Diante da segunda onda da Covid-19 na Europa, a Suécia –louvada por bolsonaristas mal informados como “modelo” de combate à doença– acaba de abandonar o modelo pouco restritivo do início da pandemia.
Stefan Löfven, o primeiro-ministro sueco, anunciou na segunda-feira (16) que, a partir da próxima semana, serão proibidas no país as reuniões públicas com mais de oito pessoas, para tentar conter a propagação do novo coronavírus.
No início deste mês, o governo do país já havia determinado a proibição da venda de álcool a partir das 22h, além do fechamento de bares, restaurantes e boates a partir das 22h30.
“A situação no nosso país é complicada e sensível. E vai piorar. Cumpra com seu dever, assuma sua responsabilidade para frear a propagação. Não vá à academia, nem à biblioteca, nem jantar ou a festas. Fique em casa”, declarou o premiê.
Com cerca de 10,1 milhões de habitantes —população menor que a de São Paulo— a Suécia registrou 6.225 mortes por Covid-19, de acordo com o Worldometers.
Isso equivale a 61,6 mortes por 100 mil habitantes, desempenho muito pior que o dos outros países da Escandinávia, como a Noruega (5,5 mortes por 100 mil habitantes) e a Dinamarca (13,2 mortes por 100 mil).