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quarta-feira, 14 de abril de 2010 18:42

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BNDES deve financiar diretamente 70% de Belo Monte

Parcela é superior à disponibilizada para as hidrelétricas do rio Madeira

Irany Tereza, da Agência Estado  

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RIO - A divulgação das condições de financiamento para o projeto da hidrelétrica de Belo Monte que o BNDES está preparando para amanhã terá como ponto de destaque a extensão do prazo de financiamento aos equipamentos necessários à obra. O empréstimo direto ao consórcio vencedor deve ser limitado a 70% do investimento total - parcela superior à disponibilizada para as hidrelétricas do rio Madeira. O prazo de pagamento também será maior: 30 anos a partir da contratação do projeto. As taxas do empréstimo não devem mudar.

De acordo com fontes, o banco está trabalhando com a base de TJLP (hoje em 6% ao ano) mais 0,5% ao ano e taxa de risco de crédito que pode variar de 0,5% a 2,5%. O diferencial do financiamento aos bens de capital, que seguirão a tabela do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), porém, pode reduzir o custo do empréstimo. Além das taxas mais baixas do que o normalmente utilizado, o prazo de dez anos para pagamento destes financiamentos será largamente estendido pelo banco.

Os técnicos do BNDES calculam que isso altere substancialmente a estrutura do financiamento. Por enquanto, o banco está trabalhando com a possibilidade de liberar R$ 13,5 bilhões para financiar a obra, oficialmente orçada em R$ 19 bilhões. Mas, ainda de acordo com fontes, o governo já avalia a possibilidade de elevar o valor total da construção para R$ 21 bilhões. No mercado, a estimativa de custo beira R$ 30 bilhões.



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