Mais de duas mil pessoas juntaram-se num parque central da capital japonesa, empunhando bandeiras do país e entoando slogans de soberania - sobre as ilhéus a que os japoneses chamam Senkaku e os chineses Diaoyu – enquanto rumavam em direcção à embaixada da China em Tóquio.

Este é já o segundo protesto de monta no Japão desde que as relações entre os dois países azedaram, no mês passado, depois da detenção pela Marinha japonesa do capitão de um barco pesqueiro chinês que colidira com dois barcos da guarda costeira nipónica, junto às ilhas em disputa territorial.

A 3 de Outubro mais de 2.700 pessoas participaram numa manifestação similar, não apenas criticando a China mas também a forma como o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, está a gerir o diferendo territorial – acusando-o de ter cedido à pressão de Pequim para libertar o capitão do pesqueiro e não pôr termo à “invasão” chinesa das ilhas.

Multidões entre as centenas e mais de um milhar de manifestantes registaram-se, por seu lado, hoje em cidades das províncias chinesa de Sichuan, Shaanxi e Henan, com cartazes apelando ao “boicote aos produtos japoneses” e reclamando igualmente soberania sobre os pequenos mas economicamente importantes ilhéus.