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Cabo eleitoral do vereador Jean Dornelas (PRB) na eleição do ano passado, Weliton Regiani acusa o vereador de pressioná-lo, em uma mensagem de WhatsApp, dois dias antes de prestar depoimento no último dia 22 na Polícia Federal em inquérito no qual Dornelas é investigado por suposta compra de votos na mesma eleição. Weliton voltou à sede da PF em Rio Preto nesta quinta-feira, 1º, para entregar cópia da gravação.
“Só estou querendo limpar a minha barra”, disse o cabo eleitoral, que nega envolvimento no suposto esquema de compra de votos. O Diário teve acesso ao conteúdo da gravação em que Dornelas questiona em qual “vibe” Weliton, que é chamado de “Cachoeira” pelo vereador na gravação, estava antes de prestar os esclarecimentos na PF. “Só pra mim sabê, sabê com quem eu tô lidando, tá bom? Confio em você, cê mora no meu coração, tô aí pra te ajudar, tá bom?”, disse o vereador na gravação.
“Qualquer coisa, depois você me fala se foi lá na Federal, já marcou teu dia pro cê ir lá, entendeu? O que tem que fala lá cê sabe. Tamo tranquilo, vamos trabaiando aí, tá bom?”, continua Dornelas. A coação de testemunha é crime previsto no artigo 344 do Código Penal. A pena prevista é de reclusão, de um a quatro anos. Essa gravação será analisada pelo delegado responsável pelo caso e também deverá passar por perícia.
Weliton, que também tem outra gravação - de advogado que pede para “alinhar” o depoimento para a defesa de Dornelas -, decidiu registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil na quarta, 31, em que afirma estar sendo “pressionado” para omitir informações na investigação em andamento na PF. Weliton nega a acusação feita por Dornelas de que estaria sendo extorquido por ele, conforme disse o vereador em entrevista Diário. “Nunca pedi dinheiro para o Jean (Dornelas)”, afirmou e ainda se disse vítima de “ingratidão” do vereador.
Depoimento
No depoimento à PF em maio, Weliton afirmou que já havia entregue aos agentes federais telefone celular com outras gravações de WhatsApp que podem ajudar na comprovação do esquema de compra de votos. O cabo eleitoral diz que Dornelas fala sobre a entrega de carnes e bebidas para grupo de eleitores que participavam de reuniões promovidos durante o processo eleitoral no ano passado.
“A PF já está com o meu aparelho que comprova supostamente a compra de votos. O Jean (Dornelas) faz as coisas e esquece. Tem vários áudios para levar carne e refrigerante para as pessoas que faziam churrasquinho e o Jean ia lá pedir votos”, afirmou Weliton. “Tinha em vários bairros, como o Lealdade e Amizade. Convidava as pessoas e na hora dos comes e bebes o vereador chegava e pedia votos”, acusou.
Outro lado
Dornelas, que nega compra de votos, rebateu as acusações feitas pelo cabo eleitoral. Em relação a mensagem de suposta coação de Weliton, o vereador disse que pediu para o cabo eleitoral para que ele apenas falasse a verdade durante o depoimento na sede da PF. “Ele (Weliton) estava tentando me extorquir. Ele estava falando isso para os outros que eu tinha de ajudar ele. Tem áudio falando que estava com as contas atrasadas. O que tem de falar é a verdade”, afirmou Dornelas. “Qualquer coisa que ele falar fora da verdade terá de arcar com as consequências”, afirmou o vereador do PRB ao justificar o que diz no áudio. Dornelas disse que também levou à PF áudios nos quais o cabo eleitoral pede dinheiro a ele.
Assessor admite erro no Procon
Pela primeira vez, o cabo eleitoral Weliton Regiani admitiu que “errou” no episódio em que foi demitido do Procon sob a acusação de assédio sexual a uma candidata a estágio no órgão municipal em fevereiro deste ano. Ele afirma, no entanto, que o diretor do Procon Rio Preto, Ésio Pereira, também sabia de investidas a mulheres que trabalham no órgão.
Weliton negou ter pedido para a moça fazer sexo oral em sala do prédio público como conta na denúncia contra ele. “Erramos mesmo. A menina deu maior moral lá dentro”, afirmou ele ao admitir apenas que só falou “uma coisinha a mais para ela”. Ele foi indicado pelo vereador Jean Dornelas (PRB) para o cargo, assim como Ésio, que foi mantido no posto após a denúncia.
A acusação de assédio sexual acabou no gabinete do prefeito Edinho Araújo (PMDB), que decidiu demitir Weliton. À época, ele negou as acusações.“Eu segurei a maior bronca”, disse nesta quinta, 1º. Ele relatou ainda que a ideia era empregar 10 estagiários no Procon, mas a Secretaria de Administração informou que não transformariam o órgão em uma “prefeiturinha”.
Ésio voltou a negar participação no episódio nesta quinta, 1º. “É um assunto constrangedor”, disse o diretor do Procon, que recebeu uma advertência do governo à época. A Comissão de Defesa da Mulher na Câmara anunciou a convocação de Ésio para apresentar explicações. A data, porém, ainda não foi definida pela presidente da comissão Karolina Caroline (PRB), mesmo partido de Dornelas.
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