Construtoras só ficam com obra em Belo Monte
Sem espaço no grupo de controle do consórcio vencedor, empresas tentam assegurar participação no empreendimento
Grandes empreiteiras, como Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez, vão ficar de fora do grupo de sócios investidores da hidrelétrica de Belo Monte (PA). Essas empresas só devem participar do projeto como contratadas para tocar a obra, e não como integrantes da Sociedade de Propósito Específico (SPE) que será constituída para controlar a usina no Rio Xingu.
A avaliação de uma fonte do setor, que participa das discussões, é de que não há espaço para mais construtoras entre os sócios controladores , que pelas regras têm de se restringir a 20%.
A reestruturação do consórcio vencedor, liderado pela Eletrobrás Chesf, já está sendo costurada. O problema inicial é que, com a permanência da Queiroz Galvão e da J. Malucelli no grupo, a participação de construtoras já soma 40%. Como este porcentual tem de ser reduzido, não haveria espaço para a entrada de outras empreiteiras.
Também devem entrar como sócios estratégicos a Eletronorte e fundos de pensão de estatais. "As empreiteiras estão disputando a construção da usina, doidinhas para entrar", disse a fonte. A Andrade Gutierrez já estaria impedida de integrar a SPE porque fez parte do consórcio derrotado, mas Camargo e Odebrecht, que desistiram do leilão, teoricamente poderiam entrar. A restrição, entretanto, é de integrantes do consórcio vencedor, que não querem abrir espaço para as grandes empreiteiras.
Também estaria incomodando o grupo da Chesf um possível acordo, antes do leilão, entre Odebrecht, Camargo e Gutierrez para construir a usina, caso o consórcio liderado pela empreiteira mineira fosse o vencedor. Apostando na hipótese de o grupo da Chesf não fazer uma oferta, a Andrade Gutierrez ofereceu R$ 82,90 por megawatt/hora, o que ficou bem acima do preço vencedor, de R$ 77,97.
"Antes, Belo Monte não tinha viabilidade econômica, agora todo mundo acha que tem", afirmou a fonte, que avalia que a hidrelétrica daria lucro com essa tarifa, mesmo que o custo fosse de até R$ 30 bilhões. O investimento estimado pelo governo é de R$ 19 bilhões. A Chesf prometeu fazer por menos.
Autoprodutores. Além de construtoras, o projeto prevê a entrada de autoprodutores ? empresas que podem usar para consumo próprio a energia equivalente à participação. Nesse segmento, há negociações com a Gerdau, Braskem e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A Vale, que participou do consórcio derrotado, também estaria interessada, mas a informação é que, para permitir sua entrada, o megawatt/hora da energia que a mineradora poderia consumir não sairia por menos de R$ 100.
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