NEOLIBERALISMO O discurso de Lopez Obrador no dia 1 de Dezembro marca uma ruptura com o neoliberalismo que devastou o México nas últimas décadas. Pronunciado na Praça do Zocalo, na presença de dezenas de milhares de pessoas e durante mais de duas horas, o novo presidente mexicano reafirmou as suas ideias quanto à regeneração do México, ao combate à corrupção e à governação junto com o povo e não contra ele. Das 100 medidas que preconizou, algumas são simbólicas (venda do avião presidencial, entrega do palácio à comunidade; ...), outras sociais (duplicação do salário-mínimo; redução dos altos salários e aumento dos baixos na função pública; publicação na Internet das folhas de pagamento com as remunerações de todos os funcionários do Estado, inclusive o presidente; ...) e outras ainda que podem ser caracterizadas como nacional-desenvolvimentistas (ferrovia Maia no sul do México a ligar o Pacífico ao Atlântico; aumento da produção de petróleo sem recorrer ao capital estrangeiro; incentivos fiscais para criar um "filtro" junto à fronteira com os EUA, numa faixa de 5 km, a fim de instalar ali indústrias que absorvam mão-de-obra e dissuadam os paisanos a transpô-la para o lado estado-unidense; proibição de sementes transgénicas; ...). O tom do seu discurso foi sincero e até emotivo, mas não falou em nacionalizações nem mencionou o socialismo. A sua tarefa será ciclópica num país devastado por 30 anos de neoliberalismo e corroido pelo narcotráfico. Se Lopez Obrador conseguir cumprir a metade das suas 100 medidas fará uma obra notabilíssima. LIBERTAR ASSANGE ANTES QUE SEJA TARDE Julian Assange está sob a ameaça iminente de ser extraditado para as masmorras estado-unidenses. O conluio entre o novo governo equatoriano e os governos do Reino Unido e EUA está em andamento acelerado. Eles pretendem entregá-lo aos carrascos dos tribunais trumpianos. Os seus advogados foram proibidos de visitá-lo na Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado há anos. O antigo embaixador do Equador acaba de ser removido sem quaisquer explicações. Assine a petição em favor do fundador da WikiLeaks. Em francês: N’abandonnons pas Julian Assange aux mains de ses bourreaux Em inglês: Free Julian Assange, before it’s too late O PRÉMIO DO INQUISIDOR-MOR O inquidor-mor que impediu o principal adversário de Bolsonaro de concorrer às eleições presidenciais brasileiras, sr. Sérgio Moro, obteve agora o seu prémio: foi convidado para ser ministro da Justiça do novo governo. Treinado em procedimentos de law fare pelo Departamento de Estado dos EUA, no âmbito do International Visitor Leadership Program , o sr. Moro ganhará assim mais poderes para continuar a perseguição selectiva às forças progressistas. A transformação do aparelho judicial numa força política ao serviço da reacção tem sido condenada por centenas de juristas brasileiros . É assim que juízes reaccionários brasileiros já se atrevem até a mandar a polícia apreender um manifesto apartidário de professores de uma universidade . Por sua vez, a prática instituída da "delação premiada" nada deixa a desejar aos processos da Inquisição medieval. A classe dominante brasileira provoca uma regressão civilizacional. FANÁTICOS DO AQUECIMENTISMO ENTRAM EM FÚRIA A Universidade do Porto teve o mérito, louvável, de abrigar a conferência intitulada Basic Science of a Changing Climate – How Processes in the Sun, Atmosphere and Ocean Affect Weather and Climate , a realizar-se dias 7 e 8 de Setembro. Foi o quanto bastou para que os fanáticos da ideologia do aquecimento global entrassem em fúria histérica. Numa carta aberta ao reitor da UP, signatários que se pretendem cientistas contestam o direito de aquela universidade abrigar este evento científico. Tais signatários arrogam-se a pretensão de serem donos da verdade e contestam o direito de alguém discutir as "suas" verdades. Nenhum destes 50 signatários é climatologista, mas isso não os impede de terem certezas. Serão baseadas na fé que os inspira? Ou serão baseadas nos polpudos financiamentos que recebem? Já há uma verdadeira indústria do aquecimento global instalada, com o patrocínio da UE. DEVASSA, FACEBOOK E CENSURA Se uma polícia política quisesse ter o levantamento de quem conhece quem; quem é amigo de quem; quem gosta de quem, não poderia inventar um instrumento melhor do que o Facebook. Este instrumento de devassa da vida pública dos cidadãos veio potenciar a tarefa da espionagem da NSA e agências quejandas. Mas quem mesmo assim não se importar em ser espionado e insistir em permanecer no Facebook ainda está sujeito à censura dos seus gestores anónimos. E isso não é de agora, como já em 2012 verificou Atilio Boron . Entretanto, com a histeria que grassa no Estado Profundo dos EUA, o imperialismo intensifica a censura contra qualquer voz alternativa. É assim que o Facebook, obedientemente, acaba de encerrar tanto a página da Telesur como aquela em inglês da Venezuela Analysis . Nem mesmo páginas conservadoras, como o InfoWars, escapam aos censores do Facebook. O medo a ouvir verdades paira sobre os EUA. Por isso a censura ali passou a ser uma política de Estado – e o capital monopolista que domina os media colabora nisso. Ver também: Campanha Os meus dados são meus . O EPÍLOGO DE UM PACTO FAUSTIANO A ordem de prisão contra Lula é o epílogo trágico de um pacto faustiano. Tal como Fausto, Lula está agora a sofrer as agruras de ter vendido a alma a Mefistófeles. Tentou apaziguar as forças do capital e do imperialismo fazendo-lhes toda a espécie de cedências. Mas de nada adiantou. Um juiz familiar da Embaixada dos Estados Unidos e frequentador dos cursinhos de lawfare da USAID – sr. Sérgio Moro – condenou-o em primeira instância. E apressou-se agora a ordenar a sua prisão. A reacção é maximalista e tem pressa. A corrupção sistémica tem raízes fundas na classe dominante brasileira. Quando se trata de alguém vindo do povo, adopta-se o princípio "para os amigos tudo, para os inimigos a aplicação acelerada da lei". O molho dos argumentos pseudo-jurídicos serve só para dar um verniz à arbitrariedade envolta em sentenças judiciais. Depois das Honduras e do Paraguai, a lawfare é agora aplicada no Brasil. As forças que hoje prendem Lula são as mesmas que levaram Getúlio Vargas ao suicídio. Mas a social-democracia lulista pretendeu com elas conciliar, desarmando política e ideologicamente os trabalhadores. Mesmo agora, in extremis, o espírito conciliador de Lula parece continuar a prevalecer. DESINFORMAÇÃO POR OMISSÃO Passou quase em silêncio nos media portugueses o importante discurso de 1 de Março do presidente russo . No burgo lusitano este discurso de 13500 palavras mereceu apenas umas pequenas notas nas páginas internas dos jornais corporativos. Numa delas, O Público, um jornalista simplório sugeria no título que o discurso fora feito "a pensar nas eleições" (sic) – como se Putin precisasse disso! Esta omissão de informação oculta deliberadamente a gravidade da presente situação mundial e o perigo da guerra nuclear. As ameaças de guerra por parte do imperialismo intensificam-se, não só na Síria. Na Europa a NATO aumenta orçamentos e planeia transformar o continente em campo de batalha nuclear. Na Ucrânia entrega armamento pesado aos nazis de Kiev. No Báltico, na Polónia e na Roménia instala e reforça bases militares para o cêrco à Rússia. Na Coreia sabota as conversações pacíficas entre o Norte e o Sul. A advertência feita agora pelo presidente Putin merece ser levada a sério e não deveria ser ocultada. Ele revela novos tipos de armas de que dispõe a Rússia e declara em termos inequívocos a doutrina militar russa: "A Rússia reserva-se o direito de utilizar armas nucleares unicamente em resposta a um ataque nuclear, ou a um ataque com armas de destruição em massa contra o país ou seus aliados, ou um acto de agressão contra nós com a utilização de armas convencionais que ameacem a própria existência do estado. Tudo isto é muito claro e específico. "Como tal, considero do meu dever anunciar o seguinte: Qualquer utilização de armas nucleares contra a Rússia ou seus aliados, armas de curto, médio ou qualquer alcance, será considerado como um ataque nuclear a este país. A retaliação será imediata, com todas as consequências decorrentes". Aqueles que muito palram acerca da "liberdade de informação" não a praticam pois escondem o que é importante e desinformam-nos com trivialidades. O SILENCIAMENTO DOS MEDIA CORPORATIVOS Os media corporativos portugueses exercem uma censura mais feroz do que a existente antes do 25 de Abril. As intrigalhadas do PSD, as guerras intestinas do PS, os bilhetes do Centeno para o Benfica, os bizantinismos da pequena política, o jogo da bola e outras trivialidades quejandas merecem-lhe tratamento extenso – é para distrair atenções. Mas tudo o que é importante e relevante estes media ao serviço do capital evitam cuidadosamente. É o caso, por exemplo, do surto de cancros na Ilha Terceira , consequência dos produtos tóxicos deixados pelos EUA na Base das Lajes. A imprensa regional dos Açores tratou deste problema, mas os jornais e TVs do continente preferiram não abordá-lo. Foi preciso, um media russo (!) noticiar o assunto para os portugueses poderem ter conhecimento do caso. A voz do dono é quem mais ordena nos media portugueses. PRISÃO POR DÍVIDAS No tempo de Charles Dickens, na Inglaterra vitoriana, os devedores que não pagavam as suas dívidas podiam ir para a prisão. Isso deu aso à criação de alguns personagens inesquecíveis de Dickens, como o Mr. Pickwick. Desde então, a maior parte do mundo civilizado aboliu a instituição legal da prisão por dívidas. Mas agora, 150 anos depois, os EUA retomaram esta arcaica instituição restabelecendo de facto a prisão por dívidas . As faces do neoliberalismo vão-se tornando cada vez mais perversas e até os habitantes do centro do império já estão entre as suas vítimas. 14,6 MIL MILHÕES DE EUROS E O NOVO BANCO DOS CTT Informa o Diário de Notícias que entre 2008 e 2016 o salvamento de bancos (privados, sobretudo) custou 14,6 mil milhões de euros aos contribuintes portugueses , montante que equivale a quase 8% do PIB português. Este é o triste saldo da re-privatização da banca e demonstra a posteriori a clarividência, lucidez e coragem do grande General Vasco Gonçalves, primeiro-ministro em 1975 que nacionalizou a banca portuguesa. O desastre actual é a consequência directa da reprivatização da banca. A trafulhice e o roubo são inerentes à banca privada. O trabalho sujo de privatização da banca prosseguiu com o governo do PSD-CDS, que ao privatizar os correios permitiu que a sua administração constituisse um novo banco privado, o Banco CTT. As consequências disso já estão à vista. Os serviços postais degradam-se, trabalhadores são despedidos em massa e esta administração privada dos CTT tenta transformar funcionários de correios em bancários. O actual governo PS teve e ainda tem uma excelente oportunidade para reverter esta malfeitoria do governo PSD-CDS: basta devolver os CTT à esfera pública, à qual sempre pertenceu desde há séculos e é onde deve estar. No entanto, António Costa, declarou na AR que isso não consta na sua agenda. Se assim for, A. Costa será um simples continuador do governo P. Coelho. Aquilo de que Portugal menos precisa é de mais um banco privado a pilhar o país. A DESASTROSA PRIVATIZAÇÃO DA PROTECÇÃO CIVIL Palavras do Tenente-Coronel Costa Mota, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas ( AOFA ), em entrevista à TVI: É FÁCIL: em vez do negócios de milhões com aluguer de aviões, basta – dar meios aéreos à Força Aérea (que não os tem) – dar dinheiro para combustível e manutenção (que não tem) – dar mais meios humanos (que não tem, nem qualificação para combate a incêndios); LUCRO PARA PORTUGAL: – ficamos com os meios para Portugal, 365 dias por ano (e não na fase Charlie ou outra); – a manutenção é assegurada 365 dias por ano pela Força Aérea (sem custos adicionais); – os pilotos ganham o mesmo 365 dias por ano (o que ganham agora); – o Estado deixa de gastar milhões de euros com privados. PORQUE É QUE A FORÇA AÉREA NÃO FAZ ISTO? – Porque os sucessivos governos não o quiseram... O vídeo deste entrevista está aqui (ver entre os minutos 21 e 25). Os negócios & negociatas com serviços de protecção civil (meios aéreos, Siresp, etc) resultam da desastrosa ideologia privatizadora que impera em Portugal. Esta levou a que o Estado se demitisse das suas funções e despertou a sanha do capital privado interessado em apanhar o botim. As dezenas de mortes verificadas nos incêndios florestais deste ano são consequência do neoliberalismo imposto há muito por governos PS, PSD e CDS. É preciso dar meia-volta. CRISE, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E INGENUIDADE TECNOLÓGICA Os que defendem a inteligência artificial (IA) como solução para os problemas económicos padecem de uma enorme ingenuidade tecnológica. Alguns chegam até a perguntar como a IA poderia traduzir-se em crescimento económico . Na verdade, os engenheiros que sabem muito de IA & de robots pouco ou nada sabem de economia política – o que limita o seu entendimento. Eles Incidem assim em ilusões, como se o progresso tecnológico pudesse resolver a depressão económica actual. Por isso, convém repetir o b-a-bá do modo de produção capitalista. A generalização da IA & dos robots significa um aumento da composição orgânica do capital, ou seja, da substituição de trabalho vivo pelo trabalho morto incorporado nos equipamentos. Ora, o aumento da composição organica, leva inelutavelmente à redução das taxas de mais-valia e de lucro, pois elas só podem ser extraídas do trabalho vivo. Dessa forma, o incremento da queda da taxa de lucro será um motivo ulterior para agravar ainda mais a crise actual. É verdade que na concorrência inter-capitalista as empresas que chegam primeiro à IA e aos robots têm uma vantagem acrescida em relação aos seus competidores mais atrasados, os quais podem ser expulsos do mercado. Mas a generalização da IA e dos robots a todas as empresas poderá significar o dobre de finados do capitalismo, um sistema baseado no lucro. Não há falta de inteligência entre os tecnólogos da Inteligência Artificial – eles apenas padecem de uma visão em túnel e espalham as suas ilusões entre aqueles que os ouvem. JORNALISMO DEGRADADO E DEGRADANTE Houve um tempo em que a distinção enfre factos e opiniões era uma prática bem estabelecida no jornalismo, assim como a distinção entre a mentira e a verdade. Hoje isso não é mais assim e os próprios jornalistas que trabalham nos media corporativos são, em grande medida, responsáveis por esta degradação. Consciente ou inconscientemente, a maior parte destes profissionais perdeu qualquer capacidade de análise ou de juízo crítico. Aceitam como verdadeiras as mentiras mais inverossímeis. Basta ver, por exemplo, o semanário Expresso de 08/Abril/2017. Nunca, em momento alguns, os vários jornalistas que ali escreveram sobre a agressão à Síria puseram em causa a versão dos EUA de que o governo Assad teria utilizado armas químicas contra o seu próprio povo. Os leitores desse semanário nem sequer tiveram o direito do contraditório, princípio básico do jornalismo. A mentira passa assim por verdade pura e cristalina. Nenhum destes escrevinhadores que se intitulam jornalistas aprendeu com a História. O cinismo ou a ignorância imperam entre eles. As mentiras sucessivas do governo dos EUA para lançar guerras são pura e simplesmente ignoradas. A mentira do incidente do Golfo de Tonquim, tramada pelos EUA para lançar a guerra do Vietname, não existe para esta gente do Expresso, dos comentaristas da TV ou das folhas de papel corporativas. A mentira de Collin Powell na ONU e das suas "provas" de armas de destruição em massa no Iraque tão pouco. Assim como a mentira da explosão do navio que serviu para os EUA intervirem militarmente em Cuba, no princípio do século XX. Exemplos destes poderiam suceder-se numa longa série. Verifica-se assim que Goebbels tem émulos à altura nos media portugueses. Como diz John Pilger, tais jornalistas têm uma pesadíssima responsabilidade pelas mortes de milhões de pessoas pois preparam o clima para as guerras de agressão do imperialismo. Eles têm as mãos manchadas de sangue. Crimes monstruosos praticados na Jugoslávia, Iraque, Afeganistão, Líbia, Somália, Iémen, Síria e tantos outros lugares são também da responsalidade dos que escrevem nos media corporativos. A VITÓRIA DO FUNDO ABUTRE O primeiro-ministro anunciou em 31 de Março a venda do Novo Banco ao Lone Star. Esta venda, que é praticamente uma dádiva , só foi possível porque este governo segue submissamente os ditames de Bruxelas. A UE não quer bancos nacionalizados na Europa e os governos servis seguem o seu diktat. O historial do fundo abutre Lone Star, especializado em despojos, é notório no mundo todo. Ele pode ser apreciado aqui e aqui . COMO A CGD CONTINUA A SER ARRUINADA A central sindical amarela, conhecida como UGT, recebeu um financiamento de 1,5 milhão de euros da CGD, a ser pago em 25 anos mediante módicas prestações mensais de 7.500 euros . O referido financiamento destina-se a reembolsar dívidas antigas da UGT para com a UE, decorrente das trafulhices cometidas pela mesma com dinheiros do Fundo Social Europeu. Sabe-se que este banco público atravessa dificuldades devido aos empréstimos ruinosos que efectuou no passado, com incumprimento de credores. Assim, cabe perguntar: Que garantias tem a CGD de bom pagamento por parte da UGT? Terá a UGT dado garantias reais? Como é possível que as tenha dado se até foi despejada da sua sede por falta de pagamento ao senhorio? Por que a nova administração da CGD resolveu fazer este frete à UGT? Não será lícito suspeitar que o governo PS a persuadiu a acudir à UGT? Como é possível agravar ainda mais a saúde financeira do único banco público que ainda resta em Portugal? Tais questões deveriam ser respondidas. GUTERRES CONIVENTE COM O APARTHEID SIONISTA Um relatório da ONU publicado esta semana pela Comissão Económica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA, na sigla em inglês) conclui que "Israel estabeleceu um regime de apartheid que domina o povo palestino como um todo". O relatório considera "para além de qualquer dúvida razoável que Israel é culpado de políticas e práticas de crimes de apartheid", tal como definido no direito internacional. Além disso, insta os governos nacionais a apoiarem a campanha por boicote, desinvestimento e sanções (BDS). Após a publicação do relatório o secretário-geral da ONU, cedendo a pressões dos EUA, ordenou a sua retirada da web. Em protesto contra o acto de censura de António Guterres a responsável pela ESCWA, Rima Khalaf, renunciou ao cargo. "Demito-me porque é meu dever não ocultar um crime claro e porque apoio todas as conclusões do relatório", declarou Khalaf. O texto integral do relatório censurado pode ser lido aqui . Esta notícia não foi publicada pelos jornais portugueses que se auto-proclamam como "referência". MEDIA PORTUGUESES SILENCIAM PARLAMENTO HOLANDÊS Os media corporativos portugueses, inclusive os jornais económicos, fizeram um silêncio quase sepulcral sobre a decisão do Parlamento holandês de rejeitar o Euro . A iniciativa de propor o abandono da Eurozona coube ao maior partido da oposição. A proposta de elaborar um relatório a respeito foi aprovada por unanimidade no parlamento holandês. Este silêncio dos media locais diz muito quanto à qualidade da informação que administram aos portugueses. Eles fazem desinformação tanto por acção (as historietas mentirosas e diversionistas, agora chamadas de fakenews ) como por omissão. O NÃO ITALIANO A vitória do "não" no referendo italiano é mais um passo para a libertação da Europa das garras da UE e do Euro. Pouco importa os motivos formais porque foi convocado o referendo de 4 de Outubro. O que de facto o povo italiano votou foi a ruptura com a submissão à União Europeia e ao Euro. O servilismo dos hierarcas da UE ao capital financeiro e aos monopólios está a chegar ao fim. A política do terror imposta pela UE contra os povos europeus é bem reflectida na frase daquele dirigente de uma companhia de seguros alemã: "Nós torturámos a Grécia para que os seus gritos fossem ouvidos pelos italianos". Agora os italianos deram-lhe uma resposta à altura. O referendo acerca do desligamento da Itália da União Europeia está a caminho. A desagregação da UE já começou. KILLARY E AS ELEIÇÕES ESTADO-UNIDENSES Os EUA estão divididos. De um lado estão os que querem preservar o Império mesmo à custa do seu país – são os neocons. Do outro lado estão os querem salvar os EUA ainda que seja à custa da perda da sua hegemonia imperial. A representante dos primeiros é a sanguinária e corrupta Hillary Clinton, responsáveis por incontáveis mortes de civis no Iraque, na Líbia, na Somália, no Iémen e na antiga Jugoslávia (em 1999 apoiou o seu marido na guerra de agressão da NATO). Ela é a mulher que, tal como uma ave carniceira, deu uma gargalhada ao saber do assassinato de Kadafi ("Viemos, vimos e matámos", berrou ela). A sua eventual vitória significará uma alta probabilidade de guerra nuclear. O outro candidato, Trump, é o que aceita o retorno a um mundo multipolar a fim de salvar da derrocada o seu próprio país – uma derrocada económica, financeira, monetária, política e moral. Apesar da sua vulgaridade, grosseria e algumas ideias tolas ele é certamente o candidato que dá mais garantias à paz mundial e à maioria do povo estado-unidense. Se estas eleições não forem mais roubadas do que de costume Trump poderá vencer. Ter ou não um planeta coberto de cinzas radioactivas depende dos resultados de 8 de Novembro. 15º ANIVERSÁRIO DE UM CRIME E DO SEU ENCOBRIMENTO Em 11 de Setembro de 2001 verificaram-se as demolições controladas de três edifícios do World Trade Center de Nova York; o ataque ao Pentágono através de um objecto voador sem asas e com capacidade perfurante e o desaparecimento de um avião nos EUA. Foi o crime do século. Os que o planearam e o cometeram eram indivíduos dentro do aparelho de Estado dos EUA – foi um inside job. Os seus executores precisavam forjar uma operação de falsa bandeira – e disseram-no antecipadamente no Project for A New American Century. Ninguém de bom senso pode ser convencido pelas pseudo-explicações absurdas propaladas pelo governo americano, como se dois edifícios com estrutura de aço pudessem ruir com incêndios provocados por choques de aviões e um terceiro, o de número 7, ruísse "por simpatia" com os outros dois; ou como se um avião que ninguém viu e de que não há vestígios se houvesse chocado com Pentágono. O segundo capítulo desta história é o encobrimento do crime. Durante 15 anos os media corporativos fizeram e fazem silenciamento ou desinformação. Nenhum dos chamados jornalistas "de investigação" debruçou-se sobre o caso. A censura é total. Para os media corporativos, o 11/Set tornou-se assunto tabu. O seu servilismo face ao poder é absoluto. Todo este caso do 11/Set, das guerras de agressão que se seguiram, da fascistização do regime nos EUA (Patriot Act, novo Ministério da Segurança Interna, leis de espionagem e devassa dos cidadãos, etc) é um "não assunto" para as corporações dos mass media. Só os media alternativos e investigadores sérios dos EUA – engenheiros, arquitectos, físicos e muitos outros profissionais – analisam e denunciam as mentiras do governo estado-unidense. O avanço do nazismo na Alemanha deveu-se também a uma operação de falsa bandeira: o incêndio do Reichstag, em 1933, por apaniguados de Goering. A NUVEM JURÍDICA, O GOLPE E AS REALIDADES DE CLASSE O jurisdicismo actua como uma nuvem de poeira que obscurece as questões reais. Trata-se de uma prática corrente dos parlamentos corruptos, como se viu durante o espectáculo encenado no senado brasileiro. Ali, um bando de serviçais da oligarquia palrou horas sem fim sobre bizantinismos jurídicos. Tentavam ocultar a questão real, subjacente ao impeachment da sra. Roussef: quais as classes e sectores de classe beneficiados com a aprovação do impeachment? O grande beneficiário foi o sector financeiro da burguesia – este é o sector hegemónico que está no comando do processo. A posse de H. Meirelles no Ministério das Finanças e de I. Goldfajn como governador do Banco Central, imediatamente após a suspensão do mandato de Dilma, indicam isso. A oligarquia financeira (estreitamente ligada ao imperialismo) é hoje o sector que comanda a burguesia brasileira. Nela se inclui a burguesia rentista, que se locupleta com os altos níveis das taxas de juro brasileira e dos títulos da dívida pública. Mas a burguesia industrial definha pois o país desindustrializa-se a olhos vistos (a indústria transformadora que em 2004 representava 18% do PIB, em 2015 caiu para 9%). O outro grande beneficiado é o sector da burguesia exportadora de produtos primários (agrobusiness e minérios em bruto). Os sectores prejudicados com a queda final do governo PT, fruto das suas conciliações e política de apaziguamento, são as camadas médias, os trabalhadores assalariados e os enormes segmentos marginalizados da população. Essa será a base social para a construção de um verdadeiro movimento popular a fim de combater a ditadura do capital financeiro. BRASIL: GOLPE EM ESTILO PARAGUAIO O fracasso do lulismo, variante brasileira da social-democracia, é da sua própria lavra. Ele próprio foi responsável pelo impeachment da sra. Dilma Roussef. Durante 13 anos o lulismo fez quase tudo o que a reacção queria. A sua estratégia foi dar migalhas insignificantes ao povo brasileiro a fim de apassivá-lo e alcançar a almejada "paz social". Isso pode acabar hoje, 30/Agosto/2016, após a votação no Senado. Agora é a reacção pura e dura que dá as cartas. A classe dominante (brasileira e estrangeira) quer o poder total para fazer os trabalhadores arcarem com a depressão económica que agora se inicia. O discurso da "presidenta" (como ela diz) no Senado foi patético. Foi buscar o seu passado remoto para ocultar a actuação do seu passado recente. Foi ela que, em tentativas vãs de apaziguar a reacção, perdeu a sua base social de apoio. Ela pôs banqueiros privados como ministros das Finanças; pôs uma latifundiária como ministra da Agricultura; manteve congelada a Reforma Agrária; teceu compromissos espúrios com corruptos que acabaram por traí-la; tratou de apassivar a CUT e o movimento sindical; aceitou que os seus telefonemas fossem espiolhados pela CIA; aprovou leis contra os movimentos sociais (às quais chamou de "anti-terroristas"); colaborou nas privatizações e dilapidação das riquezas nacionais (pré-sal e não só). Ou seja, as opções de juventude mencionadas no seu discurso do dia 29 já pouco ou nada têm a ver com as suas opções (de classe) do presente. Actualmente ela aceita sem contestar a Lei da Responsabilidade Fiscal, como se esta fosse alguma "Lei de Bronze" – diz apenas que não a infringiu, mas está de acordo com a mesma tal como o PMDB, o PSDB, o capital financeiro e a burguesia rentista. Com um partido "dos trabalhadores" como o PT os trabalhadores brasileiros já não precisam ter inimigos. O impeachment da sra. Roussef rasga a máscara da legalidade democrática burguesa. O modelo de golpe adoptado pelo Senado brasileiro é o do Paraguai e de Honduras. Tristes modelos. RETORNO AO PADRÃO OURO, DEFENDE GREENSPAN Durante anos banqueiros centrais tentaram convencer-nos de que o ouro já não tinha importância, que era um metal desmonetizado e como outro qualquer. Agora, como um raio em ceu azul, o próprio Greenspan vem defender publicamente o retorno ao padrão ouro tal como existia antes de 1913. "Se voltássemos ao padrão ouro e aderíssemos à estrutura real do padrão ouro como existia antes de 1913, estaríamos bem. Recordem que o período de 1870 a 1913 foi um dos mais economicamente agressivos que tivermos nos Estados Unidos e que foi um período dourado do padrão ouro". Ignorando o seu próprio papel na formação de bolhas, o ex-governador do banco central dos EUA chega a declarar: "Este é o pior período de que me recordo desde que entrei para o serviço público. Não há nada como isto, incluindo a crise de 19/Outubro/1987, quando o Dow teve uma queda recorde de 23 por cento". Ele descartou falsas narrativas de uma "recuperação" e considerou que a economia dos EUA está efectivamente em "estagnação" (sic). E concluiu: "Historicamente, as moedas fiduciárias (fiat money) sempre acabaram assim" (sic). UM DISCURSO IMPRESSIONANTE O silenciamento quase total dos media portugueses acerca das eleições sírias só foi rompido por calúnias bolsadas pela RTP2 (programa "Olhar o mundo"). Igualmente silenciado foi o discurso do Presidente Assad perante o Parlamento sírio , hoje reproduzido por resistir.info. Trata-se de uma peça impressionante e mesmo comovente. Este discurso reflecte a tragédia de todo um povo sacrificado barbaramente pelo imperialismo, com a vergonhosa colaboração de uma União Europeia em total degradação moral e política. Mas mesmo neste transe terrível o povo sírio e as suas heróicas forças armadas resistem e lutam. Eles não querem ter o mesmo destino de povos trucidados pelos imperialismo, como os da Líbia, Iraque, Afeganistão, Iémen e tantos outros. Apesar das tragédias humanas provocadas pelo terrorismo patrocinado pelos países da NATO, longe vão os tempos em que os governantes dos EUA e os seus serviçais da UE diziam que o Presidente sírio não duravava mais de seis meses! A (DES)UNIÃO EUROPEIA A câmara alta do Parlamento suíço acaba de cancelar o pedido de adesão do país à União Europeia , que fora apresentado em 1992. Vinte e sete senadores votaram pelo cancelamento, 13 foram contra e dois se abstiveram. E no referendo do proximo dia 23 a Grã-Bretanha irá votar o Brexit, o abandono da UE. Enquanto isso em França, centro da UE, todo o povo está em revolta aberta contra os seus ditames relativos às leis do trabalho e o servilismo do governo Hollande. Qual dos 28 será o próximo a por em causa a pertença à UE? Na verdade, Portugal tem muito mais razões que a Grã-Bretanha para romper com a UE – esta pelo menos manteve a sua soberania monetária e um certo grau de autonomia em relação a Bruxelas. Aqui, nem isso. Portugal está submetido e sufocado pela UE. O seu presidente e os seus governantes, de modo humilhante, peregrinam pelas capitais europeias a pedirem pelo amor dos deuses para não serem submetidos às sanções de Bruxelas. Eles, e os media corporativos que os servem, instilam falsos medos quanto à ruptura porque não têm dignidade para propô-la. O GOLPE NO BRASIL Em 12 de Maio o Senado brasileiro consumou o impeachment da presidente Dilma Ro, com a suspensão do seu mandato. Acerca desse episódio, amplamente noticiado, devem-se destacar alguns pontos: 1) Trata-se de um golpe jurídico e político, sim, mas um golpe intra-burguês. 2) O governo da sra. Rousseff já havia capitulado à reacção em todas as frentes, numa tentativa de apaziguá-la. 3) Nunca se fizeram tantas privatizações e medidas anti-populares como no governo soi-disant "de esquerda" da sra. Rousseff. 4) Em Junho de 2013 o povo brasileiro fez uma fortíssima advertência ao governo da sra. Rousseff , exigindo uma mudança de rumos – mas tal advertência não foi atendida. 5) Por isso mesmo os trabalhadores brasileiros estão a manter-se relativamente passivos diante do golpe do impeachment. 6) O seu sucessor, sr. Temer, é um político do PMDB reconhecidamente corrupto – mas a política económica do seu governo será uma continuidade com a da sua antecessora 7) A falsa imagem "de esquerda" dos governos PT deve ser desmistificada – a verdadeira esquerda brasileira não é encarnada por um partido degenerado como o PT. 8) O golpe foi dado para: a) acelerar as medidas anti-povo, lançando todo o custo da crise sobre os trabalhadores; e b) barrar investigações de corrupção ("Lava Jato") que atingem 60% dos membros do Congresso. PORTUGAL, AS GARRAS DA UE E O CRITÉRIO DOS 3% Anuncia-se agora que Bruxelas iniciou tramitações para suspender fundos europeus a Portugal e ameaça enquadrar o país no Procedimento de Défice Excessivo (PDE) pois de 2013 a 2015 teria ultrapassado o critério dos 3% de défice imposto pelo Tratado Orçamental. As garras da União Europeia começam assim a apertar-se sobre o pescoço português, tal como na Grécia e nos demais países do sul da Europa. Consequentemente, a UE ameaça cortar até 50% dos fundos comunitários a Portugal e obrigar o governo português a prestar contas a Bruxelas de três em três meses. Para apreciar os muito "científicos" critérios impostos pela UE ao adoptar este percentual dos 3% leia-se este artigo em resistir.info: Como nasceu a camisa de força orçamental da UE . O seu criador, sr. Guy Abeille, explica que inventou este número dos 3% em menos de uma hora, fazendo contas "nas costas de um envelope, sem qualquer reflexão teórica". Tal invenção transformou-se em lei comunitária e agora destroi povos e países. Só a ruptura com a UE e o Euro poderá libertar os povos europeus desta camisa de força. MAIS TRÊS BANCOS A SEREM RESGATADOS Pode haver "mais três bancos na linha para serem resgatados", declarou João Salgueiro em entrevista à Antena 1. O ex-ministro das Finanças e ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos considerou que se trata do BCP, da CGD e de "um banco mais modesto", os quais "podem ficar caríssimos para os contribuintes". João Salgueiro defende a nacionalização do Novo Banco e recusa que sejam aceites ordens de Bruxelas contra a recapitalização da CGD. "Há empresas públicas em França e na Alemanha. Então agora é proibido ter empresas públicas?", questiona Salgueiro. NÃO AO CETA COMO FACTO CONSUMADO Assine a petição Pelo debate e decisão sobre a ratificação do CETA na Assembleia da República . São precisas 4.000 assinaturas para que a petição seja discutida na AR. O Acordo de comércio e investimento CETA (Comprehensive Economic and Trade Agreement) entre a UE e o Canadá foi negociado sigilosamente entre a Comissão Europeia e o Canadá, tendo a sua versão final sido tornada pública pela Comissão Europeia em Fevereiro de 2016. A notória falta de transparência perante os deputados eleitos pelos cidadãos e a sociedade civil que caracterizou o processo de elaboração do texto do Acordo contrasta fortemente com a enorme influência exercida, durante o mesmo, pelos lobistas representantes da Indústria e Instituições Financeiras. É preciso 1) que o texto do CETA e as suas consequências sejam debatidos publicamente na Assembleia da República; e 2) que a decisão sobre a sua ratificação ou não ratificação tenha lugar na Assembleia da República. O FRACASSO DA SOCIAL-DEMOCRACIA LULISTA Ela prosternou-se diante do Capital, seguindo os passos do seu mentor Lula. Fez todas as concessões possíveis e imagináveis à classe dominante, contra os trabalhadores e os pobres que a elegeram. Nomeou um banqueiro neoliberal para o Ministério das Finanças; aprovou em Abril uma lei dita "anti-terrorista" contra o movimentos sociais; manteve congelada a Reforma Agrária; nomeou uma latifundiária para o Ministério da Agricultura; aceitou submissamente que o Império espionasse as suas ligações telefónicas; leiloou ministérios inteiros à reacção em troca do apoio político de um parlamento corrupto — mas nada disso adiantou. Hoje, 17/Abril/2016, num espectáculo pouco edificante um parlamento presidido por um indivíduo arqui-corrupto e dominado por latifundiários, evangélicos, polícias e militares votou pelo impeachment da sra. Dilma Roussef. As suas concessões de nada adiantaram, foi ejectada tal como se cospe o bagaço de uma laranja depois de chupada. O PT é hoje um partido desmoralizado e a democracia burguesa brasileira está podre. Faz falta e é urgente constituir um bloco de forças revolucionário e anti-capitalista que dinamize as lutas que se seguirão. A social-democracia lulista já deu o que tinha a dar. DERIVA POLICIALESCA INTENSIFICA-SE NA UE Com o pretexto do "combate ao terrorismo", hoje 14/Abril o Parlamento Europeu aprovou a diretiva "Passenger Name Record" . Esta lei obriga as companhias aéreas a registarem dados pessoais dos seus passageiros, como nome, morada, número de telefone, número do cartão de crédito e forma de pagamento, nome dos acompanhantes (se os houver), bagagem e itinerário da viagem. Os dados serão retidos durante quatro anos. A deriva policialesca da União Europeia segue pari passu a rota traçada pelo seu amo estado-unidense. Lá como cá, estão em causa os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Eles praticam terrorismo de estado e depois valem-se disso para implantar estados policiais. É necessário abandonar a UE para preservar a democracia. A ÁUSTRIA FAZ O SEU PRIMEIRO BAIL-IN A Áustria tornou-se o primeiro país da UE, após Chipre, a recorrer à directiva europeia BRRD, que prevê o salvamento interno (bail-in) dos bancos à custa dos seus depositantes. A notícia está aqui , no entanto provocou uma fraca cobertura mediática. A directiva BRRD foi posta em vigor em Portugal pela Lei 23-A/2015 , de 26/Março. Ver também A punção das contas bancárias já foi legalizada . FACTOS OCULTADOS A NÃO ESQUECER Portugal está agora a pagar o regabofe das privatizações da banca. As receitas das privatizações do Sector Bancário do período 1989/1997 foram avaliadas em 3,63 mil milhões de euros a preços correntes, ou seja, 3,6% do PIB (1997), como recordou Agostinho Lopes no seminário "Controle público da banca". Há que comparar este montante e esta percentagem com o que o Estado português já gastou a salvar bancos privados. Segundo o BCE (2015) no período 2008-2014 foram gastos 19,5 mil milhões de euros, ou seja, 11,3% do PIB (e ainda falta contabilizar os custos com o Banif). Mas os "comentaristas económicos" que peroram na TV & jornais portugueses nunca falam destas coisas – ou seguem a voz do dono ou são dispensados. BCE REFORÇA AS DOSES DE HEROÍNA E COCAÍNA A impotência dos bancos centrais confirmou-se dia 10 de Março com o anúncio do BCE de ainda mais facilidades quantitativas (QE) e novas reduções da taxa de juro. A partir de agora o BCE injectará 80 mil milhões de euros por mês (criados ex nihilo) em bancos europeus e entra no perigoso território das taxas de juro zero ou negativas. Trata-se de medidas de desespero que não resolverão o problema sistémico do capitalismo actual: a gigantesca acumulação de capital fictício . As injecções de QE são como as de heroína e cocaína, como declarou um ex-presidente do Fed dos EUA. Podem dar ao paciente algum alívio momentâneo, mas viciam e não curam a doença. Na verdade, a economia real pouco ou nada será beneficiada com a nova QE do sr. Mario Draghi. E, significativamente, o preço do ouro começou a subir imediatamente após o anúncio destas medidas. COCAINA, HEROINA & RITALIN "Nós injectámos cocaína e heroína no sistema" para criar um efeito riqueza e "agora estamos a mantê-lo com Ritalin" (droga para tratar problemas de défice de atenção). Quem diz isso é o antigo presidente do Federal Reserve dos EUA, sr. Dick Fischer. O sr. Fisher, no 7º aniversário da crise, reconhece que o tratamento com cocaína e heroína não funcionou "apesar do seu êxito em elevar preços de activos". O ex-presidente do banco central dos Estados Unidos confirmou agora sua advertência anterior: "O Fed é uma arma gigante à qual já não restam munições". A notícia está aqui . Notáveis confissões. OS BAIL-IN CHEGARAM A PORTUGAL No dia 30 de Dezembro de 2015 os bail-in chegaram a Portugal. É o salvamento dito "interno" de bancos, em oposição aos bail-outs que são salvamentos externos (geralmente à custa dos contribuintes). No caso do escândalo do BANIF este governo PS aprovou um bail-out , no qual os contribuintes portugueses ficaram a arder em mais 3 mil milhões de euros (1,1% do PIB do país). Agora, no caso do Novo Banco, o rombo é de 2 mil milhões de euros – retirados aos obrigacionistas do NB, ou seja, fundos de pensões, de investimento e outros bancos. O que mais irá acontecer à banca portuguesa em 2016? Não existe nenhuma solução boa para o povo português no âmbito da União Europeia e do seu Tratado Orçamental. A libertação das garras do capital financeiro e a recuperação da soberania monetária é condição sine qua non para a sobrevivência da Nação. A UE é o Comité Executivo dos interesses do capital financeiro transnacional. Só os que não se movem é que não se sentem tolhidos. ISLÂNDIA E PORTUGAL A Islândia já condenou 26 banqueiros à prisão pela crise financeira de 2008. A actuação das autoridades islandesas contrasta agudamente com a das portuguesas. Aqui os banksters permanecem impunes e os culpados nunca aparecem (e muito menos o dinheiro que arrecadaram). O novo escândalo do BANIF – um rombo da ordem dos 3 mil milhões de euros – segue-se aos do BPN, BPP, BES, ... O que mais irá acontecer com tais supervisores & tribunais? DINAMARCA DIZ NÃO À UNIÃO EUROPEIA No referendo do dia 3 de Dezembro o povo dinamarquês disse um NÃO rotundo à integração na União Europeia . No entanto, quem acompanha as notícias através dos media corporativos lusos mal se apercebeu de que houve um referendo na Dinamarca. Hoje, com esta TV e estes jornais que se dizem "de referência", a censura em Portugal é mais feroz do que antes do 25 de Abril. CONTRATOS SECRETOS DO GOVERNO PSD-CDS Os portugueses arriscam-se a pagar ainda mais portagens do que já pagam graças aos contratos secretos legados pelo governo do sr. Passos Coelho. Os referidos contratos secretos prevêem a instalação de novas portagens, nomeadamente na A3 e A4 no Porto. Este novo esqueleto descoberto no armário do governo PSD-CDS vem somar-se ao outro da TAP em que o Estado assume compromissos financeiros vultuosos. Quantos mais esqueletos terá deixado o governo do sr. Coelho & sr. Portas? NÃO À HISTERIA COM O TERRORISMO A campanha de intoxicação colectiva continua. O seu objectivo é criar um clima de histeria para facilitar a eliminação de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. As restrições e a censura já começaram em França. E agora põem soldados e carros de combate nas ruas de Bruxelas – mas o terrorismo é um assunto de polícia, não de tropa na rua. Essa exibição de força seria ridícula se não fosse sinistra. Os governantes europeus hoje são meros serviçais dos seus amos estado-unidenses. Seguem à risca o script americano do 11/Set. OS ATENTADOS DE PARIS Os atentados criminosos de Paris inserem-se numa sequência que vai do 11/Set/2001 aos atentados do Charlie Hebdo. No 11/Set as demolições das Torres Gémeas foram utilizadas para justificar modificações profundas do regime estado-unidense num sentido fascizante (Patriot Act, reforço policialesco, criação do Homeland Dept, mais poderes à NSA, etc). Em França, após os atentados de 14/Nov, o sr. Hollande decretou o estado de emergência e tenta institucionalizar medidas contra as liberdades individuais e sindicais. Mas é o seu governo que mantém relações indecentes com as petromonarquias integristas – financiadoras do terrorismo fanático – e colabora com os terroristas ditos "moderados" que travam uma guerra de morte contra o Estado laico e soberano da Síria. A História mostra que estes ataques terroristas costumam ser utilizados por aqueles que planeiam intervenções militares imperialistas e novas medidas repressivas contra os povos. A solidariedade com as vítimas destes crimes odiosos não deve fazer esquecer o contexto em que se dão. É preciso vigilância em relação à desinformação que os media propalam. A POBREZA EM PORTUGAL O INE acaba de divulgar os resultados definitivos do "Inquérito às Condições de Vida e Rendimento", realizado em 2014 com dados de 2013. Vale a pena examinar o documento síntese do inquérito. Ele confirma o agravamento tanto da Taxa de Risco de Pobreza; como da Taxa de Intensidade de Pobreza; da Privação Material Severa e da Desigualdade do Rendimento. As consequências das imposições da troika – a que o governo PSD-CDS se submeteu com entusiasmo – já são mensuráveis ao nível estatístico. Mesmo assim o PR e o resto da direita querem prolongar indefinidamente a pauperização do povo português. A GOVERNAÇÃO PSD--CDS A governação PSD-CDS louvada por Cavaco deu nisto: o rácio dívida/PIB de Portugal era de 96,2% em 2010. Mas depois pauperização do país imposta a partir de 2011 pela Troika e aplicada com diligência pelo governo PSD-CDS, em 2014 o rácio tornou-se ainda pior: saltou para os 130,2%. Os sacrifícios do povo português foram inúteis e a dita "recuperação económica" com que eles acenaram antes das eleições é uma miragem. (Clique a imagem para ampliar). A ARROGÂNCIA DE BRUXELAS Habituada ao servilismo do governo PSD-CDS, neste momento a Comissão Europeia comporta-se de modo ainda mais arrogante do que o habitual. A procissão ainda vai no adro, mas Bruxelas "exige" e "já" o Orçamento de Estado e ameaça com sanções se não for entregue para exame prévio. A UE actua como uma potência colonial diante do seu preposto num protetorado. Os eurocratas parecem contaminados pelo pânico que agora grassa na direita portuguesa diante da perspectiva de perder o poleiro. Para ela, nada valem as soluções de governo estabelecidas na Constituição da República. Alguém já disse que para esta direita indígena a formação de governo é como as touradas de Barrancos: o que conta não são as regras constitucionais estabelecidas e sim a "tradição". O FASCISMO CLIMÁTICO DE OBAMA A decadência económica da Grã-Bretanha foi acelerada quando Margaret Thatcher resolveu destruir a sua indústria carbonífera. Foi uma decisão puramente política motivada pela guerra de classes: ela queria quebrar a força de um dos sectores mais organizados e combativos da classe operária britânica. Em termos de política energética foi uma decisão monstruosa pois o petróleo do Mar do Norte, com que contava Thatcher para substituir o carvão, foi sol de pouca dura (as reservas hoje estão esgotadas). Nos EUA, o sr. Obama parece decidido a seguir pelo mesmo caminho da sra. Thatcher e as consequência provavelmente serão as mesmas. Ele quer destruir a indústria carbonífera americana , fiado no fracking para extrair hidrocarbonetos de xisto – o qual tem custos de produção incomportáveis e consequências ecológicas e sísmicas desastrosas. Estes novos pregos no caixão da economia estado-unidense estão a ser cravados em nome da maior impostura de toda a história da ciência , o chamado "aquecimento global". Tal como os demais políticos e jornalistas ignorantes, o sr. Obama confunde ambiente com clima e apresenta como um facto comprovado aquilo que não passa de uma simples hipótese que já deveria ter sido descartada há muito. Hoje não há nenhum climatologista sério no mundo que defenda o dito aquecimento global e o grande cientista Marcel Leroux já desmontou os erros em que repousa a teorização (arcaica) do IPCC. Tudo indica que para combater os males reais do mundo capitalista a classe dominante inventa terrores fictícios, como o papão do aquecimento global e do efeito estufa provocado pelo dióxido de carbono (CO2) – um gás não poluente, inofensivo para a saúde humana. Cabe recordar, mais uma vez, que o ar que respiramos é composto em 78% por azoto, 21% por oxigênio e apenas 1% por todos os outros gases. Nestes "todos os outros" é que se inclui o CO2 (0,04% do total) e a parte do mesmo de origem antropogénica é absolutamente desprezível. Transformar o CO2 em vilão universal é o maior disparate científico de todos os tempos e mostra bem a irracionalidade do mundo em que vivemos. Em Portugal o governo P. Coelho segue pelo mesmo caminho, pois endossa a teoria do aquecimento global e do vilão CO2. Asneiradas deste naipe têm consequências económicas pois levam a desperdícios e más aplicações de recursos. AUMENTAM AS PENHORAS DE PENSÕES DE REFORMA EM PORTUGAL Em 2014 foram penhoradas 195.800 pensões de reforma em Portugal , o que representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior. O aumento das penhoras deve-se aos "aperfeiçoamentos" da máquina fiscal do governo PSD/CDS, que passaram a permitir penhoras automáticas sem a intervenção de um juiz. Assim se vê a "recuperação económica" trombeteada pelo sr. Passos Coelho. IMPORTANTES REVELAÇÕES DO WIKILEAKS O Wikileaks divulgou hoje (03/Junho/2015) 17 documentos relativos às negociações secretas para Acordo de Comércio e Serviços (Trade In Services Agrement, TISA) entre os EUA, a UE e 23 outros países, incluindo Turquia, México, Canadá, Austrália, Paquistão, Formosa & Israel — os quais representam em conjunto dois terços do PIB mundial. O TISA faz parte da "trindade" estratégica TPP-TISA-TTIP e é provavelmente o mais importante dos três pois inclui os serviços financeiros. Desta "trindade" estão excluídos os países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Os media portugueses não deram esta notícia na primeira página. ENSINAR O ASSASSÍNIO A CRIANÇAS O estado nazi-sionista ensina o assassínio a crianças de tenra idade. Um infantário de Jerusalém Leste resolveu ensaiar uma peça teatral em que uma criança (vestida como soldado israelense) assassina outra (palestina) a tiros de fuzil . Compreende-se assim porque só em Gaza foram mortos 2270 palestinos no ano passado, incluindo 590 crianças. DOS BAIL-OUTS AOS BAIL-INS, COMO EM CHIPRE Os jornais portugueses não deram esta notícia: A União Europeia está a forçar os países europeus a publicarem legislações nacionais em favor de bail-ins (salvamentos internos) para bancos em apuros. Ou seja, a UE considera que os bail-outs (salvamentos externos com dinheiros públicos) já não serão suficientes para as crises bancárias que hão de vir. É espantoso que os media portugueses que se auto-intitulam como "referência" silenciem a directiva BRRD . No entanto, tal medida está em tramitação desde Abril de 2014, ver EU Bank Recovery and Resolution Directive (BRRD) . E anteriormente já fora aplicada em Chipre, onde os bancos insolventes foram salvos por meio de um confisco de depósitos. E ainda há comentaristas que têm o descaramento de dizer que a economia europeia está em recuperação... Deve-se notar que os milionários geralmente estão mais bem informados que a massa dos depositantes bancários e nesta altura já terão posto o seu dinheiro a bom recato em paraísos off-shore ou em metais preciosos — os outros, a grande maioria dos depositantes, a qualquer momento poderão ter uma surpresa pouco agradável. O MÍTICO FIM DA CRISE Eles dizem que Portugal já está a sair da crise. Mas, revela-se agora, o número de penhoras duplicou em apenas dois anos . As cobranças coercivas do fisco passaram de 927mil euros em 2013 para mais de dois milhões em 2014. A voracidade fiscal é tamanha que até clientes de restaurantes e lojas são notificados para penhora dos estabelecimentos onde pedem a e-factura com número de contribuinte (o que é uma razão de peso para nunca informar o número quando se faz uma compra). Haverá tanta diferença assim entre Portugal e Grécia, como apregoa este governo? Aparentemente a diferença é só de dois anos: Portugal está hoje na mesma situação em que estava a Grécia dois anos atrás. Inverter a rota é preciso. O DEDO DO IMPERIALISMO NO BRASIL O dedo do imperialismo esteve presente nas manifestações de 15 de Março no Brasil, ainda que de forma discreta. Há precedente. Nos meses que antecederam o golpe de 1964 o imperialismo actuou intensamente para a criação de uma base social de apoio aos golpistas. Organizações como o IPES e o IBAD, dirigidas pelo agente da CIA Ivan Hasslocher, despejaram rios de dinheiro na compra de deputados, em denegrir o governo do presidente João Goulart e em criar o clima adequado para levar o general Castelo Branco (amigo de Vernon Walters, da CIA) a decidir-se pelo golpe. Hoje passa-se algo semelhante no Brasil. Os métodos utilizados, como o lock-out de camionistas e os panelaços, são os mesmos que o imperialismo utilizou em 1973 para promover o golpe de Pinochet no Chile. A manipulação através de redes sociais das camadas médias e as palavras de ordem moralistas (como se a corrupção fosse uma exclusividade do PT) ocultam o desejo imperial de por no poder agentes directos seus, por meios constitucionais ou não. Nestes últimos anos o imperialismo desenvolveu uma grande perícia para derrubar governos e criou novas agências especializadas para o efeito, a exemplo do NED . A crise actual é consequência da política capituladora do PT, com constantes e enormes cedências à reacção. As tentativas de conciliação com a direita conduzem a recuos cada vez maiores. O incêndio da sede do PT em Jundiaí e o pedido de intervenção militar de manifestantes no Rio de Janeiro são indícios preocupantes do que pode vir a seguir. A política de "gestor do capitalismo brasileiro" assumida pelo governo Dilma/PT tem pernas curtas. Se não der meia-volta pode ter um triste destino. A ISLÂNDIA, A UE E A TV PORTUGUESA A notícia mais importante do dia 12 de Março foi certamente a decisão do governo da Islândia de retirar a sua candidatura a membro da União Europeia. O pedido fora apresentado em Julho de 2009 e as negociações decorriam até agora, quando o governo (conservador) islandês disse um não definitivo à UE. A notícia tem importância internacional e de múltiplos pontos de vista, o que justificaria o destaque devido dos media assim como análises e comentários. No entanto, os noticiários da noite de 12 de Março da TV portuguesa praticamente ignoraram-na. A omissão de informação é a forma de censura preferida do telelixo português. CRITÉRIOS CAPITALISTAS Para um país arruinado e em guerra civil como a Ucrânia, governado por uma junta nazi-fascista, o FMI anunciou um empréstimo de US$17,5 mil milhões [€15,6 mil milhões]. O FMI ao conceder este empréstimo gigantesco rompeu os seus próprios estatutos, que proíbem emprestar a países em guerra. Diga-se de passagem que ele será impagável. Em contrapartida, para a Grécia o Eurogrupo resolveu condicionar os míseros €7,2 mil milhões que já estavam acordados no memorando – a metade do dinheiro dado agora à Ucrânia – ao cumprimento de determinadas condições impostas ao governo Syriza, que a elas se submeteu. A disparidade de critérios mostra como opera a Elite Transnacional. QE, UMA MEDIDA DE DESESPERO E UM FRACASSO REENCENADO A quantitative easing (QE) agora lançada pelo Banco Central Europeu é uma medida de desespêro. Há um par de anos atrás seria impensável que o sr. Mario Draghi se atrevesse a propor, ou sequer a falar nisso. Se o faz agora, é porque todos os outros remédios, receitas & mezinhas fracassaram. Mesmo analistas conservadores reconhecem-no sem rodeios. Wolfgang Münchau, escrevendo no Financial Times (19/Jan/15), considera que "Isto não vai ser uma versão preventiva do QE, mas uma versão pós-traumática. As expectativas inflacionárias afastaram-se do alvo faz tempo. A inflação é negativa. A economia da Eurozona está doente" (sic). Em tempos normais, a injecção monetária pode ser um estímulo ao investimento produtivo, via concessão de crédito. Mas os tempos actuais não são normais. As taxas de juro estão baixíssimas mas o investimento é mínimo – não por escassez de crédito, mas por falta de procura efectiva. No caso de Portugal, desde 2011 a Formação Líquida de Capital Fixo é negativa. Isso significa que a capacidade produtiva do país não só não está a crescer como está mesmo a contrair. Diante disto, que sentido faz o BCE vir a comprar títulos da dívida pública dos países da Eurozona? Assim, tudo indica que os 500 mil milhões anunciados pelo sr. Draghi não resolverão a crise das economias reais da zona Euro – apenas alimentarão bolhas nos mercados financeiros. O fracasso da QE nos EUA – onde permitu o salvamento de bancos mas não o relançamento da actividade produtiva – será agora reencenado na Europa. CRIMES ECONÓMICOS E CRIMES PENAIS Os piores crimes que um governante pode cometer não estão capitulados no Código Penal, podem ser cometidos sem infringir nenhum dos seus artigos: são os crimes de lesa economia nacional. Desgraçadamente, Portugal tem experimentado uma série contínua deles ao longo das últimas décadas. Começaram pelas privatizações selvagens e pela destruição da Reforma Agrária. Continuaram com a entrada na UE e a adesão ao Euro. Prosseguiram ao longo de anos com projectos absurdos como a rodoviarização acelerada no tempo de Cavaco como primeiro-ministro; com o desbaratar de dinheiros públicos com a construção de estádios no tempo de Guterres; intensificaram-se no governo Sócrates com negócios concebidos ad hoc para o capital financeiro e monopolista como as PPPs, o TGV, o novo aeroporto, os veículos eléctricos e muitos outros. É por crimes económicos como estes que os governantes deveriam ser julgados. O facto de muitos deles, incidirem também em crimes capituláveis no Código Penal é uma questão a latere. Tomá-la como principal é despolitizar os problemas, abdicar da análise numa óptica de classe e cair numa crítica moralista – como se o desastre a que Portugal foi conduzido fosse devido apenas à "desonestidade" de políticos. As portas giratórias entre governantes e capital monopolista continuam a girar intensamente e isso não é enquadrável no Código Penal. Se e quando alguns políticos são apanhados nas malhas da justiça por questões do dito Código, isso não deve fazer esquecer o principal. EUA SOLIDÁRIOS COM O NAZISMO Os Estados Unidos – com os seus acólitos ucraniano e canadiano – foram os três únicos países do mundo que na Assembleia Geral da ONU, em 21/Novembro, votaram contra uma proposta de condenação das tentativas de glorificar a ideologia nazista e de negar os crimes de guerra da Alemanha nazi . O FIM DO MURO DA PAZ E O QUE SE SEGUIU Hoje, com o pretexto do Muro de Berlim, a reacção festeja em triunfo e com fanfarras a derrota do socialismo. Há que dizer que: 1) Hoje o mundo está muito pior do que há 25 anos atras, com guerras incessantes e a ameaça de uma guerra termonuclear; 2) Que a anexação da antiga República Democrática Alemã não beneficiou o seu povo, que hoje lamenta as benesses perdidas com a derrota do socialismo; 3) Que os trabalhadores do ocidente foram prejudicados com o fim do mundo socialista, pois agora os capitalistas consideram-se mais livres para explorá-los; 4) Que o imperialismo adquiriu uma nova agressividade após o desaparecimento do mundo socialista; 5) Que de 1961 a 1989 o Muro de Berlim, ou Muro da Paz, garantiu a tranquilidade na Europa, assim como a defesa da RDA contra a guerra implacável que sempre lhe foi movida com constante sabotagem económica, financeira, tecnológica, militar e psicológica; 6) Que esses clamores triunfantes da reacção fazem todos os possíveis por esquecer os tristes muros que hoje dividem o mundo, como as muralhas que retalham o estado nazi-sionista e encerram o povo palestino em guetos; a muralha mortal, física e electrónica, que assassina mexicanos pobres na fronteira com os EUA; o muro que o regime neo-nazi de Kiev agora está a construir nas fronteiras ucranianas, apesar da ruína económica em que está afundado; 7) Os palradores que hoje peroram na TV portuguesa acerca do Muro de Berlim deveriam meditar, se fossem capazes disso, na desgraçada situação económica, financeira, social, política, ecológica e energética em que está hoje o mundo capitalista – o seu triunfalismo seria arrefecido. O CAPITALISMO COMO RELIGIÃO O capitalismo como religião e a teoria económica dominante como teologia é o tema desta aula magnífica do Prof. Fernando López Castellano , da Universidade de Granada. Vale a pena assisti-la na íntegra (1h27m de duração). É um verdadeiro antídoto para os comentadores económicos que palram na TV portuguesa. A VITÓRIA PALESTINA Quando uma potência militar não consegue subjugar um oponente muito mais fraco, isso constitui uma vitória para o oponente. Os 50 dias de carnificina que o estado nazi-sionista desencadeou contra o povo de Gaza saldaram-se num fracasso. O Hamas – felizmente – manteve e mantém a sua capacidade militar. A única coisa que a tropa nazi-sionista conseguiu foi massacrar população civil, mulheres e crianças, destruir hospitais, escolas e habitações. Massacrar inocentes desarmados é o que eles sabem fazer melhor. Mesmo com uma superioridade esmagadora a tropa sionista não conseguiu derrotar um adversário que não dispõe de força aérea, nem de marinha, nem de mísseis, nem de meios equivalentes em quantidade e qualidade. O mito da invencibilidade da tropa sionista começou a desmoronar-se com os golpes que lhe infligiu o Hezbollah na última guerra no Libano. E continuou agora depois desta nova agressão contra o povo Gaza. Falta saber se o acordo do Cairo de 26 de Agosto será respeitado pelos nazi-sionistas. Os seus crimes contra os direitos humanos continuam diariamente nos bantustões onde arrebanham palestinos. É indispensável continuar a campanha de boicote ao estado nazi-sionista . Em tempo: Quem permite que a Embaixada de Israel em Portugal feche uma rua com uma cancela, vedando-a ao trânsito? O que tem a dizer acerca disto o Sr. António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa? As ruas da capital portuguesa já não são públicas? A municipalidade lisboeta permite a instalação de check points como na Faixa de Gaza? O DESCALABRO E AS NACIONALIZAÇÕES NECESSÁRIAS A insolvência agora revelada do mais poderoso grupo financeiro português, o Espírito Santo, ficará na História Económica de Portugal. O mito da gestão privada vem à luz do dia de forma gritante. O descalabro do grupo Espírito Santos é a sequência de uma longa sucessão de escândalos (BPN, BPP, BANIF, BCP, ...) e de conivências numa trama de interesses com os partidos da burguesia, PSD & PS, que têm governado. A contra-revolução por eles promovida resultou nisso: no descalabro geral e na ruína do país — mas seria inútil esperar qualquer auto-crítica da parte dessa gente. Grande General Vasco Gonçalves, em 1975 fez o que era necessário: a nacionalização da banca e dos grupos monopolistas. Aqueles que destruíram a sua obra e depois disso a Lei de Delimitação dos Sectores têm contas a prestar. Refazer o que foi criminosamente desfeito é uma condição de sobrevivência nacional. Portugal é hoje um "protetorado" (palavra utilizada pelo ministro P. Portas, em tom conformista). Para libertar-se, será preciso também recuperar a soberania monetária e romper com a UE. GENOCÍDIO NA EUROPA O governo neo-nazi de Kiev deu, dia 12 de Junho, um novo passo na escalada genocida contra o seu próprio povo: a utilização de bombas incendiárias de fósforo contra a população civil de Slavyansk . Os media corporativos, ditos de "referência", calam-se. Ocultam deliberadamente este novo acto de barbárie dos fascistas ucranianos patrocinados pelo governo Obama. E a União Europeia permanece de cócoras, também calada, subserviente aos EUA e conivente com os seus crimes. 400 MERCENÁRIOS DA BLACKWATER NA UCRÂNIA A junta neo-nazi de Kiev tem agora 400 mercenários da Blackwater e Greystone a operarem no terreno, anunciam os media alemães . São eles que conduzem os massacres de populações civis no leste da Ucrânia, enquadrando a tropa regular e os paramilitares neo-nazis (Svoboda e Right Sector). A contratação de mercenários estrangeiros constitui uma escalada para uma guerra civil generalizada e uma provocação contra uma potência nuclear. O jogo do imperialismo, ao animar os seus títeres de Kiev, é insano. Registe-se o papel subalterno e servil da UE, caudatária dos EUA mesmo contra os seus próprios interesses. O SCRIPT UCRANIANO NA VENEZUELA BOLIVARIANA Três generais da Força Aérea Venezuelana acabam de ser detidos por conspirarem um golpe de estado. Foram entregues a Tribunais Militares, nos termos da lei e da Constituição Bolivariana. Este episódio significa que o imperialismo conseguiu comprar alguns militares de alta patente. Mas significa também que a Revolução Bolivariana e suas Forças Armadas estão vigilantes, pois os conspiradores foram denunciados por outros oficiais. Na Ucrânia o imperialismo gastou (confessadamente) cinco mil milhões de dólares para desestabilizar o país e promover o golpe de estado. Quanto não terá gasto já na Venezuela? O script da desestabilização da Ucrânia está a ser seguido ao pé da letra na Venezuela Bolivariana. Contratação de mercenários, sabotagem económica, destruição de bens públicos, utilização de marginais, grupos fascistas e terrorismo. O assassinato de 35 soldados da Guarda Nacional Bolivariana, 21 deles por armas de fogo, mostra que – tal como na Ucrânia – o imperialismo já recorre a franco-atiradores (snipers). Há uma tentativa clara das agências imperialistas (CIA, NDE, etc) de levar o país à guerra civil. O espectro da intervenção militar directa do imperialismo é uma realidade. A Revolução Bolivariana terá de defender-se com mão dura se não quiser ter o mesmo destino da Ucrânia. A diferença entre a Venezuela e a Ucrânia é que a primeira tem um governo digno, patriota, revolucionário e com apoio do povo, ao passo que a Ucrânia não tinha. Por isso a Venezuela Bolivariana tem condições de vencer. UE, CAUDATÁRIA DOS EUA A crise da Ucrânia degradou ainda mais o papel da União Europeia. Antes a UE podia ser classificada como um sub-imperialismo, ou seja, um imperialismo de segunda categoria subordinado ao principal. Mas a partir de agora a Comissão Europeia tornou-se uma simples caudatária do governo americano. Passou a ser um moço de recados tão obediente ao seu patrão americano que até abdica dos seus próprios interesses. A subordinação é total e incondicional. Atiçada pelo governo de Washington, a UE alinhou-se completamente no apoio ao golpe de estado em Kiev e não teve pejo em utilizar os neo-nazis, que agora no governo interino ucraniano dirigem os Ministérios da Defesa, da Segurança Interna e outros mais. Ao embarcar no maximalismo de Washington e na sua geopolítica belicista, a Europa feriu profundamente os seus próprios interesses – que poderiam ter sido melhor atendidos através de um acordo razoável com a Ucrânia e a Rússia. A baronesa Ashton é a alter ego europeia da neocon Nuland. Quanto à Ucrânia, o seu problema não é a separação da Criméia. O problema verdadeiro é a situação económica terrífica do país e no lado financeiro a perspectiva do incumprimento. Os milhares de milhões prometidos pela UE ainda estão no vamos ver. Se a ajuda da UE for como em Chipre e na Grécia, pobres ucranianos. Quanto aos 5 mil milhões de dólares que o imperialismo confessadamente gastou para derrubar o governo ucraniano, o seu reembolso começou de modo relâmpago: Foi o roubo das 40 toneladas de ouro do Banco Central da Ucrânia , agora "guardadas" nos EUA. Por que é que os media que se auto-proclamam como "referência" e padrão de "bom jornalismo" não mencionam o roubo do ouro ucraniano? A TROIKA, AS FAMÍLIAS E A PRIVAÇÃO DE ÁGUA Em 2013 a EPAL cortou o abastecimento de água 11.836 famílias. Este número representa um acréscimo de 15,41% em relação aos cortes verificados em 2012 e de 17,8% em relação aos de 2011. Assim, a pauperização do povo português imposta pelos serviçais da troika, o governo PSD-CDS, já atinge o bem mais vital de todos: a água. A ditadura do capital financeiro sobre Portugal assume aspectos cada vez mais perversos. A notícia está aqui . UCRÂNIA: IMPERIALISMO SAQUEIA 40 TONELADAS DE OURO A pilhagem da Ucrânia intensifica-se em ritmo alucinante. Sexta-feira à noite, dia 7 de Março, um avião misterioso decolou do aeroporto de Boryspil com 40 toneladas de ouro. Essa quantidade corresponde às reservas do Banco Central da Ucrânia. Do golpe de estado em Kiev saiu um governo apoiado pelos EUA e integrado por neo-nazis. Ele está agora a pagar a factura ao imperialismo. Está-se a ver a "libertação" que as potências ocidentais oferecem ao povo ucraniano. A notícia está aqui . VITÓRIA DO POVO CIPRIOTA Chipre derrotou as privatizações imposta pela UE. Sexta-feira, 28 de Fevereiro, o Parlamento de Chipre – após enormes manifestações populares – recusou-se a autorizar as privatizações selvagens impostas pela Troika. O plano de privatizações de três grandes empresas públicas teve 25 votos contra dos comunistas (AKEL) e outros partidos democráticos, 25 votos a favor e 5 abstenções. O plano de privatizações era um elemento chave do acordo com o FMI e a UE. Em consequência, após a rejeição do plano, o governo reaccionário local pediu a demissão. "Não aceitaremos a dilapidação do património nacional" , declara o AKEL. O AKEL recusa com firmeza as privatizações, defende a saída de Chipre do Euro e o abandono da UE. Notícias como esta não são divulgadas na TV portuguesa... A ARTE DO ENGANO DOS SUCESSORES DE GOEBBELS "A arte do engano: treino para uma nova geração de operações encobertas online" é o título de um estudo secreto destinado apenas ao grupo de cinco países que participa em conjunto da operações de espionagem dos EUA (Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia, Canadá). O dito estudo foi preparado pelo Government Communications Headquarters (GCHQ), o serviço de inteligência britânico. Ele pode ser apreciado aqui . UCRÂNIA E VENEZUELA, DOIS CASOS ANÁLOGOS Tanto na Ucrânia como na Venezuela as perturbações que estão a decorrer têm as mesmas raízes: as actividades deliberadamente provocatórias dos EUA para desestabilizar esses países. Através de suas organizações especializadas, como a NED , a fundação do sr. Soros e outras, o imperialismo procura activamente não só derrubar os respectivos governos como mudar o regime. Foi o que fez em 1973 no Chile, em 1964 no Brasil e em muitos outros países. No caso da Ucrânia, os EUA agem (ou agiam?) em colaboração com a UE. A sra. Noland, da Secretaria de Estado dos EUA, reconheceu que chegaram a gastar US$5 mil milhões para promover as actuais perturbações na Ucrânia, as quais fazem parte do desígnio estratégico de cercar a Rússia. No caso da Venezuela, algum dia se saberá quanto o imperialismo tem gasto para derrubar o governo constitucional de Nicolas Maduro por meio de grupos paramilitares e grupos fascistas, agentes pagos que executam acções de violência. A diferença entre a Ucrânia e a Venezuela é que a primeira tem um governo reaccionário e indeciso, ao passo que a Venezuela tem um governo bolivariano comprometido com o socialismo. O governo e o povo venezuelano têm portanto melhores condições para defender o seu país do que o governo e o povo ucraniano. ECOSSISTEMA POLÍTICO-EMPRESARIAL Uma aplicação interactiva permite examinar o ecossistema político-empresarial português. Foi criada por investigadores da Universidade de Coimbra e mostra o transito frenético entre os políticos da burguesia e o tecido empresarial, desde 1975 até 2013. Pode-se apreciá-la aqui: http://pmcruz.com/eco/ O BOM EXEMPLO DA ISLÂNDIA O governo da Islândia anunciou que cancelará 24 mil euros de cada hipoteca familiar, cumprindo a sua promessa eleitoral, apesar da crítica esmagadora das instituições financeiras internacionais. A medida foi apresentada pelo primeiro-ministro Sigmundur David Gunnlaugsson, do Partido Progressista (conservador) que ganhou as eleições de Abril deste ano com a promessa de aliviar a dívida familiar. Segundo a sítio web do governo islandês, a dívida familiar será reduzida uma média de 13 por cento. "Esta medida promoverá o rendimento disponível das famílias e estimulará as poupanças", afirma o governo. A notícia está em Russia Today . Enquanto isso, em Portugal, há 636 mil portugueses em situação de incumprimento com o crédito bancário. Deste total, segundo o Banco de Portugal, 128 mil referem-se ao crédito à habitação. A TEIMOSIA NO FRACASSO A carta de demissão do ex-ministro das Finanças, Vitor Gaspar, era uma confissão do fracasso da política que seguira sob o diktat da troika. No entanto, apesar daquela confissão, manteve-se a mesma política como se nada se tivesse passado. E agora as troikas, nacional e estrangeira, anunciam que têm a intenção de continuar exactamente a mesma política, como se verifica na nova carta de intenções subscrita por P. Portas, M. L. Albuquerque e C. S. Costa. Estes três capatazes nacionais dos três funcionários da troika estrangeira cometem assim um acto de traição nacional: esforçam-se por eternizar a servidão do país aos ditames do capital financeiro internacional. O restabelecimento de um governo digno em Portugal é a condição prévia necessária para que o povo recupere a soberania nacional, com a ruptura em relação à zona euro, à UE, ao FMI, ao BCE, à NATO, à OMC. Retomar o destino nas suas mãos é a tarefa histórica que se depara ao povo português e a todos os povos oprimidos da Europa. ALEMANHA EXPORTA BANCARROTA E DESEMPREGO "Mas um grande país [a Alemanha] com um enorme excedente estrutural de transacções correntes não exporta apenas produtos. Exporta também bancarrota e desemprego, particularmente se o fluxo de capital correspondente consiste em dívida a curto prazo". Quem o diz é Martin Wolf, colunista do Financial Times, a propósito da política económica do sr. Schäuble, ministro das Finanças alemão. Ver o seu artigo "O estranho universo paralelo da Alemanha – Plano de Merkel para a zona Euro é profundamente depressivo" . Com tal política a sobrevivência da zona Euro é impossível. Donde se conclui que, para os países do Sul da Europa, o melhor caminho para evitar serem arrastados no naufrágio do Euro (e da UE) é a saída unilateral. Quanto mais cedo melhor. FORAM OS SAUDITAS QUE ENTREGARAM ARMAS QUÍMICAS Foram os serviços secretos da Arábia Saudita, dirigidos pelo príncipe Bandar, que entregaram armas químicas ao grupo "Jabhat al-Nusra", ligado à Al-Qaeda. Este bando terrorista actua na Síria por conta da Arábia Saudita e com salários pagos pelos seus serviços secretos. A revelação está no sítio web da jornalista Silvia Cattori . Acerca da Organização da ONU para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), ver em resistir.info: A HISTERIA BELICISTA CONTRA A SÍRIA Em 2003 o imperialismo promoveu uma campanha histérica acerca de supostas armas de destruição maciça possuídas pelo Iraque. Como se viu, aquela mentira flagrante, cínica e deliberada do governo dos EUA destinou-se a justificar a invasão e ocupação daquele país. Hoje, mais uma vez, o imperialismo encena uma campanha mundial acerca de supostas "armas químicas" que teriam sido utilizadas pelas Forças Armadas sírias. Obama não apresentou uma única prova que corroborasse tal afirmação, mas a campanha prossegue. Destina-se a preparar a opinião pública para uma eventual agressão directa contra a República Síria à semelhança daquela desencadeada contra a Líbia. Diz-se a agressão directa porque a indirecta começou há vários anos com o armamento, treino e incentivo a bandos terroristas, os quais estão a ser derrotados pela Forças Armadas sírias. Tal como em 2003, os cães amestrados de Londres, Paris e Ancara ladram furiosamente a atiçar. Por outro lado, a crise financeira capitalista intensifica-se. O seu sistema bancário está em ruínas, tanto nos EUA como na Europa. Os monstruosos resgates governamentais com o dinheiro dos contribuintes e com emissões monetárias (bail-outs) fracassaram, tendo desaparecido no buraco negro da banca – agora já planeiam resgates internos (bail-ins) com o dinheiro dos depositantes. O que tem isto a ver com uma eventual agressão à Síria? Muito. Historicamente o imperialismo sempre procurou na guerra a saída para as suas crises. SWAPS: UM CASO DE POLÍCIA Destruir provas é crime. Pode-se presumir que os mandantes de uma destruição são presumíveis criminosos que procuram apagar o seu rastro. Assim, se a ministra das Finanças manda destruir documentos relativos aos swaps da Refer, Metro de Lisboa, Metro do Porto e TAP é lícito considerar que tais documentos a incriminariam. O agente que efectuou a destruição, sr. Heitor Agrochão, inspector geral da IGF, é um mero executor. Os/as responsáveis têm de ser procurados/as mais acima na hierarquia do governo PSD/CDS. A impudência desta gente não tem limites. O ÚLTIMO ACTO DE V. GASPAR FOI UM ROUBO O último acto de Vitor Gaspar como ministro das Finanças foi um roubo a todos os trabalhadores portugueses. A Portaria 216/A/2013 foi publicada em 2 de Julho, no mesmo dia em que V. Gaspar se demitiu do Ministério das Finanças. É assinada tanto por ele como por Mota Soares, que na altura também considerava demitir-se. Essa portaria passou quase desapercebida em meio a crise política que se seguiu. No entanto, é gravíssima pois concretiza as ameaças do governo ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS). O referido diploma ordena ao Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) que proceda à substituição dos activos em outros estados da OCDE por dívida pública portuguesa até ao limite de 90% da carteira de activos do Fundo. Ou seja, o dinheiro pertencente aos trabalhadores, acumulado naquele Fundo para servir a Segurança Social, será lançado à voragem do financiamento da impagável dívida pública portuguesa. Este governo moribundo até o último minuto cumpre as imposições da Troika. E o governo recauchutado que eles pretendem seria a continuação deste. PORTUGAL, UM POVO ESPOLIADO E SAQUEADO Não há dinheiro? Mas o rombo fraudulento do BPN está a custar 9 mil milhões de euros ao erário público; o défice da Madeira mais 5,8 mil milhões; o escândalo dos swaps monta a 3 mil milhões; e as PPPs rodoviárias a bagatela de 9 mil milhões de euros. Só estas quatro coisas significam um prejuízo de 26,8 mil milhões de euros para o Estado português – sem falar nas muitas outras que pejam a vida pública do país. Mas não passa pela cabeça deste serviçal da troika, o governo P.Coelho/P.Portas cortar em nada disso. O que eles querem é cortar mais 4,0 a 4,8 mil milhões de euros, até 15 de Julho próximo, nas pensões de reforma e nas remunerações de funcionários públicos. Por este governo na rua é um imperativo de sobrevivência nacional. OS COMPROMISSOS DELES Os compromissos assumidos pelo ministro das Finanças e pelo governador do Banco de Portugal estão aqui exarados: Letter of Intent, June 12, 2013 e memorandos que a acompanham. Mais vale ler a carta deles, com os compromissos reais, do que ouvir os discursos públicos em que frequentemente se contradizem ou dão o dito por não dito. Dentre outras coisas, no ponto 5 afirmam que "no fim da sessão legislativa (15/Julho/2013), finalizaremos todas as mudanças chave exigidas para implementar a revisão da despesa pública, através de aprovação pelo Conselho de Ministro ou submissão ao Parlamento se necessário, como especificado no anexo MEFP". Recorde-se que a 8ª missão de revisão da Troika está prevista para meados de Julho. A carta conclui a afirmar que "Estamos prontos a tomar medidas adicionais se forem necessárias para atender aos objectivos do programa económico e consultaremos o FMI, a Comissão Europeia e o BCE antes de quaisquer revisões necessárias às políticas contidas nesta carta e no Memorando anexo". Servilismo q.b. DEMAGOGIA E REALIDADE Subitamente o governo Coelho-Portas descobriu que era preciso desenvolver a economia do país. Assim, no dia 23 de Abril, apregoou mais um pacote demagógico de medidas destinadas a incentivar os empresários a investirem e com isso aumentar o nível de emprego. É claro que já poucos acreditam nisso, mas sempre fica bem aos prepostos da troika fingirem que, além das finanças, também se interessam pela economia real. Mas a realidade desmente tais fantasias incentivadoras. Agora anuncia-se que a Salvador Caetano inaugura uma nova fábrica de carrocerias para autocarros, a qual criará 300 novos empregos. Onde será ela? Na China! MAIS UM CRIME DE LESA ECONOMIA NACIONAL O governo Coelho-Troika-Portas acaba de cometer mais um crime de lesa economia nacional com a extinção dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, agora anunciada . As conversas balofas do Presidente República acerca de uma "economia do mar" resultam nisso, num país em que a marinha mercante está de rastros e a frota pesqueira mal consegue sobreviver. Os crimes de lesa economia nacional deste governo sucedem-se em catadupa. Agora é o semanário Expresso que anuncia a intenção de fechar a Siderurgia Nacional e mudar as suas fábricas da Maia e do Seixal para Espanha . O que está a suceder no país é um genocídio industrial, um genocídio da sua economia real. O famoso "consenso" com o PS que tanto desejam deve ser para melhor destruir a economia portuguesa. Um consenso na traição. AGENDA OCULTA E DESINFORMAÇÃO A campanha de desinformação acerca da Coreia continua intensa nos media que se auto-proclamam como "referência". A generalidade deles recorre a explicações do foro psico-patológico para definir o comportamento do governo norte coreano. Contudo, nenhum deles sequer aflora a agenda oculta do imperialismo. O objectivo não confessado do governo Obama é efectuar uma mudança de regime na Coreia do Norte – tal como as mudanças de regime que os EUA efectuaram no Iraque, na Líbia e na Jugoslávia e tal como as que está a tentar efectuar na Síria, Irão e Venezuela. Daí toda a série de provocações deliberadas, cuidadosamente medidas e calculadas, efectuadas pelo governo Obama. Elas estão a ser feitas nos planos económico, bancário, diplomático e militar. O objectivo é arruinar a economia coreana e fazer sofrer o seu povo a fim de gerar insatisfação contra o regime. Recorde-se que no momento da criminosa invasão do Iraque, em 2003, aquele país já havia sofrido dez anos de sanções económicas que o debilitara profundamente. Já não tinha meios nem forças para resistir. Por isso foi invadido e ocupado. Assim, o comportamento corajoso e combativo do governo e do povo norte-coreano tem lógica e racionalidade. Eles estão a lutar pela sobrevivência. Os coreanos sabem bem das atrocidades de que foi capaz de cometer o imperialismo na década de 1950, quando aviões da USAF espalhavam tapetes de napalm sobre aldeias camponesas, quando as cidades coreanas foram arrasadas, quando efectuaram ensaios de guerra bacteriológica e quando o general MacArthur ameaçou recorrer à bomba atómica para vencer a guerra (só por isso é que foi demitido por Truman, não pelos crimes anteriores). A solidariedade para com os países agredidos pelos imperialismo é um dever. O REEMBOLSO ADIADO Vai um grande alarido nos media porque o sr. Olli Rehn defende o adiamento dos reembolsos da dívida portuguesa . Manifestam-se exultantes e aliviados. Mas é preciso que se diga: 1) O Sr. Rehn não podia fazer outra coisa senão defender o adiamento dos reembolsos pois a perspectiva de um incumprimento seria muito pior para a UE; 2) Nenhum dos problemas portugueses fica sanado com tal adiamento e a dívida até é agravada; 3) O que o capital financeiro europeu pretende é transformar Portugal num eterno escravo da dívida; 4) Não existe qualquer solução real para os problemas económicos portugueses enquanto o país não recuperar a sua soberania monetária – a saída do euro é a condição necessária e indispensável, além obviamente do repúdio ao memorando de entendimento com a Troika. GOVERNO SABOTA A ECONOMIA NACIONAL Só a ligação ferroviária para um futuro terminal de contentores na Trafaria custaria 150 milhões de euros , anunciou o presidente da Refer. Além disso há que contabilizar o custo de construção do futuro porto (que ainda não existe) e do próprio terminal a ser construído. Por outro lado, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) estão a pedir emprestado ao governo modestos 14 milhões de euros para poder efectuar a construção de um navio já encomendado. Destes dois episódios podem-se tirar algumas conclusões: 1) Com este governo, tal como no socratismo, continua a mania dos projectos gigantes, de rentabilidade duvidosa e, em caso afirmativo, só a longo prazo. 2) A opção pelos projectos gigantes prejudica as PMEs, que asseguram o maior número de postos de trabalho em Portugal. Tal como num jogo de soma zero, se há financiamento para projectos gigantes deixa de haver para o tecido de industrial e comercial português constituído por micros, pequenas e médias empresas. 3) O fanatismo ideológico deste governo prejudica a economia nacional. O caso dos ENVC é exemplar: a empresa é sabotada por este governo por ser estatal (ainda). O governo prejudica assim o nível geral de emprego e até mesmo as exportações nacionais (o cliente que encomendou o navio é estrangeiro). 4) Factos como estes aparentemente não preocupam os comentaristas que peroram na TV acerca da situação económica portuguesa. O DESCALABRO O descalabro das finanças públicas continua. Revela-se agora que a arrecadação fiscal caiu 5,8% entre Janeiro e Novembro de 2012 – consequência inelutável do pacote da troika. Além de levar o país à ruína, este governo de traição nacional continua o seu programa de privatizações selvagens. O cancelamento da venda da TAP a um suspeitíssimo sionista-colombiano constitui uma vitória parcial dos trabalhadores e da maioria do povo português. Mas a intenção de privatizá-la ainda continua de pé, assim como de privatizar a ANA, ENVC, RTP, as Águas de Portugal e o pouco que resta do sector empresarial do Estado. Um tal governo compromete não só as gerações presentes como também as futuras. Deitá-lo abaixo, com o seu Orçamento de 2013, é uma tarefa urgente. Figurinhas como o sr. Relvas, P. Coelho, António Borges e quejandos não são próprias de um país decente. SOLIDARIEDADE COM O POVO DE GAZA Notícias em: O FIM DO EURO E AS NOVAS PRIVATIZAÇÕES Este governo ao serviço da troika anuncia novas privatizações. Trata-se de vender a preço vil o que resta do sector empresarial do Estado (ANA, TAP, etc). Tudo é efectuado de forma altamente opaca, com tramas nos bastidores e em meio a negociatas suspeitas (exemplo: a mal explicada venda pela Câmara Municipal de Lisboa dos terrenos do aeroporto da Portela). Deve-se registar que isto ocorre no momento em que já se antevê o fim do euro e, talvez antes disso, o fim da presença de Portugal na zona euro. Assim, as novas privatizações agora em curso resultam na alienação de activos que serão preciosos quando o país estiver fora do euro. Sendo a dívida externa bruta portuguesa de mais de 200% do PIB, é ridículo dizer que os encaixes destas privatizações permitiriam reduzi-la qualquer coisa que se visse e tivesse algum significado. Estamos na fase em que o país é sugado ao máximo. Depois, quando não restar senão bagaço, será relegado ao seu destino. De pés e mãos atados, com a propriedade dos seus activos entregue aos novos rentistas que agora os compram ao desbarato. ARGENTINA EXPROPRIA A REPSOL A nacionalização parcial e tímida de acções que a Repsol detinha na Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF) argentina é uma medida corajosa do governo de Cristina Kirchner. Mas é de se perguntar porque, face ao comportamento predatório daquela multinacional, o governo argentino levou tantos anos para avançar com esta decisão. Quem tiver alguma dúvida acerca deste comportamento que assista ao filme "La memoria del saqueo" , de Fernando Pino Solanas. Seja como for, com ou sem nacionalização, os problemas de abastecimento de petróleo do país permanecerão pois a produção dos seus campos petrolíferos já entrou em declínio. Tal como o resto do mundo, também a Argentina ultrapassou o Pico de Hubbert e encontra-se na fase de esgotamento. REBELIÃO FISCAL: O EXEMPLO IRLANDÊS A rebelião fiscal já começou, na Irlanda. Depois de quatro anos de crise contínua, o governo de Dublin enfrenta o boicote fiscal dos cidadãos. Metade dos contribuintes aos quais era exigido uma taxa extraordinária de 100 euros por habitação não efectuaram o pagamento até à data limite de 31 de Março. O movimento de boicote foi liderado por nove deputados da "Aliança Esquerda Unida" e alguns independentes. Ver artigo a respeito em Jornal de Negócios . MEE: NEM UM TRILIÃO DE EUROS SERÁ SUFICIENTE Alastra-se o pânico. Na sexta-feira, 30 de Março, os ministros das Finanças europeus decidiram aumentar a dotação do MEE para 800 mil milhões de euros. O seu valor inicial revelou-se insuficiente antes mesmo de ter entrado em acção. Como diz o título da revista Der Spiegel, mesmo uma firewall de um milhão de milhões (trillion) de euros não seria suficiente . Por sua vez, o jornal Die Tageszeitung estima que seriam precisos pelo menos 1,5 milhão de milhões de euros como fundo de resgate da moeda europeia. E isto somado ao EFSF , cujos fundos são insuficientes para "salvar" a Itália e a Espanha e que continuará a funcionar ao invés de ser substituído pelo MEE como fora previsto. De onde virão os recursos para o MEE? Dos orçamentos nacionais de cada país, pois este tem o poder despótico de requisitar-lhes recursos a qualquer momento – os quais terão de ser transferidos no prazo de sete dias. Ou seja, o futuro que eles preparam é depauperar os orçamentos dos estados membros da zona euro – os quais cobrem as despesas sociais de cada país – em benefício do capital financeiro. Subscreva a Acção colectiva contra o Mecanismo Europeu de Estabilidade, o novo ditador europeu OS ABUTRES DA UE PÕEM A GRÉCIA SOB TUTELA ABSOLUTA A última declaração do eurogrupo acerca da Grécia pode ser caracterizada como uma manifestação de neocolonialismo predatório. Além de uma "reforçada e permanente presença sobre o terreno na Grécia" [da monitoragem da troika] o Eurogrupo da UE impôs a introdução na estrutura legal grega, dentro de dois meses, de "uma disposição que assegure que seja concedida prioridade aos pagamentos do serviço da dívida". E acrescenta que "Esta disposição será introduzida na Constituição grega tão logo quanto possível". A Europa dos monopólios e ao serviço do capital financeiro põe assim as suas garras de fora. Mesmo que falte leite para as crianças gregas, a prioridade terá que ser dada aos pagamentos do serviço da dívida. Esse é o caminho que eles preparam para todos nós, portugueses inclusive. Um vice-rei britânico na Índia colonial não agiria de forma mais despótica do que o faz agora a UE. A solidariedade com os trabalhadores gregos na sua luta pela ruptura com a ditadura da União Europeia e do capital financeiro é mais necessária do que nunca. A RENÚNCIA DO PR ALEMÃO Na Alemanha, Christian Wulff acaba de renunciar à Presidência da República. O Chefe do Estado alemão renunciou por ter aceite um empréstimo privado de 500 mil euros a uma taxa de juro favorável , bem como por alegações que pelos padrões portugueses são consideradas pouco significativas. Mas o que dizer de um Presidente da República envolvido no caso BPN e com amizades tão suspeitas como Dias Loureiro e Oliveira e Costa ? A DEMOCRACIA COMO FARSA A aprovação do novo memorando da Troika pelo parlamento grego, na madrugada do dia 13, significa que a democracia burguesa já deixou de funcionar na Grécia. O governo e o parlamento daquele país já não representam o seu povo. Tratam-se de meros fantoches submissos à Troika FMI-BCE-UE. O seu primeiro-ministro não eleito é um banqueiro imposto pela União Europeia. Os 199 deputados que aprovaram este diploma selvagem e de cumprimento impossível perderam os últimos resquícios de dignidade. As condições impostas foram tão revoltantes que 42 deputados da coligação governamental infringiram a disciplina partidária e votaram contra (21 da ND, o partido da direita, e outros 21 do Pasok). Este desenlace significa que a democracia burguesa na Grécia já deu o que tinha a dar e que a solução dos problemas do país passa pelo desligamento da UE, a ruptura com a Europa dos monopólios, o cancelamento unilateral da dívida e o poder popular. A luta heróica do povo grego continuará – é preciso apoiá-la. Por outro lado, pode-se antever que os sacrifícios inúteis agora impostos ao povo grego – assim como ao povo português, irlandês, espanhol e outros da Europa – constituem o começo do fim da UE e talvez do próprio euro enquanto moeda comum. MENSAGEM VINDA DA ACRÓPOLE EUA: CANDIDATO DEFENDE O ASSASSÍNIO "O assassinato de cientistas iranianos é uma coisa maravilhosa" (sic). A afirmação é do sr. Rick Santorum, candidato à Presidência da República dos Estados Unidos da América (ver Digital Journal ). Ele diz o que a sra. Clinton pensa mas não diz. Assine a petição: Parar os preparativos de guerra! Acabar com o embargo! Solidariedade com os povos iraniano e sírio! PORTUGAL: A INIQUIDADE DESTA AUSTERIDADE De todos os estados europeus submetidos a programas de austeridade, "Portugal é o único país com uma distribuição claramente regressiva, com perdas percentuais que são consideravelmente maiores no primeiro e segundo decil do que nos grupos mais altos da distribuição do rendimento. É o oposto do caso da Grécia onde as perdas percentuais são maiores nos decis do topo e aqueles na base perdem relativamente pouco" (sic). Esta afirmação consta na pg. 19 do relatório The distributional effects of austerity measures: a comparison of EU countries, publicado pela Comissão Europeia. Como se verifica no gráfico acima, Portugal é o único país onde as medidas de austeridade estão a exigir mais aos pobres do que aos ricos. A iniquidade das medidas de austeridade adoptadas pelo governo Troika-Passos Coelho – decorrente das suas opções de classe – é assim confirmada pela própria Comissão Europeia. A ESTRATÉGIA DA TENSÃO A histeria em relação ao suposto programa de armas nucleares do Irão continua a agitar os media ditos "de referência". Trata-se de uma campanha de mentiras orquestrada pelo imperialismo a fim de aumentar a tensão no Médio Oriente. Todos eles omitem, cuidadosamente, o facto de Israel dispor de um arsenal nuclear da ordem das 200 ogivas. E omitem igualmente a verdadeira "bomba atómica" do Irão: a possibilidade de encerrar o transito no Estreito de Ormuz, por onde se escoa grande parte do petróleo mundial. Na semana passada, Obama assinou uma lei que lhe dá autoridade para novas sanções contra a República Islâmica. E enquanto intensifica a campanha anti-iraniana, prossegue o trabalho de sapa de desestabilizar a Síria através de ONGs financiadas e armadas pelo imperialismo. O lobby sionista domina os EUA e conduz o mundo a perigos crescentes. Tudo isto se passa no momento em que a humanidade já ultrapassou o Pico de Hubbert e tem início o esgotamento dos recursos petrolíferos mundiais. Uma agressão militar contra o Irão não é lógica nem racional – mas o imperialismo nem sempre é lógico ou racional. E sabemos que no passado todas as grandes crises do capitalismo resultaram em guerra. DESINTEGRAÇÃO DA EUROZONA E DITADURA DO MEE A última cimeira de Bruxelas deu mais um passo rumo à desintegração da eurozona. O processo avança enquanto os "líderes" europeus entretêm-se com contos de fadas, tais como o da mudança de tratados europeus. Tivéssemos em Portugal autoridades lúcidas, já estariam elas a estudar planos "B", ou seja, a elaboração de planos de contingência para a saída do euro. No estágio avançado de deterioração em que está a zona euro, agora mesmo as propostas reformistas inteligentes de Varoufakis e Stuart Holland (apresentadas há mais de um ano) provavelmente já não seriam viáveis. O verdadeiro plano que o capital financeiro prepara, mas de que pouco se fala nos jornais económicos, é o de uma nova ditadura europeia através do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) . O Tratado do MEE foi assinado – à socapa – em 20 de Junho de 2011 e aguarda ratificações dos parlamentos nacionais da zona euro. Assim, Portugal, que já perdeu a sua soberania monetária e está em vias de perder a sua soberania orçamental, se aprovar o MEE perderá também a soberania sobre o seu Tesouro público. Ou seja, cairá numa situação colonial de novo tipo. A VIDA APÓS O EURO Vários bancos centrais europeus estão a estudar a sua capacidade técnica para emitir papel-moeda caso haja uma ruptura da união monetária da zona euro. O banco central irlandês e grego têm capacidades de impressão próprias, embora possam precisar de capacidades adicionais. A notícia está no Wall Street Journal . O ASSALTO DO FMI, BCE & UE A PORTUGAL Portugal terá de pagar juros de 34,4 mil milhões de euros pelo salvamento de 78 mil milhões acordado este ano com o FMI, BCE & UE – ou seja, o total a ser devolvido aos ditos "salvadores" será de 112,4 mil milhões de euros (juros+principal). Um salvamento assim é como atar um peso de chumbo a alguém que esteja a afogar-se. Tal empréstimo jamais poderá ser pago – o objectivo deliberado da troika foi submeter o país de modo permanente à servidão da dívida. A verdadeira saída para esta situação, a única que atende realmente aos interesses do povo português, é a recuperação da soberania monetária do país e a libertação das peias da UE. Os custos da saída do euro são inferiores aos custos da permanência no mesmo, com a consequente escravização eterna à ditadura do capital financeiro. NOVOS NEGÓCIOS GREGOS O governo dos EUA aprovou a entrega de 400 tanques Abrams à Grécia, tendo enviado ao seu governo uma carta quanto ao preço e disponibilidade. Por sua vez, o governo francês insiste em vender três fragatas à Grécia, o que tem provocado desgosto entre concorrentes da construção naval alemã. Assim se vê de onde vem o endividamento grego. Ao mesmo tempo, pode-se apreciar a qualidade de gestão de um governo sob a tutela da Troika FMI/BCE/UE. A TRAGÉDIA GREGA REENCENADA EM PORTUGAL Eles estão na ofensiva. Querem a ruptura dos pactos sociais e não se importam com a ruína da economia real do país. A entrega da proposta de Orçamento para 2012 é a oficialização da ofensiva, a declaração de guerra a 99% dos portugueses. Diante desse ataque, a passividade, as meias medidas, as respostas tíbias são o caminho certo para a derrota. É preciso afirmar as coisas com clareza e sem rodeios: existem soluções alternativas, mas nenhuma delas dentro do actual sistema. Nenhuma solução razoável pode ser encontrada enquanto Portugal não recuperar a sua soberania monetária. Esta recuperação permitiria o lançamento de uma moeda de emissão estatal (e não bancária como agora) para financiar a economia nacional. Tudo isto pode ser feito em conjunto com outros países que padecem situação semelhante. Além disso, o actual descalabro dos bancos portugueses – incapazes sequer de captar recursos internos para financiar a economia – permitirá uma nacionalização barata dos mesmos. Também é preciso afirmar com clareza que a dívida externa de Portugal (maior do que a da Grécia) é um problema mais grave e preocupante do que o défice das contas públicas e que os bancos portugueses são os principais responsáveis pela mesma. Eles, a troika e os seus capatazes locais, querem uma ruptura favorável ao capital financeiro. As forças progressistas devem contrapor uma proposta de ruptura favorável à esmagadora maioria do povo português. A timidez na contraproposta, o mero possibilismo , conduz a uma tragédia. PORTUGAL ENREDADO "O Estado deve ao Estado rendas de edifícios que o Estado vendeu ao Estado para que o défice do Estado fosse menor e a dívida do Estado parecesse que não era do Estado". Se não entendeu na primeira leitura, tente uma segunda no Jornal de Negócios . A conclusão que se tira de tudo isto é que as trafulhices do governo Sócrates continuam imparáveis no governo do sr. Passos Coelho. As teias tecidas são fortes, as conivências PS-PPD ainda maiores e a vontade política de por tudo em pratos limpos é escassa. Por que é que pouco se fala das PPPs? 11/SET DEZ ANOS DEPOIS As demolições controladas do WTC e o ataque ao Pentágono cumprem agora 10 anos. Tais eventos foram previstos em documentos dos neocom dos EUA, que os consideravam o sinal (necessário) para desencadear guerras e agressões contínuas por todo o mundo a fim de alcançar o que chamavam de "século americano". Esse desígnio louco desencadeou uma série de guerras bárbaras e criminosas por toda a parte do planeta, as quais ainda continuam. Tem importância estudar, dissecar e denunciar os eventos do 11/Set porque eles foram o pretexto forjado das novas agressões imperiais. Os eventos do 11/Set podem ser comparados aos acontecimentos de 1933 em Berlim, quando Goering ordenou incendiar o Reischstag para culpar os comunistas e alcançar o poder total para os nazis. Podem também ser comparados ao "incidente do Golfo de Tonquim", uma provocação montada em 1964 pelo imperialismo a fim de desencadear a Guerra do Vietname. Tais factos históricos devem ser recordados, porque nos media que se dizem "referência" (do que? e para quem?) continua a enxurrada de desinformação acerca do 11/Set, das guerras em curso promovidas pelo imperialismo (Iraque, Afeganistão, Líbia) e de outras que se ameaçam (Argélia, Síria, Irão, Iémen). O VIÉS DE CLASSE DESTA OPÇÃO FISCAL Chama-se renda ( rent, em inglês) aos ganhos obtidos pelos detentores de determinados privilégios (exemplos: propriedade da terra, de PPPs, de títulos da dívida pública, de concessões de estradas portajadas ou de portos e aeroportos, etc). As rendas não correspondem ao trabalho efectuado pelos seus beneficiários. Elas devem ser contrapostas aos rendimentos do trabalho (exemplos: salários ou lucros de empresários produtivos). Os rendimentos do trabalho são ganhos merecidos, ao passo que as rendas não o são. A distinção entre ganhos merecidos e não merecidos tem todo o interesse em matéria de política fiscal. Tributar a propriedade e a riqueza é uma medida louvável pois reduz o grau de desigualdade da sociedade, tornando-a menos injusta. Tributar o trabalho é o caminho para o depauperamento do tecido social, a redução do rendimento disponível da população e, em última análise, uma medida recessiva. Mas foi este o caminho escolhido pelo governo do sr. Passos Coelho ao anunciar em sede de IRS um extra de 50% sobre o equivalente ao 13º mês dos assalariados (subsídio de Natal) e dos profissionais precários que emitem recibos verdes (metade de 1/14 avos do rendimento anual dos mesmos). Uma opção de classe contra o trabalho e a favor dos rentistas. Do lado das receitas, muitas outras opções haveria para atingir os mesmos objectivos (exemplos: tributar transferências financeiras, o off-shore da Madeira, as grandes fortunas, etc). Mas convém não esquecer que a promessa eleitoral do governo era actuar sobretudo do lado da despesa. Mudaram-se os tempos (só 15 dias), mudaram-se as vontades... O DESVANECIMENTO DAS RESERVAS-OURO DO BP Em 31/Dezembro/1974 o Banco de Portugal (BP) tinha 865.936 kg de ouro nas suas reservas. Em 31/Dezembro/2010 as reservas-ouro do BP eram apenas de 382.509,58 kg. Ou seja, em 36 anos desapareceram 483.426,42 kg de ouro o que dá uma média de 13.428,5 kg por ano. Agora o Público noticia que a cotação do ouro atingiu o recorde histórico de US$1506,75 dólares por onça-troy (31,103 gr) e que, em consequência, valorizou-se o que resta nas reservas do BP (€12,5 mil milhões em Fevereiro). Quanto valeriam se o banco central houvesse preservado as suas reservas-ouro? Esta gente andou a desbaratá-lo quando a sua cotação era baixa e agora que esta dispara em flecha o BP tem menos da metade do que dispunha antes. Ninguém pede contas a Vitor Constâncio e aos ex-governadores anteriores? IRLANDA: QUEIMAR BANQUEIROS E SAIR DO EURO Quase a metade dos executivos das 200 principais empresas da Irlanda considera que os accionistas dos bancos deveriam ser "queimados" (sic), revela um inquérito do Sunday Independent . Trata-se de uma sequela das condições punitivas impostas pelo FMI/UE no acordo de €67,5 mil milhões para o salvamento da banca irlandesa. A Alemanha e a França pressionam por um aumento do imposto rendimento sobre as empresas em troca de um pequeno alívio nas condições de reembolso do empréstimo. "Alguns economistas acreditam que os problemas de dívida da Irlanda podiam ser resolvidos pela saída do euro e a desvalorização da sua divisa. A ideia de romper com a Eurozona ganhou terrenos nos últimos meses. Ela teria sido impensável antes da crise de dívida soberana que esmagou a Grécia, a Irlanda e mais recentemente Portugal, o qual pediu um salvamento na semana passada", informa o Independent. . RUPTURA COM A AMAZON Até hoje, 5 de Dezembro, resistir.info tinha um acordo de parceria com a Amazon.fr. Era um serviço adicional que prestava aos seus leitores e que lhe permitia receber uma pequena comissão na venda de livros, discos e outros produtos daquela empresa. Este acordo é agora rompido devido à atitude censórea da Amazon em relação ao Wikileaks. Doravante resistir.info recusa-se a colaborar com a Amazon e defende o boicote à referida empresa: não lhes comprar mais livros, discos ou quaisquer outros produtos. Resistir.info segue, assim, o apelo contido na na carta aberta de Daniel Ellsberg , em que condena a covardia e o servilismo da Amazon ao terminar abruptamente a hospedagem do Wikileaks no seu servidor devido a pressões de um senador dos EUA. Resistir.info sabe que sofrerá uma penalização financeira com a ruptura pois perderá as comissões acumuladas naquela empresa. Para reduzi-la solicita o apoio dos seus leitores. IRLANDA: SACRIFÍCIO INÚTIL Os termos do "salvamento" que o FMI/UE/BCE impôs à Irlanda são muito piores do que tudo o que já foi visto até agora. Até o dinheiro do Fundo de Reserva Nacional de Pensões (NPRF) foi devorado na voragem. Os abutres não perdoaram nem a pensão dos velhinhos! Este salvamento não é do povo irlandês e sim dos banqueiros privados irlandeses. A manobra decorreu em vários passos: 1) Num autêntico acto de traição nacional o governo irlandês resolveu garantir a dívida dos banqueiros privados irlandeses (os tais que estavam em situação muito saudável segundo o teste de stress feito em Julho pelo BCE); 2) Em consequência, de imediato o défice orçamental irlandês sofreu um aumento brutal, saltando de 11,9% do PIB para 32% do PIB; 3) Diante de tal défice a UE/FMI obrigou o governo irlandês a impor sacrifícios brutais ao seu povo (despedimentos em massa, cortes na educação, saúde, salários e pensões, etc) em troca do dito "salvamento". 4) Ainda assim, cedo ou tarde, a Irlanda (tal como a Grécia e outros países europeus) entrará em incumprimento (default). Destes tristes episódios podem-se tirar algumas lições: 1) Os sacrifícios que o capital financeiro pede/exige a governos servis como o irlandês, grego, português e outros são inúteis pois não levarão ao aumento das respectivas produções nacionais nem resolverão os problemas económicos subjacentes; 2) Em situações de insolvência mais vale declarar moratória antes de uma ruína total do que persistir inutilmente em pagar dívidas impagáveis; 3) Sacrificar povos no altar do capital financeiro é uma opção e não uma inevitabilidade; 4) Filosoficamente, a resolução de um problema de dívida incobrável pode-se dar tanto em favor dos credores como dos devedores; 5) Historicamente, verifica-se que as classes dominantes sempre optaram pela resolução em favor dos credores e as oprimidas sempre pretenderam o inverso. 6) A capitulação frente às exigências do capital financeiro leva à pauperização dos povos – cabe a estes tomarem o destino nas suas mãos se quiserem salvar-se. OS MESMOS DE SEMPRE AGORA FINGEM-SE SURPREENDIDOS Os mesmos indivíduos que assinaram o Tratado de Maastricht; os mesmos que defenderam com entusiasmo a perda da soberania monetária portuguesa com a adesão ao Euro; os mesmos que efectuaram privatizações selvagen; os mesmos que destruíram as duas maiores conquistas da Revolução de Abril – o Sector Empresarial do Estado e a Reforma Agrária –; os mesmos que alegremente endividaram o país de forma alucinante; os mesmos que dilapidaram as reservas ouro do Banco de Portugal (em 31/Dezembro/1974 havia 865.936 kg); os mesmos que promoveram a desindustrialização, com a destruição do tecido produtivo nacional e a liquidação de panos inteiros da economia (construção naval, siderurgia, pescas, metalurgia pesada, ...); os mesmos que restabeleceram em Portugal o capitalismo monopolista e financeiro; os mesmos que põem Portugal a reboque do imperialismo/NATO fornecendo-lhe tropa para ocupar o Afeganistão; os mesmos que depauperaram os trabalhadores piorando drasticamente a repartição do rendimento nacional; os mesmos que defenderam e defendem projectos ruinosos como a construção de estádios para o jogo da bola ou de um novo aeroporto inútil; os mesmos que carpinteiraram o PEC a fim de tentar disfarçar o descalabro e agravar ainda mais a situação; os mesmos que conduziram ao actual estado de estagnação económica (crescimento previsto do PIB de 0,3% em 2010); estes mesmos indivíduos fingem-se agora muito surpreendidos quando as agências de rating degradam a classificação portuguesa. São eles os dirigentes do PS, PPD/PSD & CDS. Eles falam em "contágio" da Grécia. Mas a peste está neles, não nos gregos. UMA EUROPA ASQUEROSA A óptica de classe dos governantes da União Europeia ficou bem caracterizada pelas últimas medidas adoptadas. Primeiro emprestaram a mão-cheias – à taxa de 1% – aos banqueiros que provocaram a crise. A seguir emprestam – à taxa de 5% – às vítimas gregas dessa mesma crise. Por outro lado, esta Europa pretende controlar os orçamentos dos Estados membros antes mesmo de estes serem aprovados pelos respectivos parlamentos. E ao mesmo tempo, recusa-se a aplicar um imposto aos bancos que provocaram a crise e que receberam centenas de milhares de milhões de euros de ajudas públicas para sanar os seus balanços apodrecidos — eles continuarão a obter lucros milionários. Estes desenvolvimentos mostram o que pode acontecer a Portugal se se submeter passivamente ao diktat da UE. A puxadela da orelha de Cavaco dada pelo presidente checo é só uma advertência suave. A FORTALEZA DA ECONOMIA PORTUGUESA A fortaleza da economia portuguesa é espantosa. Continua viva apesar de 35 anos de saqueio, com privatizações selvagens, negociatas escandalosas, gestão ruinosa, estupidezes de política energética, incompetência governativa, desindustrialização, depauperação dos trabalhadores, desemprego, pioria da repartição do rendimento nacional, investimentos loucos, endividamento crescente. A tudo isso sobreviveu a economia portuguesa. Mas até quando será isso possível? A capacidade de resistência não é infinita. A gestão catastrófica e autista do sr. Sócrates, digno continuador dos seus antecessores, continua a agravar a situação, a ameaçar com a ruína a actual e as futuras gerações de portugueses. Há que atalhá-lo o mais breve possível. O Plano de Estabilidade e Crescimento que anda a cozinhar será uma continuação do presente, mais do mesmo. O povo grego está a dar resposta a planos desse jaez. ORIGENS DO TERRORISMO NO MÉDIO ORIENTE Quem começou o terrorismo no conflito árabe-israelense? Para documentação, consulte-se The Arab Women's Information Committee e The Institute for Palestine Studies, Who Are the Terrorists? Aspects of Zionist and Israeli Terrorism, (Beirut: Institute for Palestine Studies, 1972). OUTRA INFORMAÇÃO SOBRE GAZA: A CRIAÇÃO DO DINHEIRO Quem cria o dinheiro? A resposta está em Money as Debt , filme de 47 minutos de Paul Grignon. O DVD em inglês pode ser encomendado aqui . É melhor do que ouvir certos comentaristas económicos que peroram na TV portuguesa... Se quiser aprofundar o tema leia também OS ADORADORES DO DEUS MERCADO Os adoradores do deus mercado, os adeptos do neoliberalismo, os entusiastas do capitalismo high tech, os analistas económicos que debitam vulgaridades nos media "de referência", todos eles estão agora confrontados com uma realidade brutal: a ruína do capitalismo, pelo menos da forma em que o conhecemos. Estes últimos sete dias representaram uma viragem na história do capitalismo mundial (nacionalização de facto dos passivos da Fannie e do Freddie, falência do Lehman, salvamento da AIG, aumento gigantesco da dívida externa dos EUA, início do reflacionamento da economia estado-unidense). Há que ser claro: o que o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA querem salvar não é a economia dos Estados Unidos e sim os seus banqueiros. O plano em curso é para reflacionar os activos imobiliários a fim de minorar os desastrosos balanços dos bancos. Por isso aumentarão o endividamento da população daquele país. Ou seja, resolvem um problema de dívidas insolventes com a acumulação de ainda mais dívidas. Trata-se de uma neo-escravização através da dívida. A repartição do rendimento nacional dos EUA obviamente irá piorar. A procissão ainda vai no adro. A crise sistémica do capitalismo está longe de acabada. As sequelas e repercussões pelo mundo afora têm desdobramentos que mal se podem adivinhar. O risco de o imperialismo empreender uma fuga para a frente através da guerra é enorme. Tudo isso num pano de fundo de uma realidade física inescapável: o mundo já atingiu o Pico Petrolífero, o que tem consequências fundas. INFLAÇÃO & DEFLAÇÃO EM SIMULTÂNEO A situação económica é, provavelmente, inédita. Não há memória de manifestações de inflação e de deflação em simultâneo . Por um lado, sobem os preços do petróleo e dos alimentos (mesmo sem considerar a desvalorização acelerada do dólar americano). Por outro, verifica-se uma queda nos valores dos bens imóveis, de muitas empresas industriais (se fossem vendidas hoje já não valeriam o mesmo que há um ano atrás) e obviamente das bolhas nos mercados de acções e outros títulos. Mais: o fenómeno tem um carácter mais ou menos generalizado entre os países da OCDE. O capitalismo pode conviver muito bem com a inflação. As advertências frequentes que os banqueiros fazem contra a inflação não passa de conversa destinada ao grande público. Mas daquilo que realmente os preocupa eles nunca falam: é a deflação. A deflação introduz um risco sistémico. Empréstimos efectuados tendo como base uma garantia colateral de um determinado valor tornam-se menos seguros. Se o montante em dívida ultrapassar o valor depreciado da garantia, o tomador será tentado a abandonar a sua obrigação contratual. Tudo isso indica que o mundo está a entrar em águas ignotas. Há um grande trabalho de investigação a fazer. A CENTRALIDADE DO PICO PETROLÍFERO A questão do Pico Petrolífero é central, pois determina todas as outras. Isto é importante, em particular e sobretudo, na questão dos grandes investimentos públicos. Trata-se de despesas muitíssimo vultosas, elas provocam dívidas que comprometem não só a geração actual como gerações futuras. Este governo prevê investimentos colossais – como novo aeroporto, TGV e agora um terceiro atravessamento do Tejo – que não podem ser suportados pela combalida economia portuguesa. Além de serem investimentos que não se destinam a aumentar a capacidade de produção nacional, eles estão a ser decididos sem que sequer se tente antever o que virá a ser o mundo pós Pico Petrolífero. Gastar recursos em activos fixos que estimulam o tráfego rodoviário, aumentam o consumo de petróleo e dentro de poucos anos ficarão sub-utilizados é má utilização de recursos públicos. Muitos empreiteiros ganharão com isso, mas a sociedade como um todo perderá. Tais erros terão de ser pagos no futuro. REALIDADE E FICÇÃO Os "aquecimentistas" globais juram a pés juntos que a temperatura do mundo está a aumentar. Com base nessa crença conseguem dos governos que lhes financiem passeios a Bali e outros lugares turísticos a fim de assistir às conferências do IPCC. E com base na crença no diabolismo do dióxido de carbono (CO2) os mais espertos arquitectam polpudos negócios relativos aos direitos de emissão. Por sua vez, os media que arrogantemente se auto-classificam como "referência" (do quê?) instilam o medo na opinião pública quanto a supostas tragédias que estariam para acontecer (alteamento dos mares, derretimento dos pólos, etc). A ignorância científica é tamanha que alguns até dizem que o CO2 seria um "poluente". Mal sabem tais escrevinhadores que cada vez que expiram estão a deitar CO2 cá para fora (ainda não se atreveram a recomendar que parássemos de respirar, por enquanto). No entanto, a realidade acaba por se impor às ficções (muitas delas interessadas) dos "aquecimentistas". Agora o artigo de um investigador português, Luís de Sousa , acaba de mostrar que na verdade a temperatura em muitas partes do mundo está a arrefecer. O seu artigo mostra que houve quedas de neve inéditas em Buenos Aires, Bagdad, norte da Arábia Saudita e em muitas outros lugares, bem como o espessamento do gelo no Árctico. A sua investigação empírica corrobora a tese do grande climatologista Marcel Leroux, que dissecou o aquecimento global classificando-o como uma impostura científica . Na verdade, a grande tragédia do mundo é a ignorância dos políticos que o governam — desde Al Gore até aqueles cá do burgo lusitano. Quanto tempo e quanto dinheiro não foi e continua ser desperdiçado no combate ao dito aquecimento global e às emissões de CO2? Tais recursos poderiam ter sido bem aplicados a problemas reais como o combate a emissões realmente nocivas para os seres humanos a exemplo do SO2, dos NOx e outros poluentes Por outro lado, verifica-se que o aparente arrefecimento do mundo detectado por Luis de Sousa irá coincidir no tempo com o Pico máximo da produção petrolífera mundial que está a ser atingido neste momento. Esta gente preparou o mundo para o aquecimento global e não o preparou para o Pico Petrolífero. Mas, tal como uma vingança da natureza, verifica-se uma onda de frio no exacto momento em que se inicia a escassez do principal combustível que permite o aquecimento. PETIÇÃO INTERNACIONAL PARA PROIBIR AS ARMAS COM URÂNIO EMPOBRECIDO Clique a imagem para assinar. O PREÇO DO PETRÓLEO
A tendência estrutural para a alta do preço do petróleo é inelutável. As causas básicas para isto estão na Curva de Hubbert , no pico petrolífero, na diminuição das reservas mundiais, no facto de os maiores campos petrolíferos do mundo estarem próximos do pico, no não planeamento do consumo deste recurso finito, na anarquia do mercado capitalista, no desperdício absurdo dos países desenvolvidos (a começar pelos EUA), no gigantesco fracasso militar dos EUA no Iraque. No entanto, nada disto transparece nos media ditos 'de referência' que continuam a desinformar os seus leitores com dados conjunturais e desenquadrados do contexto geral. A POLÍCIA NAS BIBLIOTECAS "ADVERTÊNCIA "Embora a Biblioteca de Santa Cruz faça todos os esforços para proteger a sua privacidade, sob a Lei Pública Federal 107-56, USA PATRIOT ACT, os registos dos livros e de outros materiais emprestados por esta biblioteca podem ser obtidos por agentes federais. "Aquela lei federal proíbe os funcionários da biblioteca de o informarem se agentes federais obtiveram registos sobre a sua pessoa. Questões acerca desta política deveriam ser dirigidas ao Procurador Geral John Ashcroft, Departamento da Justiça, Washington, D.C. 20530".
"As acções alcançaram o que parece ser um patamar permanentemente
alto".
Irving Fisher, Professor of Economics, Yale University, 1929.
Em 1996, depois de cinco anos de sanções e de
persistentes bombardeamentos contra o Iraque, o repórter da CBS Lesley
Stahl fez a seguinte pergunta à embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Madeline
Albright:
Porque resistir.info
Livros para descarregar
|
Porque a segunda Marquetalia
, Oliver Dodd, 20/Mar
Outros sítios web a visitarLivros para descarregar / Books for download |